Epígrafes de Rubem Alves

Cerca de 450 epígrafes de Rubem Alves

“A arte chinesa: já notaram que seus cenários aparecem sempre cobertos por neblinas? Estão lá porque a alma precisa delas... A vida é cheia de neblinas”...

(trecho de “Neblina” do livro em PDF: do universo à jabuticaba)

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Ninguém consegue tirar das coisas, incluindo os livros, mais do que aquilo que ele já conhece. Pois aquilo a que alguém não pode chegar por meio da experiência, para isso ele não terá ouvidos.

(do livro em PDF: Se eu pudesse viver minha vida novamente)

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“Que mintam, mas que respeitem a minha inteligência! Mintam usando a imaginação! Por isso escrevia, em nome da inteligência, do possível e do humor: “Queremos mentiras novas!”

(trecho extraído do livro em PDF: ostra feliz não faz pérola)

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Sem inveja “O tico-tico não se ressente do canto da patativa, e até mesmo o aprova, achando melodioso. Mas, se não canto como você canta, você me chama de mentiroso".

(Angelus Silesius, século XVII)
(extraído do livro em PDF: ostra feliz não faz pérola)

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PARAÍSO

O brinquedo e a arte são as únicas atividades permitidas no Paraíso. O poeta, o artista, a criança: esses são os seres paradisíacos. No Paraíso não existe trabalho. Existe apenas brinquedo e arte. Recuperar a sapientia é lembrar-se da “filosofia” sem palavras que morava no corpo da criança.

(livro "do universo à jabuticaba")

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"Meu corpo sofre uma transformação: ele não é mais limitado pela pele que o cobre. Expande-se. É o jeito de ser do meu próprio corpo, movido pela solidariedade".
(Em “Assim acontece a bondade” – Crônica de Rubem Alves. Extraída do livro: As melhores crônicas de Rubem Alves – Página 13. Editora Papipus – Campinas – SP. 2012)

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A saudade é flor que só floresce na ausência. É nela que se dizem as orações suplicando dos deuses a graça da repetição da beleza. E é só para isso que existem os deuses: para garantir o retorno do belo".
(Do Universo à Jabuticaba - [3 ed] Planteta, São Paulo, 2015).

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o que as pessoas mais desejam

Inserida por ines_hortencio

⁠Somos como um navio em que os detritos do mar vão se grudando, em meio ao muito navegar. De tempos em tempos é preciso que o casco seja rasgado, para voltar de novo a deslizar suave pelas águas. (...) É preciso esquecer para poder ver com clareza. É preciso esquecer para que os olhos possam ver a beleza.

Rubem Alves
A maçã e outros sabores. Campinas: Papirus, 2005.
Inserida por PriSpinardi

A guerra faz esse milagre: ela transforma as inimizades internas em amizade.

Rubem Alves
Ostra feliz não faz pérola. São Paulo: Planeta, 2008.
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Política e guerra são a mesma coisa. A guerra é a política quando feita com o uso das armas.

Rubem Alves
Ostra feliz não faz pérola. São Paulo: Planeta, 2008.
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'A alma é uma coleção de belos quadros adormecidos. Sua beleza é triste e nostálgica porque, sendo moradores da alma, os sonhos, eles não existem do lado de fora. Vez ou outra, entretanto, defrontamo-nos com um rosto (ou será apenas uma voz? ou uma maneira de olhar? ) que, sem razões, faz a bela cena acordar.

Inserida por PriSpinardi

Sobre direitos e avessos “Consulte sempre um advogado. Você tem direitos. Consulte sempre um psicanalista. Você tem avessos”..
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(extraído do livro em PDF: ostra feliz não faz pérola)

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"Uma criança dormindo pede que sejamos apenas olhos, qualquer passo, qualquer palavra, qualquer toque poderá acordá-la. Mas o sorriso dos olhos é silencioso, deixa a cena intocada. Sim, as mãos tocam o rosto... Mas como são diferentes as mãos ternas das mãos que desejam a posse. A ternura não deseja nada. Ela só quer contemplar a cena".
(Em Sobre o tempo e a Eternidade)

Inserida por portalraizes

ADULTOS EM EXCESSO: Guimarães Rosa, escrevendo sobre a infância: “Não gosto de falar da infância. É um tempo de coisas boas, mas sempre com pessoas grandes incomodando a gente, intervindo, estragando os prazeres.

(extraído do livro em PDF: Do universo á jabuticaba)

Inserida por portalraizes

⁠Acredito mesmo é na oração em que a gente fica quieto para ouvir a voz que se faz ouvir no meio do silêncio.

Rubem Alves
Palavras para desatar nós. São Paulo: Papirus. 2012.
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Pois a beleza sempre nasce de feridas. As feridas a produzem para que a sua dor seja suportável.

Rubem Alves
Palavras para desatar nós. São Paulo: Papirus. 2012.
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⁠O poder das palavras não está nelas mesmas. Está no jeito com as lemos. Tarefa difícil, que devemos aprender. É preciso ler com todo o corpo, não só com os olhos do intelecto.

Rubem Alves
Palavras para desatar nós. São Paulo: Papirus. 2012.
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E quando a gente sente alegria está experimentando aquilo para que fomos criados.⁠

Rubem Alves
Palavras para desatar nós. São Paulo: Papirus. 2012.
Inserida por pensador

Pessoas que fizeram do ato de engolir sapos um hábito acabam por ficam parecidas com eles: andam aos pulos, sempre rente ao chão e coaxam monotonamente.

Rubem Alves
Palavras para desatar nós. São Paulo: Papirus. 2012.
Inserida por pensador