Epígrafes de Processo de Envelhecimento
...
Mesmo com o tempo voando através do próprio reflexo.
Tenho o entendimento que a sensibilidade e a imaginação conservam a mocidade da alma. Sou mortal na minha matéria e imortal na minha consciência.
Todo mundo jovem.
Escolhendo mal, vivendo mal. E esquecendo que a velhice sem saúde, pessoas que nos amam e valorizam... torna a vida indesejada.
Quando se é jovem, o corpo pede a vida. Quando se envelhece, o corpo pede a morte.
Ignoramos o que realmente importa... sentimentos, pessoas.
Vivemos como imortais...sendo que a qualquer instante tudo, tudo mesmo pode se tornar luto, memória, esquecimento.
"Amar como se não houvesse o amanhã"🌻
Tenho pedido a Deus para nos ajudar para que possamos ajudar uns aos outros.
Creio que esta é a missão de cada um de nós.
Estamos envelhecendo, e, quando isso acontece, começamos a pensar no fim, mas que neste fim sejamos galardoados com a bênção da vida eterna com o nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Deus.
Aplicativo que envelhece as pessoas.
Tem muita gente usando um aplicativo que mostra como ficaria a nossa aparência quando envelhecermos. Claro que o aplicativo e só uma brincadeira, um passatempo, e as fotos ficam muito engraçadas. Mas o assunto é sério. Agora vamos parar e refletir: Será que estamos preparados para envelhecer?
Para que possamos envelhecer bem, com qualidade de vida, devemos acumular quatro capitais essenciais ao longo de nossa vida, que são:
1. Saúde: ter uma boa alimentação, praticar exercícios físicos, exercícios para a memória e raciocínio.
2. Conhecimento: esse capital começa a ser adquirido assim que nascemos, estamos em constante aprendizado e nunca devemos parar.
3. Amigos: devemos ter amigos, uma rede de apoio para termos com que contar nos momentos bons e ruins.
4. Financeiro: devemos ter uma reserva para usar na nossa velhice.
Além desses quatro capitais, ainda necessitamos ter um propósito, saber por que estamos acordando todas as manhãs. Afinal, envelhecer é bem mais que um aplicativo que enruga a pele e deixa as madeixas branquinhas.
Tempo
Autor: João Felipe F. De Souza
Há tempos não tenho tempo,
de espiar o tempo no meu tempo,
mesmo que abruptamente, virar.
Ver o céu acinzentar-se e a chuva trazida pelo Vento, semear o solo terreno,
e o aroma de terra molhada, ter o prazer de saborear.
Tempo bom é o que não se pensava com correria,
Eu Brincava, namorava, jogava conversa fora e com calma eu envelhecia...
E não o via passar.
Só se valoriza o tempo
Tanto o passado, quanto o futuro,
Quando o tempo traz à luz, a velocidade de nossa passagem pelo mundo.
Trocas teu tempo por ouro,
para comprar bens, que outros lhe fizeram acreditar,
que trariam felicidade, quando o verdadeiro tesouro,
É o tempo ter com quem compartilhar.
Eu me tornei meu melhor amigo...
Nunca trocaria meus amigos , minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga de tanquinho.
Fui envelhecendo tornei-me mais simpático para mim e mais crítico de mim mesmo.
Eu não me censuro por comer uma costelinha de porco, não tenho medo do colesterol, nem pela compra de alguma coisa que não precisava, para presentear um amigo ou parente.
Me dou o direito de ser deselegante, extravagante e ate fora de moda.
Quanta gente vejo partir deste mundo, sem conhecer as vantagens da liberdade do envelhecimento.
Não devo satisfação para ninguém quando leio, escrevo ou jogo no computador até a madrugada e durmo até acordar, sem preocupar com quantas voltas o ponteiro do relógio deu.
Canto sambas antigos e choro pelos amores e tempos perdidos.
Se me der vontade,vou a praia de paleto e gravata e nem ligo para os bermudões e sungas apertadas, faço o que quero.
Não me importo por quem tenha me esquecido, e sim com quem se lembra de mim..
Apaguei do meu coração as tristezas.Armazenando no meu chip de memória só as coisas boas que vivi
E digo que quem não tem barriga não tem história, ouvi isso de uma jovem no supermercado comprando cerveja.
Agradeço a Deus meus cabelos brancos, minha vida bem vivida em cada copo, gota de sereno e samba composto, e as rugas que marcam meu rosto são provas de que envelheci com malandragem, fazendo o que acho certo e não prejudicando de forma intencional a ninguém.
Talvez eu tenha feito do meu certo o errado, me perdoem, mas só quem pode perdoar é Deus.
“Começamos a envelhecer quando nos esquecemos da criança que fomos ontem, perdemos a noção de quem somos hoje e deixamos de sonhar com o amanhã.”
Envelhecer pode ser uma expectativa aterrorizante para os mais jovens. Preocupação absolutamente inútil. Envelhecer é tão certo como a morte.Só não envelhecem os que morrem ainda jovens.
Mas é preciso saber envelhecer. Há que se envelhecer com a Sabedoria adquirida ao longo da vida. O sábio envelhece com tranquilidade. Sabe que a beleza não é a mesma, a saúde também não. Mas, se a cabeça está boa, é isso que vai fazer a diferença. O sábio, no ocaso de sua vida, preocupa-se cada vez menos com a opinião alheia. Não tem mais a necessidade de provar mais nada a ninguém. Dá-se o direito de não se importar com o que ’os outros pensam’. A opinião dos outros é dos outros, e que se danem!
Envelhecer sabiamente é não se deixar embevecer pelo elogio fácil. Nem se abater perante a crítica maliciosa.
A velhice nos dá a certeza de que o que importa verdadeiramente é gostar-se e bastar-se. Se as pessoas gostam de você, que bom! Se não gostam, problema delas. O que importa é valorizar o tempo que nos resta. Cada segundo é precioso. Cada batida de nosso coração é um milagre. Olhar o nascer e o pôr-do-sol com o deslumbramento da primeira vez. Sentir profundamente o cheiro de um café fresco. Curtir o barulho do mar. O verde das matas. O cantar dos pássaros.
Fazer o que gosta. Caminhar sem pressa. Saber que a vida é preciosa... e agradecer. Ah! Sim. Agradecer sempre pela vida que tivemos e temos. Agradecer é fundamental! O agradecido sempre é feliz.
Envelhecer é inevitável. Ficar velho é opcional...
Beleza
A estética é como uma fruta no dia de feira,
atrai todos os olhares e paladares que ficam
numa fissura de experimentar,
Mas no passar de um tempo, se torna apenas mais um caco de podridão.
" Saber envelhecer é uma virtude. Deus, o Dono do tempo,
pode implantar no seu coração o conhecer da realidade
celestial, em detrimento dessa sombra passageira que se
chama vida terrena. Pois quando abrimos nossos olhos e
vemos que a terra não é nosso lugar, nossa mente é tomada
imediatamente pelo discernimento espiritual, e assim esse
conhecimento nos faz entender que não importa quanto esse
corpo pereça pelo tempo, ele terá um renovo eterno e glorioso."
Fim dos tempos
Todos temos uma certeza
A única que podemos ter
Não importa se foi bom
Ou qualquer atitude ser
Rico, pobre, simplesmente
o destino será o mesmo
Os olhos serão fechados
Seu corpo apenas pedra
que na terra será nada
Seus feitos talvês lembrados
Por poucos, ou muitos
Somente isso que restam
Contos, histórias, passados
Alegres, tristes, conformados
Viram cantigas e prosas
Sem memorias, no tempo
esquecidas ou lembradas
Este é o grande momento
Deixar aqui os seus traços
Gravada marcas do tempo
Rugas do envelhecimento
Somam todos momentos
São os legados que ficam
Eternizados
Ou no esquecimento
O ser humano envelhece quando vira de costas para o aprendizado, independente da cronologia.
Sidney Poeta Dos Sonhos
(Amante da Liberdade)
Trechos retirados do Caderno de Atenção domiciliar vol.1
Podemos afirmar que o modelo de atenção à saúde predominante no Brasil ainda é centrado no hospital e no saber médico, é fragmentado, é biologicista e mecanicista. A consequência desse modelo de atenção, o chamado" modelo médico hegemônico liberal" ou modelo de medicina científica SILVA JR...,2006), é a ineficiência, constatada nos crescentes custos gerados pela incorporação acrítica de tecnologias com uma contrapartida decrescente de resultados. A ineficácia diz respeito à incapacidade de enfrentar problemas de saúde gerados no processo de urbanização desenfreada e complexificação das sociedades, tais como as doenças crônico-degenerativas, psicossomáticas, neoplasias, violência, entre outras. Entre essas modificações, destaca-se a " transição epidemiológica", definida como as modificações ocorridas nos padrões de morte, morbidade e invalidez que caracterizam uma população e que, normalmente, acontecem atreladas a outras transformações demográficas, sociais e econômicas (SCHRAMM et al.2004)
A transição epidemiológica pode ser considerada componente de um processo mais amplo denominado "transição da saúde, que pode ser dividido em dois aspectos: a transição das condições de saúde" (mudanças na frequência, magnitude e distribuição das condições de saúde, expressas por meio de mortes, doenças e incapacidades) e a resposta social organizada a essas condições, representada pelos modelos de atenção à saúde ( Transição da atenção sanitária"), denominada em grande medida pelo desenvolvimento social, econômica e tecnológico mais amplo. (FRENK et al,1991 apud SCHRAMM et al.,2004).
Além disso com o aumento da expectativa de vida ao nascer (80 anos até o ano 2015) e melhorias nas condições de vida (saneamento, educação, moradia e saúde), além da queda nas taxas de natalidade. (transição demográfica), muitas mudanças nas necessidades de saúde têm se dado, ampliando, consequentemente, os problemas sociais e os desafios no desenvolvimento de políticas públicas de saúde adequadas (MENDES,2001."EM ALGUNS ESCRITOS DA LITERATURA QUE DISCUTEM A ATENÇÃO DOMICILIAR (AD), O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO É DESCRITO COMO UM DOS PRINCIPAIS FATORES RESPONSÁVEIS PELO DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS DE CUIDADO EM SAÚDE NO DOMICÍLIO. JUNTO A ELE O AUMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICO-DEGENERATIVAS E SUAS COMPLICAÇÕES, ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS E VIOLÊNCIAS (CAUSAS EXTERNAS) MENDES, 2001.CONCLUI-SE QUE AS MUDANÇAS DAS SOCIEDADES, CARACTERIZAM-SE POR UMA TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E UMA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA, APONTAM PARA UMA NECESSÁRIA REFORMULAÇÃO DO MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE, DE MODO QUE SEJA POSSÍVEL, ALÉM DE GARANTIR O DIREITO À SAÚDE, LIDAR DE FORMA MAIS ADEQUADA (EFICIENTE E EFICAZ) COM AS NECESSIDADES DE SAÚDE RESULTANTES DESTE CENÁRIO.
Fio de cabelo branco
Uma noite dessas, já quase passando das tantas... e meio borracho, arranhei a garganta tentando pigarrear uma palavra qualquer. Num relance, enquanto olhava no espelho do banheiro, vi meu semblante roto refletido feito vidro partido, meio distorcido, talvez pelo sono que me acometia àquela hora.
E mesmo que tentasse fixar o olhar na imagem não via surpresas, só conseguia enxergar minha insuportável silhueta de sempre, igual a sempre.
Lá fora, um frio insuportável! Aqui dentro, um friozinho gostoso... Se esquivando pelas frestas da janela, tentando incomodar.
Ainda de front ao espelho vi meu rosto, meio choco, parecendo querer desandar. As muitas linhas emprestadas pelo tempo emolduravam-no, formando uma expressão esteticamente impressionante, quase arte. Se fosse uma vanguarda, seria Expressionista.
Aquelas formas singulares, aqueles traços ousados, aquele fio de cabelo branco... Aquele fio de cabelo, branco? Em minha opinião, quase uma instalação contemporânea, tamanho meu espanto. Era tudo que tinha de diferente na minha face naquele dia, naquela noite, há anos.
Já se passava em muito da meia noite quando me deitei. Ainda pensava naquele fio de cabelo branco que trazia na face, talvez um disfarce do tempo para encobrir os meus tantos lamentos durante toda a vida. Talvez uma lágrima solitária derramada e petrificada ali, no canto esquerdo do rosto transformada em monumento, um totem erguido à minha maturidade.
Talvez fosse isso mesmo, talvez não!
Nunca soube o porque daquele fio de cabelo branco. Nunca tive um ciso se quer, nunca me casei, nunca tive filhos, nunca plantei uma árvore, moro com a minha mãe até hoje, deixo a cama desarrumada pra hora de deitar e provoco o cachorro só pra ver ele se zangar. Sem falar que até ontem soltava pipa e papagaio na rua feito moleque, um crianção. E agora com esse fio de cabelo branco, muda tudo! Será o fim? Será que será bom ou será que será ruim?
A pergunta não é mais, o que você vai ser quando crescer, mas sim, como você vai crescer quando você for.
Deixem as rugas em paz
Por que tanta perseguição às pobres rugas? Deixem-nas sulcar caminhos na pele, marcar sorrisos, grifar olhares, zebrar raios de sol.
As rugas contam histórias de desbravamentos em terras nem sempre férteis, mas que foram aradas e deram as colheitas possíveis. Assim como as cicatrizes, são marcas de sobrevivência e deveriam ser motivo de orgulho, símbolos de respeito.
Negar as próprias rugas é negar um passado de alegrias e superações. Eliminá-las por processos cirúrgicos e excesso de preenchimento é soterrar o rio que chamamos de memória, o “eu” que reconhecemos no espelho e que empresta imagem ao nosso nome, ao nosso ser.
Penso que deve ser por isso que as pessoas que exageram nesses procedimentos perdem a expressão humana, ocultam a beleza da alma e ganham aspectos de museu de cera. Por onde vão correr as lágrimas sem seus velhos e conhecidos caminhos? Como o rosto vai transmitir completamente seus sentimentos se tem seus músculos paralisados?
Assim se apresenta a humanidade, enquanto uns mostram demais, outros ocultam a todo e qualquer custo. Dois lados da mesma ausência de si.
Daqui, sigo a vida já marcada e agradeço por isso. E, por sorte, coincidência ou poesia, te envio sorrisos emoldurados por vincos.
O corpo muda e a gente envelhece, mas alma se transforma, e o espírito está sempre se renovando no seio da eternidade.