Epígrafes de Livros

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Não há no mundo livros que se devam ler, mas somente livros que uma pessoa deve ler em certo momento, em certo lugar, dentro de certas circunstâncias e num certo período da sua vida.

Só se devem ler livros escritos há mais de cem anos.

Onde quer que livros sejam queimados, os homens serão também, eventualmente, queimados.

A natureza e os livros pertencem aos olhos que os vêem.

Os livros são amigos que nunca nos deixam mal.

Como é conveniente e agradável o mundo dos livros! - se não se atribuir a ele as obrigações de um estudante, nem considerá-lo um sedativo para a preguiça, mas entrar nele com o entusiasmo de um aventureiro!

Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever – inclusive a sua própria história.

A vida ideal consiste em ter bons amigos, bons livros e uma consciência sonolenta.

Os leitores extraem dos livros, consoante o seu caráter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o seu veneno.

Livros não mudam o mundo,
quem muda o mundo são as pessoas.
Os livros só mudam as pessoas.

Desconhecido

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Mario Quintana.

Pra não pensar na falta, eu me encho de coisas por aí. Me encho de amigos, bares, livros, músicas...

Bendito aquele que semeia livros e faz o povo pensar.

Castro Alves
ALVES, C., Espumas Flutuantes, 1870

Seria bom comprar livros se pudéssemos comprar também o tempo para lê-los, mas, em geral, se confunde a compra de livros com a apropriação de seu conteúdo.

Queremos livros que nos afetem como um desastre. Um livro deve ser como um machado diante de um mar congelado em nós.

Apenas deveríamos ler os livros que nos picam e que nos mordem. Se o livro que lemos não nos desperta como um murro no crânio, para que lê-lo?

Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!

Castro Alves
Espumas flutuantes (1870).

Cresci no meio de livros, fazendo amigos invisíveis em páginas que se desfaziam em pó cujo cheiro ainda conservo nas mãos.

Carlos Ruiz Zafón
A Sombra do Vento

"Livros e solidão: eis o meu elemento."

Um homem precisa viajar, por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros e tevês, precisa viajar, por si, com os olhos e pés, para entender o que é seu...

De todos os que preenchem nossa solidão, são os livros os mais anárquicos, os mais instigantes. Leia, e seu silêncio ganhará voz.