Epigrafe Sonho
É plural, eu sei...
Eu, cada dia mais singular; só a chuva vem ninar meu sono. E no sonho, a água escorre levando e lavando.
Dificil, acordar de um sonho quando há duvida se estás realmente dormindo. A realidade não perdoa os erros. Apenas espera as consequências.
Pudera-me um sonho
Onde que a paixão
Fosse constituída de varias faíscas.
Em meu poder, havia uma minúscula
Usaria com intuito de aquecer a chama da alma
E unir os caminhos das nossas vidas.
Tresloucada
Sou eu uma desiludida, cheia de sonho,
uma incrédula que crê, uma desvairada coerente, que deseja o impossível. Sou eu o sol na escuridão, a velha menina que tenta expor com emoção, o mito; a quimera existente.
Sou eu!?
"Acredito em cada sonho
Isso é o que me faz viver
Se não sigo acreditando
Nunca que virá a ser
Realidade
Para ter paz
É preciso fé em Deus, muita saúde
E um pouco de amor a quem lhe quer bem"
Ah, essa mente aérea recria o mar
Escorrendo em sua pele
A onda quebra, meu sonho se fere
E me faz voltar
Vai amanhecendo pela ciclovia
Ver você correndo, a vida se irradia
O leme, o Lido, a Barra, o sábado inteiro
O sol estende o seu tapete-luz só pra você passar
O Sonho do sono não é compartilhável. O outro, acordado, podemos construí-lo com ajuda de várias mãos.
Os sonhos podem até não se tornarem realidade, mas eles são o norte da nossa vida. Mudam-se os sonhos, muda-se a direção.
Quando sonho sou guiada para um outro mundo
Várias e várias vezes.
No amanhecer eu luto para continuar dormindo
Porque eu não quero deixar o conforto desse lugar
Porque existe uma faminta, querendo escapar
Da vida que eu vivo quando estou acordada.
Quando sonho sempre me vem um gosto. Não de amor, menta ou saudade. Sabor acre, enjoo, dor pungente de estômago vazio, não me alimento das lembranças, não me satisfaço mais de você.
A mulher literalmetne é o resultado perfeito da construção do sonho de Deus.
Osmar Soares Fernandes
Publicado no Recanto das Letras em 27/05/2010
Código do texto: T2283200