Epigrafe para Tcc Música
Nunca esperei que a vida me abrisse as porta
Quantos morreram sem resposta? Não sou mais um
Pintei cicatrizes, memórias, o mundo e suas voltas
As ficha e as aposta, o mar e o rum
Cruzei a cidade sem rota
Pulei obstáculos, me livrei dos tentáculos dessa prisão
Prefiro me ver sempre intacto, longe do que distrai meu foco
E do que me afasta dessa visão
Ninguém aqui vai te estender a mão, não
Pra mim tanto faz, porque o mundo jaz, louca
Pra quem provou o amargo o açúcar é mais doce
A noite é mais curta
E o minuto é mais louco
A paixão é mais pura e o amor é mais fogo
E eu paguei mais que o preço que é exposto
Mas pra não ter a vida fútil de sempre
Acordo com frio, puxo o cobertor
Sei que ela nem viu, mas me sabotou
E logo vem o sol e o despertador
Dizendo que é agora e o dia chegou
Então esqueço o sonho que acordei me lembrando
Pra lembrar dos sonhos que já tenho há vários anos
Quanto tempo eu tenho pra correr e a quanto?
Ah, que saudade do que eu nunca mais vi
No fundo dos meus olhos
Será mesmo que eu me perdi
Pelos meus caminhos tortos
Eu tô cheio desse vazio
Poluído por corpos
Eu não sou daqui
Minha alma é livre
E eu não me comporto
Eu quero minha fé de volta
Agora vai ter que aturar porque eu vim pra ficar
E mesmo você não querendo vai ter que aceitar
Qualquer lugar que cê tiver ou que cê for colar
A música do Capelinha cê vai escutar
Desisti daquele sonho de ser uma grande cantora quando decidi que a minha voz deve entoar canções que alcancem corações que perderam a esperança de voltar a sorrir!
Vitória pós-humana
Permite um pouco mais você
Vitória pós-humana
Duvide um pouco mais de você
Eu, a tela, você
Eu, a tela, você
Descorporificação é o movimento preso do desejo
Meia noite e meia
A gente na areia
Combustível carnal
Nesse carnaval
Dancei e naveguei
Em roda de ciranda eu fui
Buscar a força de união
O imperdível momento da semana
Aquele fingimento de estar tudo bem
É que está tudo bem
Uma vida adoidada
Várias histórias simuladas sem sair do lugar
Sem sair do lugar
Te quero sim,
Só não quero ter você pra mim,
Te quero assim,você é toda sua
Eu te admiro assim, eu te admiro assim
Eu gosto tanto de comer que eu tô comendo a sua mente
Canibal lírico, o verso é consciente
Eu faço por onde, a fome sem fundo me consome
Seja rap funk, rap punk, seja hardcore, seja
Seja black trunk, black skunk, ou coisa pior, seja
Seja bem pior, seja seu melhor, seja sempre só
Verdades manipuladas não são certezas
Pobre mãe brasileira, sem comida sob a mesa
Pobre mãe natureza, estão destruindo sua beleza
No mato se planta, se colhe
No Xingu o peixe se escolhe
Então pra mim isso é perversidade
Fazem o mesmo com os índios, donos dessa terra
Mesmo sabendo que isso pode acabar em guerra
Dos filhos deste solo és mãe gentil?
Isso é só no hino do Brasil