Epigrafe para Tcc Música
Problemas se dissolvem no mar do infinito
Ao se beber da água desse rio colorido
Lidando com o passado viro luz no espaço escuro
Projeto os caminhos que se abrem pro futuro
Você não existe
E eu também não
Tudo que tem nessa vida é fruto da imaginação
A realidade surge na nossa ligação
Suas ideias emanam a luz de toda a criação
Todo movimento surge no inconsciente
Se engana o que acredita controlar a própria mente
Guiado a cada passo à um destino bem maior
Seu eu superior lhe acompanha, você nunca anda só
O verde dos seus olhos e os dois lados do abraço
Esse amor machuca tal como espinho de cacto
Não posso viver sem, mesmo que eu queira não te largo
Te amo cacto, temos um pacto
Ela me leva pra um deserto de incertezas que no fundo tem certeza eu eu vou me perder
E joga as cartas sobre a mesa, só as minhas, pois as dela nunca eu consigo ver
Ela tem truques que machucam, me hipnotizo me iludo
Mas sei que sem isso tudo é difícil de viver
Não tem contrato, amor de cacto
Ela mistura a fantasia com a vida, dia a dia
Vai embora sem nem me avisar
Mas sinto que com ela longe
Tudo fica complicado, ela sim me faz voar
É uma dança nova meu bem
Sua pele na minha faz tão bem
Um toque suave vai além
Do corpo e da alma também
Minha luz não apaga
Eu levo marcas
E não vai pensando que pode nos calar
Menos um são mais cem mil pra gritar
Eu não sou melhor nem pior que você
Eu lutei muito pra chegar aqui
E não sou seu, cuidado com o que for falar
Fala o que quer, depois cê vai ter que escutar
Numa nave espacial
Certos de que além do acima há uma jornada
Eu quero ir, pro espaço sideral
Nessa vida passageira eu vou contigo até o fim
Sinto um frio na barriga
Tudo isso me lembra a cena de um filme
O extinto selvagem que invade
A sensação de perigo que nos define
Celeste, divino, merece um hino
Em seu corpo, mensagem sublime
Esse é o nosso destino
O sonho ainda existe
O céu e a terra vão se unir
Veja que pena essa moça bonita
Que ainda acredita que sabe o que quer
Calou-se acanhada num canto
Parado num ponto, manteve perdido o olhar
Pensa na vida, paixão infinita
Que desde pequena sente por viver
Tem tanto querer
Mas há de entender
Tem tempo pra tudo, menina
Deixa de uma vez de ser só passageira
Do rumo que leva sua ambição
Deixa de pensar que tudo é brincadeira
Acho que isso é Síndrome de Peter Pan
Com força total pro meio do nada
Vai contrariada pelo que não é
Como ela esperava e decide ser livre
Leve, solta, longe do que cega a fé
Não se sente parte integrante do todo
E a zona de conforto é uma pedra no pé
Não vê quem não quer
Abre o olho mulher
Lá vem ele
Achando que é o cara
Dominando
Insiste e não para
Ele acha
Que vai conseguir o que quer
Mas tá errado
Ninguém segura essa mulher!
Olha ele
Achou que podia
Impôr regras
Cortar regalias
Enganado
Achando muito natural
Ser controlado
Perder seu lado individual
Mas não precisa ser assim
Podia ser diferente
Você podia gostar de mim
Mas confiando na gente
Se a solução for o fim
Ao menos por você, tente enxergar
Que ela é assim e nunca vai mudar
E num sorriso eu levo a vida
Sem direção, mas decidida
Felicidade é de momento
Perco até a noção do tempo
Na primavera, outono, verão
É sempre o mesmo discurso furado
Inverno reina no seu coração
Parece um músculo enferrujado
Te botei no meu brechó
Te vestia noite e dia
Apertado e não cabia
Esse laço já não dava nó
Nessa vida de brechó
Roupa linda e preferida
Estilosa e colorida
Tá cafona, demodê, uó
Me despi, quero estar só