Epigrafe para Tcc Música
Nesse mundo de loucuras
Me perco entre tantas figuras
Fantasiadas, descartadas, descartáveis
Mas isso só não me sustenta
Estudo os teus sinais
Sedenta desfrutando dessa
Insana liberdade
Quando eu tô me sentindo muito, muito triste
Olho pra cima e lembro: O céu não é limite
Sigo o meu coração, jogo ele pro mundão
No meio da multidão, a magia existe
Eu sou livre, sei voar
Já sei por onde devo andar
Eu tô na pista se você não vem
Eu vou passar por cima
Eu não consigo engolir essas verdades calculadas
Essas respostas encaixadas que limitam o meu saber
O saber de sentir a esperança de tentar evoluir
Sem enxergar o fim da linha mesmo se ela não existir
Tu és de fogo, eu sou de ar
Ousaria eu te manipular
Só um pouquinho te conduzir
Alimentar tua brasa, te expandir
Depois te tragar pelos meus pulmões
E sujar minha voz pras nossas canções
Seremos os mesmos
Se a paz que doamos um dia acabar
Que eu te traga de volta aos eixos da cruz
Quarto com pouca luz
Eu tenho algo que te seduz
Tem algo a ver com a escuridão
Ou algo de encontro ao que me dispus
Suor no toque dos lábios
Nervosismo canta a despedida
Quando excluiu meu contato
Perdemos contato de vista
Meu amor dinamite no pé da barreira
Seu ego é muro de Berlim
Então, não me pede perdão se não sabe porque errou
Não peça ajuda se não quer ajudar
O olho do apocalipse é a sina do compositor
Mas até o criador tem seu direito de errar
Faça o bem sem olhar a quem
A culpa é sempre de quem convém
Meus medos vão muito além
Mas seja mais eu, que eu serei mais eu, também
Repreende a rima, isso cria karma
Porque eu tenho que falar, é o desafogo da alma
E eu desobedeço e o mundo bate na minha cara
A verdade sempre dói mais quando não é revelada
Peguei até o que era mais normal de nós
E coube tudo na malinha de mão do meu coração
Deixa eu bagunçar você
Sei que eu tenho o dom de dar mergulho com o olhar
Pega e dirige para a casa no dia, também
Que o nosso carinho não dói em ninguém
Sou tua amiga, amante, serpente, meu doce bem
Soma, mas não some, fica e a gente dorme
Incenso a casa com alecrim
Cê segue a vida e eu sigo assim
Na estrada, no trem, de Berlim à Belém
O que é que é tirar um tempinho pra ficar mais perto de mim?
Você tem flores na cabeça
E pétalas no coração
Tem raízes nos olhos, excitação
Acalenta o meu coração
Me ensino a ter paciência, ciência
Que instiga o meu eu
Já foi, quero andar por ai
Descalça, sem nada, ao lado de um vinho bom
Amar é pra se corrigir e não perder a paz
A estrela do amanhã
Brilhando em mim, ainda a direção
E o coração e a rua inteira vê
Você tem
Um emprego pra mim? Olha aí
Qualquer coisa que
Que me mantenha perto de você
Posso fazer
Cafuné no cabelo
Vigio o seu sono, sei lá
Até provo o seu beijo
Pra ver se a barba vai me arranhar
Eu posso ser fiscal do seu olhar
Nem precisa pagar
Tatuei na minha alma seu rosto
O meu paladar já tem o seu gosto
Então, me fala como apagar
Como não lembrar, como não gostar
Seu abraço veste tão bem
Que dá até vontade de te raptar
Guardar você num potinho, num esconderijo
Pra não ter perigo de alguém te roubar
Achei uns pedacinhos de mim em você
Exatamente os que faltavam pra me preencher