Epígrafe para Faculdade de Letras
E durante todo o tempo o facundo escritor fez amor com as letras, que se multiplicaram em miríades de borboletas de todas as cores.
Nas muitas letras apenas falácias e obscuridade de entendimento, de nada se aproveita, senão para que bovinos adormeçam.
Aonde está a liberdade de utilizar as 26 (vinte e seis) letras do alfabeto, se apenas 13 (a metade) o homem pode utilizar para comunicar-se?!
Por que não usufruirmos de um alfabeto, de vinte e seis letras para interpretar em palavras o que estamos sentindo em nosso coração?!
A privação de expressão começa quando o homem, ser, não pode utilizar as vinte e seis letras do alfabeto para formular as suas próprias opiniões.
❤ Escrevo que as cinzas do meu rosto
São feitas de letras, palavras escritas
Com os dedos de fogo numa melodia
Entre os lençóis de seda preta de lava
Assim que terminar de ler, morrem as letras e nascem as ideias, as palavras facilmente se apagam, as ideias são eternas, e ganham vida quando alguém as coloca em pratica!
Perfiladas na superfície lisa do papel a se dar sentidos
Letras em forma formam palavras
Assim como pegadas perfiladas na areia a trilhar caminhos
Ambas se perdem ao tempo no sentido do vento
Palavras sem motivo vagam pelas ruas.
Músicas com letras vazias saem de carros.
Falta de cultura inspira pessoas sem personalidade.
Esperança de algo melhor morre nas cinzas de um cigarro estranho.
Detento da vida, escravo do amor
Veredas percorridas em letras e cor!
Não há sentido em nada enfim,
Que fuja daquilo que reina em mim:
As palavras, o som e a cor que desenham
Esse eterno jardim!