Epigrafe Mário Quintana
Mãe
Mãe! São três letras apenas
As desse nome bendito:
Três letrinhas, nada mais...
E nelas cabe o Infinito
E palavra tão pequena
– confessam mesmo os ateus –
É do tamanho do Céu!
E apenas menor que Deus...
Biografia
Era um grande nome - ora que dúvida! Uma verdadeira glória. Um dia adoeceu, morreu, virou rua... E continuaram a pisar em cima dele.
Nós vivemos a temer o futuro, mas é o passado que nos atropela e mata.
Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia.
Amizade: quando o silêncio a dois não se torna incômodo.
Amor: quando o silêncio a dois se torna cômodo.
Quem disse que eu me mudei?
Não importa que a tenham demolido:
A gente continua morando na velha casa em que nasceu.
O LUAR
O luar,
é a luz do Sol que está sonhando
O tempo não para!
A saudade é que faz as coisas pararem no tempo...
... os verdadeiros versos não são para embalar,
mas para abalar...
A grande tristeza dos rios é não poderem levar a tua imagem...
Nota: Trata-se de um "poema-montagem" com adulterações de origem desconhecida. Os versos foram extraídos e adaptados de outros poemas: "Verso Avulso"; "A Saudade"; "O Berço e o Terremoto".
...MaisPor que será que a gente vive chorando os amigos mortos e não aguenta os que continuam vivos?
O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência
nem o abandono...
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente.
Confesso que até hoje só conheci dois sinônimos perfeitos: "nunca" e "sempre".
DA ETERNA PROCURA
Só o desejo inquieto, que não passa,
Faz o encanto da coisa desejada...
E terminamos desdenhando a caça
Pela doida aventura da caçada.
As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
O Poema
O poema
essa estranha máscara
mais verdadeira do que a própria face...