Epígrafe de Maquiavel

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Dizem a verdade aqueles que afirmam que as más companhias conduzem os homens à forca.

Nunca se deve deixar que aconteça uma desordem para evitar uma guerra, pois ela é inevitável, mas, sendo protelada, resulta em tua desvantagem.

O desejo de conquistar é realmente muito natural e comum; e, sempre que os homens conseguem satisfazê-lo, são louvados, nunca censurados; mas, quando não conseguem e querem satisfazê-lo de qualquer modo, é que estão em erro, e são merecedores de censura.

Um povo corrompido que atinge a liberdade tem maior dificuldade em mantê-la.

Todos os profetas armados venceram, e os desarmados foram destruídos.

Toda a ação é designada em termos do fim que procura atingir.

Quem se torna senhor de uma cidade habituada a viver em liberdade e não a destrói, espera para ser destruído por ela.

Julgo poder ser verdadeiro o fato de a sorte ser árbitro de metade das nossas ações, mas que, mesmo assim, ela permite-nos governar a outra metade ou parte dela.

Quem seja a causa de alguém se tornar poderoso, desgraça-se a si próprio: pois esse poder é produzido por si quer através de engenho quer de força; e ambos são suspeitos para aquele que subiu à posição de poder.

Precisando, portanto, um príncipe, de saber utilizar bem o animal, deve tomar como exemplo a raposa e o leão: pois o leão não é capaz de se defender das armadilhas, assim como a raposa não sabe defender-se dos lobos.

Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!

Maquiavel
História de Florença (1532).

Nota: Tradução adaptada de um trecho do capítulo 27 do terceiro livro da obra "História de Florença".Trecho original em italiano: "tardi avvedutisi quanto sia pericoloso volere fare libero un popolo che voglia in ogni modo essere servo".

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Quando fizer o bem, faça-o aos poucos. Quando for praticar o mal, é fazê-lo de uma vez só.

Dê o poder ao homem, e descobrirá quem ele realmente é.

Homens ofendem por medo ou por ódio.

Não há nada mais certo que nossos próprios erros. Vale mais fazer e arrepender, que não fazer e arrepender.

Quero ir para o inferno, não para o céu. No inferno, gozarei da companhia de papas, reis e príncipes. No céu, só terei por companhia mendigos, monges, eremitas e apóstolos.

Não se pode chamar de valor assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar à palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à conquista de um império, mas não à glória.

Creio que seriam desejáveis ambas as coisas, mas, como é difícil reuni-las, é mais seguro ser temido do que amado.

Nenhum indício melhor se pode ter a respeito de um homem do que a companhia que frequenta: o que tem companheiros decentes e honestos adquire, merecidamente, bom nome, porque é impossível que não tenha alguma semelhança com eles.

Empreendedores são aqueles que entendem que há uma pequena diferença entre obstáculos e oportunidades e são capazes de transformar ambos em vantagem.