Epígrafe de Maquiavel
O desejo de conquista é algo natural e comum; aqueles que obtêm sucesso na conquista são sempre louvados, e jamais censurados; os que não têm condições de conquistar, mas querem fazê-lo a qualquer custo, cometem um erro que merece ser recriminado.
Um homem que quiser fazer profissão de bondade, é natural que se arruine entre tantos que são maus.
Não tem outro modo de esquivar-se das adulações senão fazendo os homens entenderem que eles não o ofendem dizendo-lhe a verdade.
Ninguém teme enfrentar uma situação pelo qual foi treinado.
“Os homens não são nunca tão maus que queiram oprimir a quem devem ser gratos”.
O Príncipe - cap.XXI
Mesmo que se disponha de poderosos exércitos, há sempre necessidade dos favores dos habitantes de uma província.
É inevitável que um homem que queira sempre agir como boa pessoa em meio a tantos que não o são acabe por se arruinar.
Deve dar pouca importância a conspirações quando conta com a simpatia do povo, porém, quando este lhe é hostil e o odeia, deve temer a tudo e a todos.
Os homens estão mais presos presos às coisas presentes do que às do passado; e quando nas presentes se encontram o bem, dele usufruem e não procuram dar importância ao passado.
O homem não se desvia de sua tendência natural e, se obteve êxito seguindo um certo caminho, não se persuade a abandoná-lo.
… quando um príncipe se apoia totalmente na Fortuna, arruina-se segundo as variações dela. Também julgo feliz aquele que combina o seu modo de proceder com as particularidades dos tempos, e infeliz o que faz discordar dos tempos a sua maneira de proceder.
(Niccolò Machiavelli - O Príncipe)
Quem deveria ostentar maior amor à paz senão aquele que foi ferido pela guerra?