Epigrafe Fernando Pessoa

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Com uma tal falta de gente coexistível, como há hoje, que pode um homem de sensibilidade fazer senão inventar os seus amigos, ou quando menos, os seus companheiros de espírito?

Fernando Pessoa
PESSOA, F. Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação. Lisboa: Ática, 1966.

Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes

"A fé é o instinto da ação."

Sentir tudo de todas as maneiras, viver tudo de todos os lados, ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo.

Fernando Pessoa
Poesia Completa de Álvaro de Campos

Quando temos todos os sonhos do mundo é porque há certeza que sonhar é possível ao mesmo tempo de ter saúde.

Com este sonhar tudo, tudo na vida te farás sofreres mais.
Será a tua cruz.

Quero seguir o caminho doha cem por centos aparti desta data.

E pode levantar-me desta poltrona deixando os sonhos no chão...

São as minhas confissões, e, se nelas nada digo é que nada tenho que dizer.

Senhor!torna me puro como a água e alto como o céu.

Mas penso ser tanta coisa! E há tantos que pensam ser a mesma coisa que eu penso que sou que não pode haver tantos.

Ah, mágoa de ter consciência da vida!
Tu, vento do norte, teimoso, iracundo,
Que rasgas os robles, teu pulso de vida
Minh’alma do mundo!

"De sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e é um sono sem sonhos em que estamos despertos."

É por isso que tomo ópio, é um remédio.Sou um convalescente do momento, moro no Rés do chão do pensamento e ver passar a vida faz-me tédio

Liberdade
Ai, que prazer
Não cumprir um dever.(...)

Morre jovem o que os deuses amam, é um preceito da sabedoria antiga.

O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formámos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho adaptado de poema do "Livro do Desassossego", de Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa).

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Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar

Nas faldas do Himalaia, o Himalaia é só as faldas do Himalaia. É na distância ou na memória ou na imaginação que o Himalaia é da sua altura, ou talvez um pouco mais alto.

Navegar é preciso; viver não é preciso.
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.