Epígrafe de Livro
O amor cura, a paixão adoece. O amor completa, a paixão arranca pedaço. O amor bate à porta, a paixão arromba e quebra todos os cadeados. O amor é o mais sublime dos sentimentos, a paixão é um desejo maligno e devastador, que condena, assombra e transporta o homem à insanidade. É a mão que puxa a alavanca dos sofrimentos humanos mais dolorosos.
Devolva
devolva-me a vida sem ti
devolva-me quem eu era antes
devolva-me
mas...
se não podes me devolver a vida sem ti
devolva-me a ti mesmo
devolva-ti
Mais um outono chegando acanhado
Na espera de ser amado
Com cuidado
Mais um outono de folhas bizarras
Que caem em algazarra
Com medo
Mais um outono...
Quantos outonos ainda virão?
(Bebel Magalhães)
Pensai como se cada um de vossos pensamentos tivesse de ser gravado a fogo no céu, para que todos e tudo o vissem. E, verdadeiramente, assim é. Falai como se o mundo todo fosse um único ouvido atento a escutar o que dizeis. E, verdadeiramente, assim é. Agi como se todos os vossos atos tivessem de recair sobre vossa cabeça. E, verdadeiramente, assim é. Desejai como se vós fosseis o desejo. E, verdadeiramente, o sois. Viveis como se vosso Deus, Ele próprio, tivesse necessidade de vossa vida para viver a Dele. E, verdadeiramente, Ele necessita.
UMA VOLTA AO PASSADO
Com a maturidade, que adquirimos, ao longo da vida, olhando o que já fizemos, voltamos à mesma varanda, onde respirávamos o vento doce de outrora... Lembramos, então, os tempos distantes...
Se fecharmos os olhos, o silêncio vai nos levar de volta ao passado, com o nosso pensamento....
O tempo passou, deixou suas marcas, as palavras adormeceram, mas,o vento, este ainda tem o mesmo perfume, que nos faz dar uma volta ao passado, rememorando a fragrância do passado...
Recordamos, então, todo o advindo, que a fugacidade nos traz, através do vento doce, que tem o mesmo bálsamo do passado, que nos faz recordar...
Sentados, naquela varanda, sentindo o perfume das flores, que o vento trazia e ficou em nossa memória, ali, revivemos o passado, que ficou para trás...
Marilina Baccarat
Nós precisamos dos lugares a sós, dos lugares onde entramos em solitude, um lugar onde seja um jardim de oração, de contemplação perfeita do Pai.
O respeito pelas pessoas que têm pontos de vista diferentes do nosso, é uma palavra-chave no estudo das religiões. Não significa necessariamente o desaparecimento das diferenças e das contradições, ou que não importa no que você acredita se é que acredita em alguma coisa. Uma atitude tolerante pode perfeitamente coexistir com uma sólida fé e com a tentativa de converter os outros.
Quem vê de fora uma religião, enxerga apenas as suas manifestações, e não o que elas significam para o indivíduo que a professa.
A tolerância não é compatível com atitudes como escarnecer das opiniões alheias ou se utilizar da força e de ameaças. A tolerância não limita o direito de fazer propaganda, mas exige que esta seja feita com respeito pela opinião dos outros.
"Devemos viver buscando a felicidade, seguindo em frente e buscando, na próxima esquina, motivo para sorrir."
Deus te escolheu pra liderar. Entre milhões de espermatozoides você foi o primeiro.
Continuar liderando é questão de buscar aperfeiçoamento, focar e seguir em frente apesar dos pesares.
Por incrível que pareça, liderar é uma missão divina que é necessário cultivar.
“Forçar o seu caminho só trará azar.
Mantenha-se focado no seu caminho e remova os obstáculos com gestos gentis. Analise a longo prazo.
Semeie as sementes corretas agora para ter uma boa colheita no futuro. Cultive paciência, tolerância, adaptabilidade e desapego.
Aceite o fato de que a única coisa que pode fazer é mudar a si próprio.”
O Eu De Mim
A inteligência não é para o eu de mim mesma. Tenho a minha própria maneira de ver as coisas... Pessoas acusam-me de ser intelectual, o que não é verdade. Quem sou eu para po¬der ter esse título, nem tenho estofo e, muito menos, cátedra para isso.
Eu sou eu mesma, penso pela minha própria cabeça, escrevo para o meu povo brasileiro, abro o meu coração, que¬rendo que meu povo leia os meus escritos, mesmo quando o assunto não é muito agradável.
Esse é o eu de mim, mesmo que a maioria das pessoas pensem ao contrário.
Mas, ao olhar, à minha volta, vejo pessoas que não con¬seguem pensar com suas próprias cabeças, chegar a conclu¬sões sobre os assuntos, precisando de um aval, de uma opi¬nião de outro ou de outros, para então, emitir a sua.
Lembro-me da minha infância, desde bem cedo, nunca ninguém me obrigou a fazer o que eu não queria. Sempre tive quereres e sempre tive amor próprio.
Há pessoas, que chamam isso de egoísmo, eu costumo chamar de gostar do eu de mim em primeiro lugar.
Mas essa necessidade, que tenho de escrever, muitas ve¬zes, escritas contrárias ao gosto da maioria, não é que eu seja do contra, mas, simplesmente, porque fui acostumada a pen¬sar desde criança. Eu pensava e concluía sozinha... Nada para mim veio mastigado. Tive que romper amarras e pular muros.
Assim é o eu de mim, meu modo de ser, que tem neces¬sidade de expor o que pensa, gostem ou não, da minha escrita.
Tenho encontrado grandes donos da verdade, em mi¬nhas andanças pela vida. Aqueles que não admitem que os contradigam ou sequer levantam a hipótese de que possam estar errados. Poucos são os que aceitam suas falhas, suas fal¬tas, seus erros e voltam atrás. Poucos, muito poucos, são, na verdade, os cordatos e bonzinhos, que tentam passar aos ou¬tros a imagem, que fazem de si próprios.
Mas, como já disse, o eu de mim é mais forte do que eu mesma... Muitas vezes, acabo ficando com litros de amargor, acumulados em minhas veias, porque não falei o que desejava ter falado.
Aí é que entra a minha escrita. A escrita, por mais con¬tundente que seja, não machuca como as palavras ditas. Pre¬firo escrever, a falar, porque sei o quanto posso ser afiada e cortante quando falo.
Desejei, muitas vezes, ser de outro jeito. Pensar menos, ouvir mais, concordar mais e aceitar mais...
Mas, aí, não seria o Eu de Mim. E eu não seria eu mesma
Marilina Baccarat escritora brasileira
Trazemos, em nós, tudo o que nos aconteceu.
e até o que nunca vivemos... Mas, para mim, meu
tempo é hoje, meu tempo é o amanhã... por isso,
lembramos o passado, guardando boas lembranças,
algumas, nem tanto, mas, sabemos transformá-las
em puras lembranças boas...Marilina no livro "Viajando nas Lembranças"
O VERDADEIRO AGOSTINHO
A insistência de Agostinho em acusar-se de haver sido um "transviado" durante a adolescência e juventude costuma deixar a impressão de que foi um grande pecador. Mas a verdade é que fica difícil levar a serio as necessidades que tinha quando contava com seus quinze anos. Adolescente ocioso, freqüentava os banhos públicos e corria pelas ruas, quando chegava a noite, com companheiros pouco recomendáveis. Não era, porém, tão viciado como seus colegas, o que já é um indício de dignidade moral e aspiração pelo melhor. Um dos seus futuros adversários, o bispo donatista Vicente de Cartena, conta que Agostinho era conhecido entre os estudantes como um rapaz tranqüilo e exemplar. Juízo este muito mais verosímil que o de muitos autores que, por terem tomado, exageradamente ao pé da letra a retórica agostiniana, pintam-no com um estudante indecente e bagunceiro.