Epígrafe de Livro

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Soneto do IR

Mandaria-lhe meus versos, mas primeiro, o Leão.
Pode ser sem importância, mas eu lhe direi que não,
Mesmo sem ser milionário, a tarefa é a mesma,
Com recibos, comprovantes ‘tou’ juntando uma resma.

Como ter tranqüilidade pra poder criar poemas,
Se a renda disponível vira fonte de problemas?
Fico sempre no aguardo de uma lei ou portaria
Que tornasse palatável essa grande porcaria.

E assim fico olhando os recibos de escola,
Que juntei naquele canto, sem saber da armadilha.
Eu paguei uma fortuna, o desconto é uma esmola.

Pois, por trás de tudo isso, Everardo e matilha
Se divertem num conjunto que nem sempre desafina
Ao Rachid , com um sorriso legam a tal ‘malha fina’.

Inserida por celsocolunista

A PAGINA DO DIA

Ao abrir os olhos nesta manhã, eu já ganhei um sonoro "SIM" de Deus! Uma oportunidade de escrever mais uma página no livro da minha vida, dando ainda mais significado à história escrita até ontem. Mais uma oportunidade de melhorar e de dar mais um passo em direção à realização de cada um dos meus sonhos!

O mundo ou algumas circunstâncias até podem me assombrar com a possibilidade de um "não", mas esse resultado eu já tenho! A inércia apenas me paralisaria a ponto de, no final do dia, meu livro estar com uma simples página em branco na data de hoje. E isso poderia se repetir por muitos outros dias, meses, anos...

Assim, tenho que ser grata a Deus pelo "SIM" do dia, me munir com a fé de que tudo dará certo, arregaçar as mangas e ir à luta, crendo que, ao me deitar, se eu ainda não tiver conseguido os resultados positivos desejados, ou estarei mais próxima do que ontem ou simplesmente fui capaz de escrever mais um belo capítulo de aprendizado, fazendo valer o fôlego de vida que me foi concedido por hoje!

Inserida por fesimoesrodrigues

A filosofia me fez amar os livros e temer os homens

Inserida por larissazim

Nada mais importante na vida do que compartilhar o que é bom e belo.

Inserida por Paticunha

Ler é seguir por longas viagens sem sair fisicamente do lugar.
A leitura permite que sejamos levados para quaisquer distâncias,
em qualquer tempo, passado, presente ou futuro,
pela nossa máquina chamada "imaginação".
Entre o que você é e o que você gostaria de ser.
Entre o que você é e gostaria de parecer.
Entre o que você quer e o que diz querer.
Entre o que você quer ser quando crescer e o que deixou se perder.
Entre o que você vê e o que não vê.
Entre tudo o que você vai esquecer,
das lembranças que nunca irão se apagar.
Entre o muito rápido e o quase devagar.
Entre o tempo e a idade. Entre o futuro e a saudade.
Entre o desperdício e a sobra.
Entre a triste verdade e a alegre mentira.
Entre a mulher e a menina.
Entre o que cega e o que fascina. Aqui entre nós.
Entre mentes, entendendo que entre eu e mim, entre nós dois e vocês. Entre!
Ainda que seja a porta de saída, entre sem bater.
Aceitar as pessoas como elas são, e a vida como ela é.
Todos nós somos sorrisos, abraços, preguiça, ânimo
e jamais perderemos nossa sensibilidade.
Somos o que pensamos.
Tudo o que somos surge com nossos pensamentos.
Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo.

Inserida por Aless22

Você faz ideia do porque poesias são penduradas em varais?
Talvez para escorrer lágrimas de tintas e dos que escrevem.


Usando poesia de forma errada
Com pessoas não amadas
Me desprezam ou me usam
De uma forma valentia
Me usando me acalentando
Sou de conversa boa, fácil
Porém não me satisfaço
Tenho, ou melhor
Não sou obrigado a ter
Apenas bagunçar ainda mais meu ser
O seu já me basta.
Não fico orgulhoso,
Aliás,
A tempos não o sinto.
Um café e um livro barato
A ordem exata não nos importa
Não sou o dedo na sua cara
Lhe dizendo o que deva fazer
Sou o rosto e as vozes
Que te dão todo o prazer.
Prazer é o seu
O meu é dever.

Inserida por BetoDalsochio

Senti um arrepio subir pela minha espinha, o frio e o calor se misturar e encher o meu estômago de um choque térmico instantâneo pelo seu olhar: ela estava encarando a minha alma.

Inserida por SamuelSam

Encontro

Mal saíra do Hotel Meridien, onde seus amigos paulistas o convidaram para uma caipirinha. Quase uma da tarde. Nada demais, apenas o fato de ele não tomar caipirinha. Mas era uma amizade que vinha de longe, e não seriam algumas doses que iriam separá-los. Deglutira galhardamente três doses com alguns salgados e, após ouvir as indefectíveis piadas cuja validade havia expirado, despediu-se dos casais amigos e decidiu andar um pouco.
Colhido pelo bafo quente, olhou para a direita e viu o mar indecentemente azul, que em algum ponto lon¬gínquo engolia um céu de um azul mais claro, apenas manchado de algumas nuvens esparsas de algodão de um branco duvidoso. Andar um pouco pela Avenida Atlântica e olhar as beldades em uniformes de conquista não eram o ideal naquele momento. Tinha dei¬xado trabalho no escritório e, apesar de o celular não reclamar nenhuma atenção, no momento, sabia dis¬por de menos de meia hora antes de enfrentar o mundo além túnel.
Além do túnel, acaba a Cidade Maravilhosa, era o seu bordão predileto. As malditas doses haviam tor¬nado seu andar ligeiramente menos decidido que de costume. Na verdade, não sabia como matar a meia hora. Lá longe o Posto Seis e o Forte pareciam chamá-lo. Resistiu ao apelo e, muito a contragosto, decidiu andar um pouco pela Gustavo Sampaio. Um pouco de sombra, já que os prédios projetavam suas silhuetas no asfalto e lá também havia gente, muita gente andando sem muita pressa, com o ar tranquilo e um “xacomigo” zombeteiro estampado no rosto.
Relembrou a sessão de piadas. Achava que deveria haver algum dispositivo legal, ou pelo menos um acordo, que determinasse prazos além dos quais as anedotas seriam arquivadas e frequentariam somente as páginas das coletâneas ditas humorísticas. Ter de dar risadas ao ouvir pela centésima vez a mesma piada, ou variações sobre o mesmo tema, poderia ser perigoso para a paciência dos ouvintes, ou reverter em agressão física em detrimento de um contador desatualizado. Até que seria uma boa ideia colocar avisos nesse sentido. Ou, então, seguindo o exemplo das churrascarias rodízio, introduzir o cartão de dupla face, a verde autorizando a continuação e a vermelha decretando o final da sessão. Muito compli¬cado. Como fazer no caso de divergência? Decidir por maioria simples. Ou, devido à importância do assun¬to, haveria de ter a concordância de pelo menos dois terços dos ouvintes? Os desempates seriam decididos pelo voto de Minerva do criminoso, isto é, do conta¬dor. E se houvesse daltônicos na platéia?
Será que há exame médico para garçons de rodízio, eliminando os daltônicos?
Mas, na falta de regulamentação, como resistir à sanha do contador de “causos”? Não dar risada? Interromper? Contar a sua versão? Esses expedientes eram ainda piores. Olhar a paisagem do terraço, sim, e acompanhar a gargalhada dos outros foi a solução encontrada. Providencialmente. A regulamentação ficaria adiada, procrastinada, decidiu com uma risa¬dinha interior.
E tem aquela do português que chega em casa... E aquela outra da freira que... Ah, a melhor de todas, acabaram de me contar: o Joãozinho pergunta para a professora...
Afinal, era um bom passatempo, com a vantagem de observar fisionomias alegres. As reações eram muitas vezes mais engraçadas que as piadas.
Será que eles também conheciam TODAS aquelas anedotas, ou somente algumas?
Esbarrou num transeunte, balbuciou uma desculpa qualquer e teve direito a um bem humorado:
– Ô meu, olha só, estou na preferencial!
O peso pesado já estava se afastando e as ideias voltando a se agrupar depois da desordem causada pelo baque.
A ligeira dor de cabeça pedia uma parada numa farmácia. E farmácia era o que não faltava na rua.
Entrou e aguardou que a balconista o notasse. Entre ser notado e a pergunta:
– O que deseja? se passaram alguns intermináveis segundos.
– Duas passagens para Paris em classe executiva. E ante o misto de espanto e divertimento da moça, completou:
– Bom, já que não tem, qualquer coisa para a dor de cabeça. Poderia tomar aqui mesmo? Tomou o analgésico, agradeceu e, instantes mais tarde, estava de volta à calçada esburacada.
Olhou para o Leme Palace e resolveu voltar cami-nhando pela Atlântica.
Evitou o segundo esbarrão da meia hora de folga.
Em frações de segundos, os olhares se cruzaram. Era uma beldade, outonal, mas, apreciador de Vivaldi, as quatro estações são arrebatadoras, pensou.
O andar sinuoso, os pequenos sulcos rodeando os olhos, carimbos ainda piedosos no passaporte da vida, cabelos cortados Chanel, ombros e decote plena¬mente apresentáveis e não apenas um tributo pago ao calor daquele verão, pernas bonitas, e medidas ten¬dendo à exuberância. O rosto comum, tinha o olhar faiscante a valorizá-lo.
Naquele instante, o tempo parou, não o suficiente, porém, para que, da extrema timidez dele, brotasse algo mais inteligente do que um sorriso vagamente encorajador. “Pergunte algo, as horas, o caminho para algum lugar, o nome da rua, qualquer coisa”, rebelou-se dentro dele uma voz indignada por jamais ter sido ouvida no passado.
Continuou, como que petrificado, enquanto, sem deixar de olhá-lo, ela passou por ele longe o suficiente para não tocá-lo, e perto o bastante para deixa-lo sentir o perfume discreto que a envolvia.
Ele continuou imóvel e virou a cabeça, contemplando a desconhecida, que continuava andando, afastando-se aos poucos. Alguns passos depois, ela virou a cabeça e o olhar, mesmo àquela distância, lançou um convite mudo ou, pelo menos, assim pa-recia.
Sem reação, ele a acompanhou com o olhar. Ela deu mais alguns passos e novamente olhou para trás. A voz interior estava se desesperando. Ele mesmo não entendia o porquê da sua imobilidade. A desconhe¬cida estava se afastando cada vez mais, confundia-se no oceano de cabeças e, mesmo assim, pareceu-lhe que lá longe uma cabeça estava se virando uma última vez para trás.
Era um adeus. Sentiu que o que se afastava não era uma desconhecida. Era um pedaço de si mesmo, de uma juventude da qual não havia sabido desfrutar e agora lhe acenava de longe, mergulhada num misto de lembranças e saudade.

Inserida por celsocolunista

Não somos perfeitos o que nos fazem perfeitos são nossos erros do passado que são perdoados que nos fazem perfeitos

Inserida por Ana_Cersosimo

Sua personalidade atraí ou repele?Qual a sua? Nossas personalidade revela nossos segredos

Inserida por Ana_Cersosimo

Analogia sem você...
(Nilo Ribeiro)

Peguei a via mental
e me encontrei com você,
sei que não é normal,
mas alivia meu sofrer

sinto imenso vazio
sem você por perto,
soufogo comfrio,
casa sem teto

você está longe,
sinto tua falta,
sou templo sem monge,
caderno sem pauta

saudade que tortura,
noite de solidão,
sou quadro sem pintura,
pecado sem perdão

no escuro do quarto,
sozinho na aldeia,
sou toquesem tato,
praiasem areia

aflição que aguça,
rio de lágrima,
sou caminho sem bússola,
livro sem página

placa sem sinal,
luz sem escuridão,
estória sem final,
clima sem verão

coração sem pulso,
marido sem esposa,
floresta sem urso,
lobo sem a Loba

queimateu gelo,
frustra meu vulcão,
sou homem sem modelo,
cantor sem canção

pedra sem brilho,
árvore sem fruta,
saio do trilho,
perco a conduta

distante do desejo,
atormenta a dor,
sou boca sem beijo
e beijo sem amor

poeta sem rima,
estrofe sem verso,
sou rua sem esquina,
planeta sem universo

navio sem mar,
flor sem perfume,
sou noite sem luar,
sou vela sem lume

pé sem calçado,
andarilho sem caminho,
teatrosem tablado,
afago sem carinho

me tornei um nada,
manhã sem alvorada,
namorado sem namorada,
um ninguém absoluto,
tarde sem crepúsculo,
hora sem minuto

sem a tua presença,
sou visão sem imagem,
diante da tua indiferença
sou correio sem mensagem

urso não foi feito para Loba,
nem pobre para a burguesa,
não há nada que resolva,
basta-me admirar tua beleza

uma viagem de fantasia,
como os versos desta poesia

eu me sinto assim,
comvocêlonge de mim...

Inserida por NILOCRIBEIRO

O poeta é alguém que escreve e fala, o que baixinho no reduto da alma lhe diz o coração.

Inserida por EdeniceFraga

Prazo é igual menstruação: incomoda na existência e preocupa na falta

Inserida por Ednucci

Rascunho é pretexto

Inserida por Ednucci

Não havia mais motivo para o medo, pois o demônio estava morto
Trecho de O Templo de Aiakos

Inserida por Memento

Livros servem de escudo somente quando são lidos, mas não retêm um projétil de uma calibre 50.
Sobre o caso de jovem que matou o namorado em um experimento para o Youtube.

Inserida por Memento

As pessoas dependem tanto de livros para se intelectualizar que eu queria saber delas, o que elas fariam pra se intelectualizar, caso não houvesse nenhum tipo de livro.

Inserida por murillo272

Invadiu-me a casa, o pensamento, a vida e lá fez sua morada...Invadiu-me o quarto, o canto, minhas cores e transbordou tudo.Invadiu-me o tom, o tato, o dorso, a pele, virou-me o mundo ao contrário. Invadiu-me sem hora e nem lugar, entrou pela janela, tomou-me de assalto. Deitou-se no meu destino, riu-se do meu espanto... Foi assim sem tempo, num segundo de desatenção
Que desembarcaste em mim paixão.

Inserida por jo_nogueira

Se quiseres pinto a escada de outra cor, Arranjo outros vasos para as flores, Visto o vestido azul que quiseres, sendo azul, qualquer um deles, amor. Se quiseres, não te esqueço assim que amanhecer o dia. Caso queira, apago as luzes, te arrepio em pelo, mudo a cor do acaso, o curso da vida, a rima de um verso, te beijo... Se quiseres pinto a escada de outra cor...

Inserida por jo_nogueira

Sem perceber, escapou-lhe a brisa que levaria seu veleiro para onde realmente queria.

Inserida por jo_nogueira