Epígrafe de Livro
Meu livro
As páginas do meu livro estão acabando.
Fiz tantas histórias...
Só uma folha.
Uma folha...
Como vou usar só uma folha?
Eu quero mais livros!
Eu quero mais páginas!
Eu tenho que fazer mais histórias!
Quero fazer parte de mais histórias!
Minhas páginas não podem acabar!
Vou arranca-la.
À jogarei ao vento.
E então...
Deixarei o tempo decidir...
Se...
Tudo o que tenho...
Tudo o que sobrou...
Tudo o que me resta...
É só uma folha...
Todo bom livro tem a capacidade de mudar como pensamos, mas somente o Evangelho tem o poder de transformar vidas.
Virar a página? Será?
Você acredita mesmo, que seria
só virar a página? como um livro?
Desculpe-me por todas as vezes
que querendo te aproximar
te afastei de mim.
Desculpe se minha intensidade te
assustou. Desculpe ter permitido
você conhecer esse meu lado
que até eu mesma desconhecia.
Desculpe-me...
"O mundo é uma biblioteca. Pois cada ser é um livro. Com histórias desencadeadas conforme o ninho."
Eu sou pura poesia
Sou um livro de mil páginas
Sou muitas em uma só
Sou fogo
Sou gelo
Sou paz
Sou tempestade
Sou mistério indecifrável
Sou dúvida momentânea
Sou certeza de quem sabe
Sou um sonho
Sou pesadelo
Sou seu porto seguro
Sou seu maior medo
Sou apenas eu.
eu posso não estar com você, mas eu te sinto toda vez que vejo aquele livro, entro naquele quarto, passo pela aquela praça, escuto aquela música, deito naquela cama, sinto aquele perfume, visto aquela roupa e vejo aquele desenho que você fez
Meu olhos ainda se enchem de sorrisos quando te vejo, acho que ele vai sempre existir lá no fundo, pois me lancei de alma a ti
Talvez esse seja o último poema
Ou seja, a última linha de um livro de amor inacabado.
Mas eu suspiro e lembro com nitidez do nosso primeiro beijo
E tento me agarrar na intensidade daquele momento
Pra ter a certeza que esse amor ainda vive
Eu já fiz muitas escolhas ruins na vida
Mas você sempre me pareceu a melhor e mais assertiva
E eu sempre acreditei que “esse amor”, seria puro até nos piores momentos
E sei que a dor em te ver partir pode ser grande
Mas não maior que essa agora, que me mata minuto após minuto.
Com suas poucas palavras e com sua presença incerta
E eu... Bem eu sou péssima em dialogar com o silêncio
De qualquer forma eu senti que já estava te perdendo
Antes mesmo daquela madrugada
Eu senti na sua voz, na forma como você me contou do seu antigo amor
Na entonação que seu coração nunca tinha sido de fato meu
Eu tentei, te segurar, argumentar, abraçar
Você contestou e disse que me amava
Mas você não estava lá mais, seu corpo sim
Sua mente não,
Eu ainda tenho por você os mesmos sentimentos
Sonhos e vontades... Mas te deixo livre
Sou grata por ter me ensinado que o amor
E coisa pra gente grande, responsável e corajosa
Sou grata por cada instante, cada palavra e cada carinho
Sou grata por ter despertado em mim os melhores sentimentos
Sigo te amando pra sempre
E te carrego no coração eternamente.
Um livro é o resultado de uma variedade infinita de cenas, unidas para contar uma infinita variedade de histórias.
A melhor página de um livro é quando duas pessoas escrevem juntas o momento mais marcantes de suas vidas.
A IDADE DA RAZÃO
Aos 58 anos, penso, talvez, que seja a hora de escrever um livro maduro, cheio de experiências reais, experiências que acumulei durante toda minha vida. Contudo, não sei por onde começar. Qual seria o titulo deste livro? Notas do Subsolo, ou um simplório Zé Ninguém?
Um poeta, pois é assim que defino-me, não deve encher o mundo de miséria, nós temos a obrigação moral de incutir nos homens a ideia abismal de que a humanidade tem conserto. Logo concluo que um romance realista seria de pouca ou de nenhuma importância neste momento. A vida anda muito difícil pra muita gente, precisamos de fantasia, de ilusão, mesmo que passageira, a ilusão nos alimenta de esperança, e esta esperança, não raro muito fugaz, pode aliviar a dor emocional das guerras em curso, e, sobretudo do cataclisma que foi o holocausto e a recente pandemia.
O vinho e a poesia ilude, mas cura, se usados na medida certa.
Entre as páginas de um livro,
Encontro um mundo de emoções,
Com Lygia Fagundes Telles,
Viajo por diversas dimensões.
Ela me fala da esperança,
De um amanhã melhor que virá,
Que mesmo diante da incerteza,
Devemos acreditar e lutar.
O futuro é construído,
Com cada escolha que fazemos,
Por isso devemos agir,
Para que dias melhores tenhamos.
E no meio das histórias,
O céu azul surge no horizonte,
Um símbolo de paz e beleza,
Que nos acalma em meio à dor.
Com Lygia Fagundes Telles,
Aprendo a ter esperança,
De um amanhã mais justo e fraterno,
De um mundo cheio de bonança.
O Livro dos Louvores diz que "preciosa é, à vista do Senhor, a morte dos seus Santos". Há alguns que ministram dizendo que Deus, teria certa dose "ansiedade" em recolher alguns de seus Santos, sob o pretexto de estarem mais próximos dEle.
Mas, o que seria um mero recolhimento à Sua Glória, para aquele que já está na Presença de Deus, onde quer que esteja ou aonde quer que vá? Se Deus já se encontra na vida íntima de um Santo, recolhe-lo em Sua Glória sob o pretexto de estar mais perto de si, é apenas uma mera alegoria de interpretação textual.
Mulher
Onde ela está existe vida
É um livro de cabeceira
Que ensina o valor da lida
Pra gente não fazer besteira
Livre livro leve
Sou livre, tenho em meus meados
A imaginação e muitos legados
Desfruto das aventuras que me pertencem
Dos romances e suas nuances
Das poesias que muito extasia.
Sou leve como as palavras
Que muito nos irradiam com seus lindos contares
Sou levado pelo universo dos muitos enredos
Que muito nos direcionam com temor e emoção.
Amo as páginas em branco,
Quando se deleitam em prantos
Numa melodia sem palavras e seus desencantos.
Mesmo com o amor não correspondido.
É amor verdadeiro, é sofrido.
Falo do amor também correspondido!
O amor que todos têm merecido.
Comprazer-se com os ilustres desenhos
Confesso, prefiro imaginar o que decorre da mente.
Todas as aventuras, personagens e bagagens,
Nos livros encontre os momentos enriquecedores.
Na mente é avassalador.
Chega sem avisar, posterga o leitor
Mesmo assim, agradeço ao ilustrador.
Enfim,
Sou livro!
Sou livre!
Sou leve!
Sou a pena!
Que escreve!
A natureza é um livro aberto,
Cheio de mistérios por desvendar,
Um convite para o pensamento,
Que nos leva a refletir e a indagar.
Cada flor, cada folha, cada árvore,
Nos revela um segredo profundo,
E nos convida a uma jornada de descoberta,
Que nos leva além do mundo.
A natureza é um espelho da alma,
Que nos mostra a verdadeira essência,
E nos lembra que somos parte dela,
E que devemos cuidar com consciência.
Ela nos ensina que tudo está interligado,
E que cada ser tem um papel a desempenhar,
Que a vida é um ciclo sem fim,
E que devemos aprender a respeitar.
A natureza é um professor silencioso,
Que nos ensina a arte da paciência,
Que nos mostra que a beleza está na simplicidade,
E que a vida é uma constante transformação.
Que possamos aprender com a natureza,
E encontrar o equilíbrio em cada estação,
Que possamos ser guardiões da sua sabedoria,
E protegê-la com amor e devoção.
Um livro, não importa qual seja, insere-se necessariamente em uma complexa rede de poderes e micropoderes. Como texto literário, torna-se facilmente espaço de acesso e de interdições a competências leitoras várias - fechando-se àqueles que não compreendem seus códigos ou que não compartilham o idioma comum à comunidade lingüística de seus leitores preferenciais, ao mesmo tempo em que se entreabre, nos seus diversos níveis, àqueles que podem apreender alguns de seus sentidos possíveis. Como objeto mesmo, o livro se oferece menos ou mais generosamente àqueles que podem adquiri-lo ou tomá-lo emprestado, ou àqueles que podem suportar ou sentir-se confortáveis diante das estratégias editoriais que lhe dão forma e materialidade. Como depositário de um discurso, na verdade de muitos discursos, o objeto-livro mostra-se por fim interferente e interferido, relacionando-se ao jogo de poderes e micropoderes que afetam a sociedade que contextualiza a sua produção e circulação.
[parágrafo inicial do artigo 'Um livro manuscrito e seu sistema de poderes e micropoderes'. revista Em Questão, vol.12, n2, 2006, p.273-296]