Epígrafe de Livro
O meu primeiro livro foi como um primeiro filho, na inexperiência me preparei para vencer a batalha de sair do primeiro e produzir um "segundo" com mais leveza, com menos pressa, com mais experiência.
Elizabeth Torny - Minha primeira filha. Que o mundo te conheça. Afinal, não importa o tempo o importante é que já faz parte da história.
Estava flertando com a Bahia, e comigo sempre a poesia num livro de Emily Dickinson e no vai e vem do mar que assistia.
Somos um livro em branco,
cujo o inicio e meio é inevitável.
Mas o final, é opcional. — Podemos dar um fim feliz ou ruim. Só depende de como encaramos a situação.
Minha vida é um livro aberto, se um dia você vier a ler este livro e não entender algumas páginas é porque estão escritas em outras línguas.
Quando alguma coisa me incomoda eu não sossego enquanto não me livro daquilo, e quando consigo inevitavelmente solto um enorme sorriso de satisfação. É o meu jeitinho... ;)
O escritor baiano Jorge Amado disse um dia numa palestra que o escritor pare um livro, quanto o termina de escrever.
Naquele dia achei essa ideia um pouco estranha. Hoje, porém, tenho de admitir que concordo com ele.
Eu hoje pari um livro!
Você lê um livro, depois lê outro. Após ler o segundo se desejar reler o primeiro verificará que ‘ele se alterou’.
365 páginas da nossa vida.
Mais um ano se finda
Com ele, um capítulo
Do nosso livro da vida
Que escrevemos no decorrer
De 365 dias.
Um capítulo com 365 páginas
Envolvidas em sentimentos
De alegria, de tristezas,
De realizações, de frustrações
De perdas e ganhos.
Um capítulo envolvente
Com páginas memoráveis:
Nele vivemos sonhos
Criamos metas
Realizamos algumas
Outras não
Mas, isto, não importa
O importante é que estamos vivos
Para colocarmos um ponto final
Neste capítulo.
Iniciaremos um novo capitulo
Onde a cada dia
Uma surpresa nova irá surgir
Que estará sendo escrita
Que possamos terminar
As 365 novas páginas.
Para a felicidade dos fanfarrões, uma festa...
Para os inteligentes um bom livro de leitura...
Para os sábios, o silêncio basta.
Então um livro acaba e outro começa, e assim começa a escrita de um novo livro e sempre com a esperança de que será melhor.
Os animais e a sensciência
O filósofo australiano Peter Singer, em seu livro Libertação Animal, destaca as evidências da sensciência nos animais que são:
A capacidade de sentir dor, medo e ansiedade, frustração, prazer, compreensão de pertencer a grupos sociais, capacidade de interagir natural e socialmente, possuir sentimento de laços familiares, algum tipo de comunicação e preferências. (SINGER, 2004, p. 17)
Singer enfatiza que o estatuto moral de todo e qualquer ser não depende da sua capacidade de raciocinar e falar, mas do fato de ser sensciente ou não.
Se um ser sofre, não pode haver qualquer justificativa moral para deixarmos de levar em conta esse sofrimento. Não importa a natureza do ser, o princípio de igualdade requer que seu sofrimento seja considerado em pé de igualdade com sofrimentos semelhantes – na medida em que comparações aproximadas possam ser feitas – de qualquer outro ser.
Caso um ser não seja capaz de sofrer, de sentir prazer ou felicidade, nada há a ser levado em conta. Portanto o limite da sensciência para a capacidade de sofrer e/ou experimentar prazer é a única fronteira defensável de consideração dos interesses alheios.
Singer propõe o critério "dor/sofrimento" para que o ser seja aceito na comunidade moral.
Com esse critério, não devemos então perguntar se o ser tem ou não a plena posse da razão, mas sim, se ele tem a capacidade de sofrer.
Este é o critério da sensciência.
Eu já sabia qual era o final daquele livro, já o tinha lido a algum tempo atrás. Mas, por algum estranho motivo, decidi que queria viver tudo aquilo por mais uma vez. Não havia muito sentido no que eu estava fazendo, afinal, eu já sabia como as coisas iriam terminar, e o desfecho daquela história não era um dos mais felizes, mas, de certa maneira, apesar de tudo aquelas páginas conseguiam me fazer sorrir... Talvez fosse isso... Elas me faziam sorrir...