Epígrafe de Livro
Os olhares não deviam ter peso, mas meus passos ficam mais pesados só de saber que os olhos dele estão em mim.
Intimidade tem a ver mesmo é com a verdade. Quando a pessoa percebe que pode contar a verdade para alguém, que pode se abrir, que pode desabafar totalmente e receber como resposta: “Comigo essas coisas estão a salvo”. Isso é intimidade.
“Um único homem, usando apenas as mãos, poderia carregar uma tonelada de pedras, desde de que fosse um quilo por vez, mas quando elas estivessem juntas e pesassem mil quilos, ele não poderia movê-las usando as mesmas mãos que o ajudou a junta-las”.
Todo conhecimento adquirido ao longo do tempo pode ser útil, mesmo que sirva para um simples comentário.
Os mandamentos não devem ser escritos a ouro nas paredes e cúpulas dos templos, mas como verdade viva nos corações.
Talvez não seja exagero dizer que a maior forma de vaidade humana é presumir que sua religião seja o único caminho para a Deidade, e que todos a julgarão tão recom- pensadora quanto você, e aqueles com crenças diferentes estão enganados, iludidos ou são ignorantes.
Para viver coisas incríveis é preciso ousar. É preciso ter fé. É preciso colocar-se disponível para Deus.
Uma breve viagem
A vida é uma viagem
Passagem só de ida
Vejo meu presente
Se distância de mim
Embora se distancie
Ficaram marcas
Desilusões
Feridas
As bebidas
Ressaca sem ao menos
Uma gota enjerida
Coisas da vida
Refaço minhas malas
E nelas vou levar
Tudo que me for leve
Minhas alegrias
Minhas conquistas
As melhores lembranças
Seguirei em frete
Amando mais que nuca
Nesta pequena viagem
Que é as nossas vidas
Meu futuro me aguarda
Já na próxima estação.
"Os bonzinhos são comidos no café da manhã pelos 'vivos e espertos do mundo insano', sem dó nem piedade".
"Em nosso último segundo nesse mundo cão, por mais sozinhos que possamos estar, não estaremos solitários".
"O Homem da Idade da Pedra sentia a solidão? Alguns dirão que não, não até o ossos como muitos de nós a sentimos, mas o fato é que sem a Mulher, o Homem jamais teria saído da Idade da Pedra, muito embora muitos tenham saído da Idade da Pedra e Idade da Pedra não tenha saído deles".
verõnica
O sangue que ilumina o pensamento,
Em forma eterna a vida reproduz;
Assim, a imagem do meu pensamento
Se não em sangue, há de gravar-se em luz.
Então, vereis ao vivo refletida,
Entre uma auréola de esplendor cristão,
A sombra interior da minha vida
A projetar-se do meu coração...
Sob esse aspecto místico e profundo,
Terei a transparência do cristal,
Ampliando a visão múltipla do mundo
Para uma vida sobrenatural.
E o que tenho de humano e de divino
Ante olhares profanos hei de expor,
Nas ascensões e quedas do destino,
Que foram meu Calvário e meu Tabor.
Mas, cauteloso, o espírito tristonho,
Ocultando seu trágico avatar
Sob a névoa translúcida do sonho,
Há de ser como a espuma sobre o mar.
E a luz, que vibra em iris no meu canto,
Revelará, talvez, sem eu querer,
Aos vossos olhos lúcidos de espanto
A beleza intangível do meu ser.
Da Costa e Silva
Falta
Podem falta palavras
Pode falta sentido
Pode falta silencio
Pode falta lembrança
Podem falta rações
Pode falta o ar
Só não pode falta você.
Olhar
E é no fundo dos seus olhos
Que poso ver, quase tudo.
Nestes olhos que me atraem
Olhos que lhe traem
Que quase me deixa ver
No mais profundo
Do seu íntimo
Coisas que sua boca relutar em dizer
E é nos seus olhos
Que posso ver
Mais que as aparecias ou palavras podem dizer
Esta luta interna
Que seu rosto não me deixa ver
Mais basto eu olha
No fundo dos seus olhos
Para que eu poso-me
Reconectar-me a você e poder dizer
Gosto de olha pro mundo
Quando eu olho com você!
Sem dar aviso
Às vezes as coisas começam
Sem dar aviso
Sem ruído
Sem cheiro
Sem a menor pretensão
E é nas lembranças
Sem motivo aparente
É no sentir a falta
É no aroma inesquecível
E quando nos damos conta
Já nos agarrou pelos pés e mãos
E entrou em nosso coração.
Medo
Não tenho medo
Das brigas
Das fadigas
Das diferenças
Das desavenças
Tenho medo
De não termos brigas
Para lhe reconquista
A cada uma delas
Tenho medo
De não ter fadiga
Para nos seus braços descansa
Tenho medo
De não termos diferenças
E não poder aprender cada vez mais a Nos respeitar
Tenho medo
De não termos desavenças
De não poder nunca discorda
Não tenho medo
Dos seus gritos
Dos seus gemidos
Dos seus conflitos
Dos seus delírios
Tenho medo
De não ouvir sua voz a me grita
De não lhe provocar nem um gemido
De não lhe apóia em seus conflitos
De não fazer parte de seus delírios
Medo maior mesmo eu teria,
É de nunca te encontra!
Como explicar meus sentimentos se nem mesmo entendia o que estava acontecendo comigo? Creio que era o que chamam de Koi no Yokan, uma expressão japonesa para a sensação de conhecer alguém pela qual você inevitavelmente acabará se apaixonando. Um delírio premonitório de paixão.