Epígrafes bíblicas para TCC com versículos inspiradores
Quem pode resistir ao olhar do pobre? Com o olhar, ele desmascara a estrutura injusta de uma sociedade, da qual podemos estar sendo cúmplices e, com sua palavra, ele pronuncia a sentença que nos absolve ou condena diante do próprio Deus.
(Nota de rodapé)
Em geral, a riqueza produz a ilusão da autossuficiência, e esta conduz inevitavelmente para a presunção. Dessa forma, o rico julga merecer tudo, até mesmo colocar Deus a serviço de seus próprios interesses.
(nota de rodapé)
A palavra pode construir ou destruir. Por isso, deve ser usada com prudência e discrição, para evitar situações irreparáveis.
(nota de rodapé)
Para os antigos, a sabedoria é o discernimento que leva à realização da vida humana. Trata-se de uma aprendizagem que provém de várias fontes: experiência individual, experiência dos antepassados e anciãos, e textos religiosos antigos. Graças a uma severa disciplina, a pessoa torna-se capaz de distinguir o momento oportuno para agir.
(nota de rodapé)
O orgulho leva o homem à autossuficiência e ao endeusamento de si próprio, falsificando sua condição fundamental de criatura. A consequência social é grave: a injustiça se multiplica, criando relações de desigualdade e opressão. Deus, porém, não fica indiferente: ele inverte a situação, reconduzindo o povo ao seu projeto de partilha e fraternidade.
(nota de rodapé)
O LIVRO - ÊXODO
DEUS LIBERTA E FORMA SEU POVO
A palavra êxodo significa saída. O livro tem esse nome porque começa narrando como os hebreus saíram da terra do Egito, onde eram escravos. O acontecimento se deu por volta do ano 1250 a.C.
Quem desconhece a mensagem do Êxodo jamais entenderá o sentido de toda a Bíblia, pois está fundamentada nesse livro a idéia que se tem de Deus, tanto no Antigo como no Novo Testamento. De fato, a mensagem central do Êxodo é a revelação do nome do Deus verdadeiro: JAVÉ. Embora de origem discutida, esse nome no Êxodo está intimamente ligado à libertação do povo hebreu. Javé é o único Deus que ouve o clamor do povo oprimido e o liberta, para estabelecer com ele uma aliança e lhe dar leis que transformem as relações entre as pessoas. Daí surge uma comunidade em que são asseguradas vida, liberdade e dignidade. Essa aliança é afirmada em duas formas: princípios de vida (Decálogo) que orientam o povo para um ideal de sociedade, e leis (Código da Aliança) que têm por finalidade conduzir o povo a uma prática desse ideal nos vários contextos históricos. Desse modo, o homem só é capaz de nomear o verdadeiro Deus quando o considera de fato como o libertador de qualquer forma de escravidão, e quando o mesmo homem se põe a serviço da libertação em todos os níveis da própria vida. Somente Javé é digno de adoração. Qualquer outro deus é ídolo, e deve ser rejeitado. Percebemos aí um convite a escolher entre o Deus verdadeiro e os ídolos. Tal escolha é decisiva: ou viver na liberdade, ou cultuar e servir à opressão e exploração.
Os capítulos 25-31 e 35-40 foram acrescentados por sacerdotes após o exílio na Babilônia. Eles procuravam com isso dar uma identidade religiosa ao povo que não tinha identidade política nenhuma durante a dominação persa.
A pergunta fundamental do Êxodo é: «Qual é o verdadeiro Deus?» A resposta que aí encontramos é a mesma que reaparece em toda a Bíblia, e principalmente na pregação, atividade e pessoa de Jesus. Por isso, o livro do Êxodo é de suma importância para entendermos o que significa Jesus como Filho de Deus e para sabermos o que é o Reino de Deus. Sem o êxodo a Bíblia perderia o seu ponto de partida, que nos leva a Jesus Cristo, a fim de construirmos com ele o Reino e sua justiça.
«Nem tudo o que reluz é ouro»: a civilização de consumo cultiva e cultua as aparências, fazendo as pessoas acreditar que o valor das coisas está no seu aspecto externo. Quando essa mentalidade se aplica às pessoas, podem surgir os piores enganos, porque ter belo aspecto ou estar bem vestido não é sinônimo de bondade ou credibilidade.
(nota de rodapé para Eclo 11,1-6)
Não se pode segurar o mundo com as mãos. A consciência dos próprios limites faz viver em calma e realizar bem o que se pode fazer.
(nota de rodapé para Eclo 11,7-11)
NÚMEROS
(Sinopse)
A CAMINHO DA TERRA PROMETIDA
Este livro se chama Números porque começa com um grande recenseamento do povo hebreu no deserto.
Para os hebreus, a saída do Egito foi uma lenta e penosa caminhada em busca de uma terra. Neste livro a caminhada se transforma em majestosa marcha organizada de todo um povo, como uma procissão ou um exército. As tribos de Israel estão todas presentes, formando os esquadrões de Deus, cada uma com o seu estandarte e avançando em rigorosa formação. No centro de tudo vai a arca da Aliança. Isso mostra que o livro não pretende narrar fatos históricos, mas quer nos transmitir mensagens. Assim como os antepassados saíram da escravidão do Egito para chegar à terra de Canaã, do mesmo modo todo o povo de Deus é peregrino e caminha para o Reino prometido por Jesus. A organização mostra que dentro do povo de Deus as funções devem ser repartidas, mas com um único objetivo: realizar o projeto de Deus. E a arca da Aliança no centro indica que, nessa caminhada, Deus está sempre no meio do seu povo.
O livro mostra também, e com muito realismo, que dentro dessa organização existem fortes conflitos (Nm 16), e que seus chefes estão sujeitos a fraquezas e desânimos, por mais importantes que eles sejam na comunidade.
Em Nm 22 a 24 temos a história de Balaão e a sua burrinha. Essa história mostra como um adivinho estrangeiro se torna um verdadeiro profeta de Deus. Com essa narração o livro quer mostrar que dentro da caminhada do povo de Deus para a Terra Prometida deve haver sempre um lugar para o profeta.
O deserto foi o tempo da grande disciplina e pedagogia para o povo de Deus. Não basta estar livre: é preciso aprender a viver a liberdade e conquistá-la continuamente, para não voltar a ser escravo outra vez. No deserto Israel teve que superar muitas tentações: acomodação, desânimo, vontade de voltar para trás, desconfiança de Javé e dos líderes, imprudência etc. Foi no confronto com essas situações que ele descobriu o que significa ser livre para construir uma sociedade justa e fraterna, alicerçada na liberdade e voltada para a vida. Visto sob essa perspectiva, o livro dos Números nos ensina que qualquer transformação profunda exige um longo período de educação e amadurecimento.
Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.
João 3:36
Nem mesmo o ato de fé mais profundo da comunidade, que é o reconhecimento de Jesus como o Senhor, faz que alguém entre no Reino. Se o ato de fé pela palavra não for acompanhado de ações, é vazio e sem sentido. A expressão «naquele dia» indica o Juízo final e nos remete a Mt 25,31-46, onde são mostradas as ações que qualificam o autêntico reconhecimento de Jesus como Senhor.
(nota de rodapé)
Construir a casa sobre a rocha é viver e agir de acordo com a justiça do Reino apresentada no Sermão da Montanha. Construir a casa sobre a areia é ficar na teoria, sem passar para a prática.
(nota de rodapé)
Pois não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono se não fizerem alguém tropeçar.
Porque comem o pão da impiedade, e bebem o vinho da violência.
Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.
O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam.
Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido.
Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no íntimo do teu coração.
Porque são vida para os que as acham, e saúde para todo o seu corpo.
Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.
LIVRO DE JÓ
VERDADEIRA RELIGIÃO
Introdução
O tema central do livro de Jó não é o problema do mal, nem o sofrimento do justo e inocente, e muito menos o da "paciência de Jó". O autor desse drama apaixonante discute a questão mais profunda da religião: a natureza da relação entre o homem e Deus. O povo de Israel concebia a relação com Deus através do dogma da retribuição: Deus retribui o bem com o bem e o mal com o mal. Ao justo, Deus concede saúde, prosperidade e felicidade; ao injusto, ele castiga com desgraças e sofrimentos. Tal concepção arrisca produzir uma religião de comércio, onde o homem pensa poder assegurar a própria vida e até ditar normas para o próprio Deus. Contra isso, o autor mostra que a religião verdadeira é mistério de fé e graça: o homem se entrega livre e gratuitamente a Deus; e Deus, mistério insondável, volta-se para o homem gratuitamente, a fim de estabelecer com ele uma comunhão que o leva para a vida.
O livro provavelmente foi redigido, em sua maior parte, durante o exílio, no século VI a.C. Como Jó, o povo de Judá tinha perdido tudo: família, propriedades, instituições e a própria liberdade. Ora, tudo isso era garantido por uma concepção teológica vigente até esse tempo. E aqui entra a pergunta crucial feita por Satã: É possível ter uma relação gratuita com Deus, despojada de qualquer interesse? (cf. 1,9). Podemos dizer que todo o livro é uma busca para responder a essa questão. A resposta implica superar toda a teologia da retribuição, incapaz de responder à nova situação do povo, sem cair em absurdos. O povo estava vivendo uma nova experiência, e isso exigia uma nova forma de conceber Deus, o homem e as relações entre ambos.
Para conseguir sua intenção, o autor usa uma antiga lenda sobre a retribuição (1,1-2,13; 42,7-17), omitindo o final (42,7-17) e substituindo-o por uma série de debates que mostram o absurdo da teologia em voga, incapaz de atender à nova situação (3,1-42,6). Além de pretender condenar o homem para salvaguardar a justiça de Deus, essa teologia pode ser usada para condenar a Deus, a fim de salvaguardar a justiça do homem. Como sair desse impasse? A esta altura, percebemos que o livro de Jó é uma crítica de toda teologia que se pretenda definitiva e universal. Essa teologia pode se tornar um verdadeiro obstáculo para a própria experiência de Deus. E aqui o autor dá o seu recado: É preciso pensar a religião a partir da experiência de Deus e não de uma teoria a respeito dele.
Aspecto importante do livro é que Jó faz a sua experiência de Deus na pobreza e marginalização. Experiência que ultrapassa todas as explicações, tornando-se ponto de partida para uma nova história das relações entre os homens e deles com Deus. A confissão final de Jó - "Eu te conhecia só de ouvir. Agora, porém, meus olhos te vêem" (42,5) - é o ponto de chegada de todo o livro, transformando a vida do pobre em lugar da manifestação e experiência de Deus. A partir disso, podemos dizer que o livro de Jó é a proclamação de que somente o pobre é apto para fazer tal experiência e, por isso, é capaz de anunciar a presença e ação de Deus dentro da história.
O livro é um convite para nos libertar da prisão das idéias feitas e continuamente repetidas, a fim de entrar na trama da vida e da história, onde Deus se manifesta ao pobre e se dispõe a caminhar com ele para construir um mundo novo. Tal solidariedade de Deus se transforma em desafio: Estamos dispostos a abandonar nossas tradições teológicas para nos solidarizar com o pobre e fazer com ele a experiência de Deus?
Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.
5 Quando um homem for recém-casado não sairá à guerra, nem se lhe imporá cargo público; por um ano inteiro ficará livre na sua casa, para se regozijar com a sua mulher, que tomou.
Deuteronômio 24
7 Se for descoberto alguém que, havendo furtado um dentre os seus irmãos, dos filhos de Israel, e tenha escravizado, ou vendido, esse ladrão morrerá. Assim exterminarás o mal do meio de ti.
14 Não oprimirás o trabalhador pobre e necessitado, seja ele de teus irmãos, ou seja dos estrangeiros que estão na tua terra e dentro das tuas portas.
15 No mesmo dia lhe pagarás o seu salário, e isso antes que o sol se ponha; porquanto é pobre e está contando com isso; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado.
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15 Que nenhum de vós, entretanto, padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se entremete em negócios alheios
1Pedro
Em tudo é enganador o coração, e isto é incurável; quem poderá conhecê-lo? Eu sou o Senhor, que perscruto o coração e provo os sentimentos, que dou a cada qual conforme o seu proceder e conforme o fruto de suas obras".
Esquecendo-me das coisas que fiaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. (Filipenses 3:13-14)