Epígrafe Artes
DE ONDE VEM A INSPIRAÇÃO?
A experiência em anos de pinturas me ensinou que um artista, por mais genial que seja, não tira as suas boas idéias apenas da própria cabeça. Mesmo que ele não tenha a exata consciência disso, sua inspiração vem em grande parte da vivência e experiência, ou seja, do que ele já viu, ouviu, sentiu ou leu. Certamente o talento de pintores, músicos, poetas, escultores, escritores é que faz a diferença entre uma obra-prima e a produção sem graça dos artistas de fim de semana. Mas mesmo os gênios da raça bebem de uma fonte que vem correndo desde que o ser humano representou, pela primeira vez, uma idéia que tinha como único objetivo despertar prazer estético. "A arte se alimenta da própria arte", diz o coordenador do Serviço Educativo do Museu de Arte de São Paulo, Paulo Portela Filho.Concordo com ele.
Militão dos Santos
Os artistas são como imperadores da originalidade, reinando sobre um reino de singularidade e excelência.
Eles desprezam o comum, encontrando prazer apenas na grandiosidade do diferente.
Suas obras são monumentos à superioridade criativa, desafiando os padrões estabelecidos com uma arrogância sublime.
Diante de suas criações, os mortais comuns se curvam em admiração, reconhecendo a supremacia dos artistas sobre a mediocridade.
Admiro profundamente a capacidade rara de transformar a parte apaixonante da vida em lindas obras de artes, nas suas diversas formas, cores e detalhes, extraindo o melhor que têm para oferecer, destacando a beleza da naturalidade, mais o ser do que o parecer, colocando a sua verdade, a sua percepção de uma maneira lúdica, realista, verdadeira, simples e intensa, alcançando resultados que encantam e inspiram, desmontando a viveza em cada traço, sons, tonalidades, versos ou cantos, trazendo bastante riqueza à expressividade, causando um efeito maravilhoso, adoçando muito ou pelo menos um pouco a realidade, então, tenho certeza de que é dom que provém da bondade e da sabedoria Divinas, as mesmas que permitem que eu dê vida as minhas poesias, sendo um poeta principiante, um tipo de artista que se utiliza das palavras e de algumas linhas, criando textos emocionantes que dispõem de uma certa melodia.
Há dias assim...
Cheios de contrastes...
Cheios de histórias,
Com ou sem vitórias,
E outras artes...
Contudo,
Nem sempre, há um vasto jardim!
O tempo nos ensina muitas coisas e a vida nos ensina muito mais. E uma das coisas que o tempo me ensinou é que cada coisa acontece na sua hora exata; nem antes e nem depois, no seu momento exato.
E a vida, sábia como ela é, ensinou-me que tudo acontece quando de fato tem que acontecer. Nem muito e nem menos, na medida certa; sem tirar nem pôr.
Pois Deus sabe, verdadeiramente, o que é melhor pra todos nós. Que Ele nos cuida e nos protege, nos livra e, sobretudo nos ama.
Então, o que passou foi um aprendizado. E tal qual um colecionador de grandes artes, coleciono os meus preciosos ensinamentos como um escudo ou como um talismã, algo que, de uma forma ou de outra, serviu para o meu engrandecimento espiritual, emocional e social.
Humanitariamente, sigo minha trajetória de vida feliz: respeitando o tempo e amando cada vez mais a vida.
Porque sei que o ontem só faz parte de minhas lembranças, de maneira a me conduzir pelo que eu devo ser ou não ser, ter ou não ter, querer ou não mais querer.
Logo, o tempo que faz parte de mim, eu tenho que, pelo menos, tentar fazer com que os dois - tempo e vida - se encaixem de modo sincronizado em direção as minhas aptidões, aos meus anseios e as minhas realizações.
E o que depender de mim, eles serão sincronicamente harmonizados.
Em arte se aprende com o passar dos anos que a criação do mais erudito se inspira inevitavelmente no mais simples e popular.
Na arte e na cultura, assim como na educação, no pensamento e no conhecimento não cabem em si individualidades e privilégios. A pluralidade já é constitutiva da origem da ação e do movimento.
A arte tem por si o poder de transformação por novas maneiras de ver e de fazer mas nunca qualquer criação tem o menor direito natural, ético e moral para advir em obra pela destruição e da transfiguração de qualquer conceito, pensamento, cultura, religião e semântica pré existente. Cabe na arte a observância frequente constitutiva da livre expressão de todo artista desde que não e nunca ultrapasse o limite do direito natural do outro, de quem for e do que quer que seja.
Nem toda pintura é arte como nem toda arte é pintura. Mas sempre teremos pintores e artistas cada qual no seu devido lugar. Não basta, se achar.
A arte plastica e visual não é e nunca será uma plataforma para amadores. Mesmo os que vivem amando arte e lendo algo sobre o assunto, aconselho nos finais de semana ficarem fazendo seus quadrinhos bonitinhos e bem coloridinhos.
Vivemos em uma triste época da cultura da criação com uma amarga cor, pouca luz e um calor minuano como o atrofiado movimento artificial de muitos pintores entre o não dialogar quase inaudível de poucos artistas e o nosso tempo.
Para um artista normalmente é difícil viver de arte. Mas é praticamente impossível viver sem ela quando se é artista. A arte comanda a alma do artista. A arte é o encontro do artista com a transcendência do Ser. A arte é o ar que o artista respira. A arte é o sangue que faz o artista viver.
A verdadeira arte é uma modalidade da fala muito alem das palavras e alfabetos. A arte não é troca muito pelo contrario é um monologo do universo criativo do artista que impregna de sugestões vivas particularmente a atmosfera temporal de cada observador.
A arte ficcional em forma de mito, concorre diretamente com a verdadeira historia social, religiosa e politica, quando não há o pleno conhecimento da cultura e do patrimônio.
Salve o sol
Salve a brisa da manhã
Salve o vento
Salve o universo de Deus
Salve a chuva
Salve o apogeu da primavera
Salve as flores
Salve a semente dos céus
Salve as plantas
Salve o canto dos pássaros
Salve o rio
Salve o espírito divino
Salve a lua
Salve a órbita do planeta
Salve as estrelas
Salve os assuntos da terra e do céu
Salve o ar
Salve a alma dos animais
Salve a humanidade
Salve a Terra de Prometeu
Mas
Salve-nos da águia
Salve-nos da ira dos deuses
Salve-nos da violência
Salve-nos da Cordilheira do Cáucaso
E por favor, não se esqueça
Salve a beleza
Salve todas as artes
Salve a esperança
Salve o homem-deus
O trabalho do verdadeiro autor e artista não lhe pertence, é da humanidade mas cabem aos herdeiros da obra a iniciativa de perpetuar o legado para as próximas gerações.