Entrelinhas
Entrelinhas
Analisei cada palavra
Cada frase
Analisei o conjunto
Tentei entrar no teu sonho
Nos teus pensamentos
Tentei decifrar-te...
Arrancar de dentro de mim a interrogação
Decifrar o que está dentro dos parênteses
Nada encontrei
Tudo ficou nas entrelinhas...
Costumo me esconder nas entrelinhas para ser encontrado apenas por quem realmente se interessa em ler a minha alma. Não sou um ser complicado, mas gosto de parecer como um.
Quando resolvemos enxergar, observamos que a beleza da vida está nas entrelinhas ....Amo a vida...amo viver..
Talvez você não perceba, mas está escrito bem ali nas entrelinhas, entre um verso e outro que sim, eu ainda gosto de você.
As pessoas que sabem ler nas entrelinhas, conseguem avaliar uma situação inteira, independente das palavras ditas ou da ausência delas.
Sou viciada em coisas simples.
Em gente que me lê nas entrelinhas, nos olhares despidos, no silêncio doce de fim de tarde, no ping...ping cantante da chuva, no sorriso escancarado, na amizade costurada gradualmente, no ondular das ondas guardando segredos.
Sou viciada em coisas simples ...porque me fazem FELIZ!
Qual o ritmo que balança o teu corpo, tão quão breve e suavemente nas entrelinhas do tempo com os teus sentimentos que não se cessam;
E em meus passivos olhos repetidamente vêem-me o destino coroai-me com as tuas próprias riquezas em verdades e glórias;
Usa-me, acalenta-te em meus braços para aquecer todo o teu querer em lagos viventes que o sol seca;
Guardo-te com o zelo e a pureza das paixões platônicas nas entrelinhas dos meus mais belos versos de amor. (
Não tente ler as entrelinhas das linhas que escrevo.
A compreensão pode estar depois das reticências.
Nas entrelinhas da
loucura habita uma
lucidez desconcertante.
Gente doida enxerga coisas invisíveis aos nossos
olhos domesticados.
Se você, um dia, entender alguma das minhas entrelinhas, quem sabe, um dia, eu possa fazer parte de algum capítulo na sua página.
"Quando você se retrai
Me fecho em mim e nem ligo
Faço poesia da ausência
E nas entrelinhas confesso
O amor que jamais te digo."
Lori Damm
(Contos, Crônicas & Poesias)
Eu, a poesia e o cerrado
Com os cascalhos do cerrado
e as saudades em entrelinhas
eu alicercei o meu versado
em sulcadas poesias minhas
e no horizonte além
deixei os meus sonhos
junto ao entardecer, porém,
não foram olhares tristonhos
nem sei bem se eram fados
ou lamentos do árido viver
só sei que eram suspiros calados
mas nas trovas tinha o querer
tinha poemas alados
tinha eu, tinha zelo, tinha o crer...
(também, tinha
o poeta mineiro do cerrado
em versos apaixonados.)
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
maio, 2016 – Cerrado goiano