Entrelinhas
Qual o ritmo que balança o teu corpo, tão quão breve e suavemente nas entrelinhas do tempo com os teus sentimentos que não se cessam;
E em meus passivos olhos repetidamente vêem-me o destino coroai-me com as tuas próprias riquezas em verdades e glórias;
Usa-me, acalenta-te em meus braços para aquecer todo o teu querer em lagos viventes que o sol seca;
Não renda homenagem a quem não merece ou quem subtraia a sua fidelidade que entrelinhas tenta romper o seu elo da corrente;
Veja o teu proceder e valorize quem realmente faz somar seus ideais quem realmente se faz o teu porto seguro;
Tenha fé que o impossível é possivelmente razoável aos teus objetivos que estão esperando a tua chegada;
Gosto do amanhecer... com seu raio de sol que penetra pelas entrelinhas da vida, trazendo para junto do meu ser toda força e disposição que preciso para poder ser eu mesmo, em cada ato, cada ação, cada gesto que, mesmo parecendo passar despercibido, ali está você. Você que faz parte do meu dia a dia e da razao do meu viver.
Amo a vida... Amo Amar Você.
O amor não se fixa em grandes realizações, procura as entrelinhas para poder demonstrar seu encanto.
Nunca devemos desistir de sermos felizes no amor, independentemente da idade e da quantidade de desilusões sofridas, o amor está no ar, basta resprirá-lo, ele não faz nenhum tipo de distinção e nos atinge como um raio quando menos esperamos. Quando esperamos encontrar o amor devemos olhar com os olhos da alma.
A felicidade não se compra é um estado de espírito.
“Cara, foi amor o tempo todo, mesmo jurando de pés juntos não sentir, mesmo em entrelinhas, mesmo bem escondido, mesmo sem se declarar, mesmo sem precisar dizer uma palavra. Nada de loucuras, nada de fantasia. Porque desde o início sempre foi amor, mesmo indiretamente, mesmo não admitindo. Mesmo não parecendo nada.”
"Com um espírito de Caio Fernando Abreu dentro de mim. Descrevo nessas entrelinhas, como me sinto bem em viver. Em levar a vida. Como ele diria ” Vou indo. Sem muita bagagem. Pesos desnecessários causam sempre dores desnecessárias.” Isso. Dessa forma creio que vou longe. Quebrando paradigmas. Destruindo barreiras. Ultrapassando obstáculos sem olhar pra trás. Reconhecendo minha humanidade. Reconhecendo minhas limitações. E pedindo sempre a Deus, força e coragem suficientes pra continuar vivendo. Sem medo."
"Admiro a lembrança, pois entre as entrelinhas desta sabemos no fundo o quanto valeu a pena sentir o momento"
Difícil escrever, quando as palavras ficam presas nas entrelinhas, difícil falar, quando as palavras ficam presas no olhar.
NÓS
Laços
e entrelinhas.
Nós e sós.
Laços não são solitários.
Mas os Nós são sós.
Laços unem
amizades, amores, parentes...
Os Nós não.
Eles são tão egoístas
e narcisistas que
preferem mesmo,
enroscarem-se neles próprios.
Na vida somos laços ou nós.
Mas os nós continuam sós.
A cada leitura desvelo um mistério, um entrelinhas. E outro... E mais outro...
Ler é sempre uma descoberta que não tem fim.
Sua razão não me governará nem as suas certezas me confundirão nas entrelinhas da vida;
Sem presa de ser feliz eu saboreio meu próprio medo e me prendo ao meu futuro de frustração;
E não adianta me pedi desculpas por qual quer coisa, pois estou fechado para conselhos impróprios;
Homem que é bão bão bão não conta vantagem não mas sim demonstra a vantagem nas entrelinhas de sua discrição.
E leia a íntegra, com várias ironias deliciosas nas entrelinhas:
outro dia, andando pelo centro da cidade, eu resolvi me dar um presente: sonetos de Shakespeare.
parece uma atitude boa dar-se tais presentes, se eu não tivesse de ter gasto meus últimos tostões, meus últimos tostões, meus últimos, aqueles destinados ao aluguel da casa em troca dos sonetos de Shakespeare.
eu parei em frente a uma livraria e, como um cachorro que só sabe do tempo que anda com o olhar no frango que gira, como o cachorro que sabe da gravidade pela baba que desce da boca, fiquei horas seguidas ali babando sobre a vidraça, que não permitia que minhas mãos tocassem os sonetos de Shakespeare.
o comerciante de livros aproximou-se com um sorriso fosco, perguntei quanto custaria para que os sonetos fossem meus. ele então sorriu, menos fosco e mais vil, e disse-me: ‘custa tanto’. o tanto que ele disse era pouco, nem sabia, até porque ele vendia Shakespeare, pense, junto com culinária e magia. mas as minhas mãos queriam tocar os sonetos de Shakespeare
cavei o bolso e, cédula a cédula, moeda a moeda, deu justo pra pagar e voltar pra casa, nada mais.
esta noite eu sou um homem sem garantia de que amanhã eu terei casa porque eu não paguei o aluguel. quanto à minha alma, ela sobrevive a essa ameaça, tomada pela mais sublime graça em habitar os sonetos de Shakespeare.
E nas entrelinhas,
a saudade só quer dizer
o seguinte:
que, na verdade,
tudo mudou,
exceto o sentimento
que permanece ali.
Inteiro.
Forte.
E, acima de tudo,
sobrevivendo.