Entendimento
No fim, não adiantou a coroa, não adiantou a riqueza, não adiantou a fé. Todos os homens morrem.
Anos depois, do alto, do seu novo trono, o monarca decapitado entendeu: "eu nunca fui rei, os outros quem sempre foram servos".
Anderson Delfino
Em meio ao processo educacional de um filho, muitos segredos sobre a educação de seus pais são revelados.
Toda essa minha liberdade de expressão, sentidos e fazeres, sinto muito enraizada nas limitações de conhecimento, matéria prima e inclusive este corpo que tenho por empréstimo. Por isso vejo como única opção para sair destas prisões a ficção, o imaginário mundo intangível, aguçado apenas ao contemplar as belezas, as artes e tudo que é mais do que aquilo que meus olhos e entendimento possam ver.
Há cabeças famosas que dizem existir partes inteiras, separadas e relações entre elas. Outras que nada existe e tudo é ilusão do entender. Outras ainda que tudo existe, e sendo conforme o curso, é bom.
Digo que nem de todo estão necessariamente erradas, ou certas, mas sim oque hão de ser, cabeças criadas por homens, sendo menos que nada, ou alguma coisa, a depender da cabeça que uso para responder.
QUER CARINHO...
Quem quer alguma coisa sempre terá uma contra partida. Na verdade, todos nós queremos e precisamos de carinho, afeto, atenção.
Nos dias atuais o que vemos é uma maneira de viver que em muitos casos nos afasta um do outro. Não queremos proximidade com ninguém. Todos com medo uns dos outros.
Queremos, sentimos falta, mas somos por demais orgulhosos e preconceituosos, e por que não dizer seletivos demais. Quem muito escolhe fica sem nada ou sem ninguém.
Tudo que escolhemos demais nem sempre é o melhor caminho. Queremos e desejamos que sempre tenhamos o melhor. Seja em emoções, sentimentos, ações, mas nem sempre conseguimos.
Em nome de uma segurança ou proteção (deve existir sempre) cuidados são realmente necessários, mas muitas vezes por uma atitude desta afastamos pessoas boas que nem ao menos tivemos oportunidade de conhecer melhor.
Estamos todos carentes de amor, emoções, sentimentos, atitudes que engrandeçam como um todo nosso ser. Queremos e desejamos ser bem realizados, felizes, agradecidos por alguma coisa de bom que nos aconteça.
Vivemos uma ansiedade muitas das vezes coletiva por vários motivos.
Situação econômica, um problema de saúde, um problema familiar (Quem não os tem) enfim, vários são os motivos que sempre estarão a tirar a paz e o sossego.
Muito de tudo isto que passamos são frutos de nossas próprias deficiências e atitudes que imputamos há nós mesmos. Deficiências no sentido de ter desaprendido amar o próximo, perder a confiança e tudo e todos em qualquer situação. Hoje a frase que mais se ouve é:
“Eu não confio em mais ninguém” ou “Ninguém presta neste mundo”.
Complicado quando chegamos nesse ponto. Se pensamos assim como queremos ter reciprocidade em qualquer área de nossas vidas.
Se nos fechamos não temos como receber aquilo que almejamos e queremos. Vivemos sempre na defensiva e desconfiando de tudo e de todos.
Imputamos a nós mesmos regras, ações e atitudes que na verdade nos prendem e nos afastam de muitas coisas boas de nossa vida. Seja uma convivência familiar, uma amizade sincera ou um amor verdadeiro. Criamos para nós mesmos uma limitação de como podemos e devemos ser.
A vida é simples, mas de uma simplicidade que a torna muito difícil de entender. Sempre estamos procurando definições e explicações onde muitas vezes não há. Complicamos e deixamos coisas boas e pessoas especiais escaparem de nossas vidas, seja, por falta de discernimento e compreensão de simplesmente viver sem complicar.
Estamos carentes de tudo na verdade. Mas muito desta carência se deve a nossa forma de pensar e agir com relação a vida e as pessoas próximas que convivemos.
Que tenhamos entendimento de tudo que precisamos para ser feliz e dar carinho, amor, atenção ao outro e receberemos de volta em dobro.
Marcelo Martins
Por que Jesus não agradou a todos?
Para servir de exemplo para nós, pois nem sempre agradaremos a todos por melhor que façamos ou tentemos fazer.
Sempre haverá alguém para ironizar a nossa bondade, e outros que ficam sabendo disso ainda acreditam que eles é que estão certos porque, afinal, são maioria. Contudo, nem sempre a maioria reflete sabedoria; vive apenas das deduções do seu mau coração.
Então, quem acredita nesses tais precisa ter cuidado para não infligir contaminações à sua própria consciência de saber discernir o certo do errado, ponderando ações e reações alheias a fim de evitar erros contra inocentes.
Esses tais são como os fariseus que condenaram Jesus pela deturpação proposital das suas palavras:
“Então, disseram: De que mais testemunho necessitamos? Pois nós mesmos o ouvimos da sua boca” (Lc 22:71).
Intencionalmente ou por falta de discernimento espiritual, fazem o mesmo ao deturparem nossas palavras e nossos bons feitos.
Façamos como Jesus: retenhamos firme a nossa verdade que Deus conhece! Não importa o que digam ou pensem; um dia, mesmo que não assumam o seu erro, certamente conhecerão a verdade, e quem praticou o bem continuará bem diferentemente deles.
Ler é mais do que absorver palavras; é abrir as portas da mente para novos horizontes. Fornece ao espírito materiais para o conhecimento, entretanto, só o pensar transforma a informação em compreensão pessoal. É no ato reflexivo que as ideias ganham vida, ligando-se à nossa experiência única. A sinergia entre a leitura e a reflexão é a alquimia da sabedoria. Assim, o conhecimento transcende as páginas, tornando-se intrínseco à nossa jornada mental. Cada palavra lida é moldada pelo pensamento, transformando-se em um pedaço autêntico de nosso entendimento, uma construção pessoal e intransferível.
A lógica só faz sentido para os seres vivos e pensantes que não contribuem em nada com a própria existência, respiram o ar sem saber de onde ele vem, bebem da água que sai da rocha, comem da terra que mesmo morta, produz a vida e a sustenta. A lógica perderá todo o seu sentido, quando o homem que escolheu ser sustentado pelo próprio entendimento, não conseguir respirar, nem beber e nem comer. Então este mesmo homem, conhecerá o fim de todos os homens, e o próprio entendimento o forçará a buscar uma solução lógica para fugir daquele que visita a todos os que morrem, e não achará uma solução. Eu vivo pela fé, eu luto contra o que não vejo, e busco abrigo na sombra daquele que me criou.
É demorado o processo da compressão da razão.
Poucos são os que querem trilhar este caminho!
Portanto, não gaste energia e nem entre em discussão com quem precipitadamente decidiu não caminhar nesta senda.