Entender Mulher

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A mulher pensa em nada ou em algo muito semelhante.

A maior grosseria que se pode fazer a um homem que roubou a tua mulher é deixá-la para ele.

Ela flutua, ela hesita: em suma, ela é mulher.

A humanidade masculina divide-se em dois grupos: areia ou falésia. A mulher é sempre o oceano.

Pois a mulher é a grande educadora do homem: ensina-lhe as virtudes encantadoras, a polidez, a discrição e essa altivez que teme ser importuna. Ela mostra a alguns a arte de agradar, a todos a arte útil de não desagradar.

Se a mulher se zanga realmente, com um beijo não a corriges. A isso ajuda pelo menos três beijos.

Nenhum homem viveu que tivesse suficiente / Gratidão de crianças e amor de mulher.

Tirai do mundo a mulher e a ambição desaparecerá de todas as almas generosas.

Querer que uma mulher ame toda a vida, é tão absurdo como querer que a Primavera dure todo o ano.

Ama uma mulher como se a odiasses e odiei-a como se a amasses.

A mulher ideal é sempre a dos outros.

O amante é um arauto que proclama onde existe o mérito, o espírito ou a beleza de uma mulher. Que proclama um marido?

Sou uma mulher madura
Que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto
Sou uma mulher que balança
Sou uma criança que atura

Martha Medeiros
Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

Mulher

Mulher lua
A outra face, a face nua
Mulher terra
O que é mistério, o que se espera
Mulher natureza
O que é firme, o que é beleza
Mulher força
A gravidade, a correnteza
Mulher água
O nascimento, a incerteza
Mulher vida
Por toda parte, a tua semente.
Mulher gente.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida. Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro. Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

Desconhecido

Nota: Trecho do poema "Reverência ao destino".

Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como podia ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava.

Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo.

(...)
Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existe morte para o que nunca nasceu.

(...)
Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.

Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.

Simplesmente isso. Você, uma pessoa sem poesia, sem dor, sem assunto para agüentar o silêncio, sem alma para agüentar apenas a nossa presença, sem tempo para que o tempo parasse. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza.

(...) sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, de não dar conta, de não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter.

Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de lamber suas coxas, a pele lisa, o joelho, a nuca, o umbigo, a virilha, as sujeiras. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria.

Tati Bernardi

Nota: Trechos da crônica "Periférico" publicada em 30/09/2006 no site Blônicas

Hoje na solidão ainda custo
A entender como o amor foi tão injusto
Pra quem só lhe foi dedicação

Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Clarice Lispector

Nota: Trecho citado por Anna Maria Knobel em "Moreno Em Ato", atribuído a Clarice Lispector.

Se não podes entender, crê para que entendas. A fé precede, o intelecto segue.

Existem coisas piores que estar sozinho mas geralmente leva décadas para entender isso e quase sempre quando você entende é tarde demais. E não há nada pior que tarde demais.