Entender
Existe alguma coisa em minha vida
Que eu na verdade
Nunca soube entender muito bem
Parece que em algum momento
Eu devia ter caído em algum abismo
Um lugar que era frio
e não cai
mas deixei por lá uma parte de mim
O difícil em conviver com isso
É que as coisas que ficaram
Eram de lá
Me acompanha o vazio
Não das coisas que perdi
Pois nada nunca me pertenceu
Me acompanha o vazio
Do espaço oco reservado a mim
De um lugar que jamais foi meu
Mas em contrapartida
Aprendi com a vida
Não mais pertencer a um lugar
Nem a nada e nem ninguém.
Edson Ricardo Paiva
Sobrevivendo!
Eu e meus questionamentos, que só os amigos mais íntimos irão entender a minha alma com meus segredos, não tão segredos assim...
E fico me perguntado por que quando o coração dói, todo o corpo dói?
Por que permitimos que as pessoas entrem assim tão dentro da gente a ponto de saírem carregando um pedaço de nós quando partem?
Por que não se contentam em levar só o que sentimos, mas amputam uma parte física da gente?
Por que nos damos tanto?
Nos entregamos tanto?
Nos deixamos tanto em mãos não tão cuidadosas dos nossos sentimentos?
Como eu queria aprender a ficar na margem, olhando de longe a paisagem calma e me satisfazer com essa visão, como quem se fascina com uma miragem.
Mas não me satisfaz só olhar.
Humana que sou, preciso absolutamente sentir ao risco de me afogar... E mergulho inteiramente.
E, vida afora, vou mergulhando em possibilidades de amor eterno, felicidade infinita e mar de rosas...
Na esperança que essa busca de mim mesma um dia acabe...
Não me questiono sobre probabilidades de perdas e decepções, pois só de pensar já é doloroso.
Dói... dói... dói e dói!...
Mas isso não vai me impede de continuar, não vai me impede de viver.
Pedaços de mim são ainda partes de mim e ninguém disse que preciso chegar à velhice inteira e sem marcas.
Isso é vida! Não vou desistir, vou manter-me de pé, doendo, mas de pé, cabeça erguida na direção do desconhecido e peito cheio de esperança que a próxima vez será diferente.
Afinal, grandes artistas obtiveram o melhor das suas obras nos grandes momentos de aflição e dor.
Vou fazer o mesmo:
Vou mostrar o que de grande há em mim tirando partido das minhas decepções!
Vou me reconstruir!
Vou ter em mente que não é a pessoa que não foi digno daquele amor, mas aquele amor que não foi digno daquela pessoa.
E se faz parte da vida caminhar entre flores e espinhos, não vou me esquivar do caminho.
Vou caminhar!!!
Amanhã talvez seja diferente.
E talvez não.
Mas entre as subidas e descidas, vou ter sobrevivido.
E vou ter, sobretudo, VIVIDO!
O sentimento que há em mim não é fácil de entender... Não é amor ultrapassado, não tem nome ainda, mas sei que vai ter;
Eu passei a entender os enamorados quando me apaixonei. Quando senti por uma única pessoa um amontoado de sentimentos bonitos e bagunçados que me fazia querê-la sempre por perto. Eu compreendi a saudade que aperta e dói por dentro quando a distância é aguda. Não era frescura, era amor.
Só queria entender esse vazio aq dentro, esse vazio que nn me permite viver. Talvez seja a incoerência da vida, ou a do meu ser.
Quem não tem capricho no que faz ou não espera acontecer, deve entender que o que tiver que ser, vai ser;
Eu gostaria de entender o porque de os humanos nos acharem fofos quando nos tiram de nossas mães, nos acorrentam, nos jogam em gaiolas e exigem que cantemos, que peguemos bolas. Senta, levanta, late, canta, seremos seus escravos pela eternidade? Ou só até eles forem buscar outro filhote na maternidade?!
Se algum dia você ler isso, eu não sei, mas acho que não vai entender, até porque eu nunca pude te dizer realmente o que eu sinto por você... Não tô dizendo que tenho amor por você, porque na verdade nem eu sei bem o porque. Só sinto, só quero, só penso, só espero que esse sentimento não arranque o que eu tenho de bom.
Escrever não é arte,arte não se ensina,arte está na forma particular de entender o texto e emprestar seu mundo a cada palavra.
"Quando tudo te parecer impossivel. Você começou a entender o teu propósito de confiar em Quem pode."
—By Coelhinha