Ente Querido
A dor da perda em um casamento é mais intensa do que o luto por um ente querido, pois ninguém imagina começar um relacionamento, ficar noivo, se casar, e depois lidar com a morte do amor e a separação. Por outro lado, o luto por um ente querido é muitas vezes visto como parte natural da vida. Em resumo, são dores distintas que as pessoas enfrentam e superam de maneiras diversas.
Nas dificuldades, você aprende a diferenciar o amigo do colega, o parente do ente querido, e até mesmo descobre irmãos na fé e de coração. É nas dificuldades que você percebe quem finge e quem realmente está com você. É nas dificuldades que você entende que nunca esteve só, que Deus usou o Espírito Santo e pessoas para te acolher e te manter de pé.
As coisas simples da vida são frequentemente as mais valiosas. Um sorriso de um ente querido, um abraço apertado, uma xícara de café quente numa manhã fria ou uma caminhada no parque, podem trazer alegria e paz para o coração.
Às vezes nos esquecemos de valorizar esses momentos preciosos por estarmos sempre ocupados com coisas menos importantes. Mas, se pararmos um pouco para contemplar a simplicidade da vida, podemos encontrar felicidade em coisas que muitas vezes passam despercebidas.
A felicidade não está nas coisas materiais, mas nas experiências e sentimentos que compartilhamos com as pessoas que amamos. Não perca a oportunidade de apreciar as pequenas coisas que enriquecem nossa vida e nos fazem felizes.
- Edna Andrade
Talvez seja simples verificarmos a existência do mal. E poderíamos citar a perda de um ente querido, a dor, a enfermidade, a destruição de um casamento, a extinção de algo, a infelicidade, a decepção, o ódio, a agressão, essas são algumas prova da existência do mal. Mas de fato o que é o mal?
Ao longo dos anos o mais simples e correto a ser dito, e que já foi dito (por Agostinho, Aquino, Karl Barth ou C. S. Lewis), é que o mal é a ausência de bem. É a falta, a defecção, a depravação, a corrupção da natureza, o caos, o vazio, o nada, o sem propósito, o inútil. O mal não é uma coisa ou criatura, não tem uma forma específica, é uma manifestação do que é contrária a vontade do nosso Criador, contrário à Sua natureza santa, é o impuro, imperfeito, defeituoso, é a não existência do bem, a desagregação, é sempre resultante, decorrente.
Grandes pensadores, ao longo da história cristã, das mais variadas vertentes teológicas, têm estabelecida a tese que o mal tem sua origem na liberdade concedida aos seres. Em resumo, se o nosso Criador fez criaturas livres, a possibilidade do mal estava prevista nesta liberdade, considerada. E Sua sabedoria ou pela cautela, Deus sabia que o homem iria pecar, mas a liberdade englobava a possibilidade do pecado, do erro, do desvio dos homens, do mal. A ausência, o desvirtuamento, a falha, a instabilidade, a falta de amor ao próximo e a Deus, tudo entrou no mundo, teve as portas abertas. Todas a criaturas ficaram sujeitas a vaidade, a imperfeição.
O mal é a desordem, a falta do nosso Criador, não porque perdure sem Ele, todas as coisas Nele são preservadas, mas pela liberdade concedida a nós, pois tivemos o direito de escolher o contrário, abrir mão do nosso Criador, e assim, separados do que é bom e agradável, do que é perfeito, e dentro dessa escolha, cada vez mais alheios a verdade, envolto em mentira, deserção, perversão, insensatez, desequilíbrio mental e emocional.
O surgimento do mal está na a licença, quando o nosso Criador resolve criar seres moralmente livres, quando decide dar liberdade as criaturas o mal é permitido, dentro do conforto da liberdade.
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"A perda de um ente querido,
é como a tarde morrendo,
e a esperança agonizando,
em lágrimas, sabendo que quem morreu só voltara quando vier a ressurreição..."
As vezes, somos tão egoístas, não querendo sofrer com a morte de um ente querido, que nem percebemos o sofrimento deles para nutrir nosso egoísmo.
Sua ausência é sentida como a morte de um ente querido. Que não posso me despedir nem mandar flores...
Falar de morte, é falar de um ente querido que já se foi...
Falar de amor, é falar de um ente querido que chegou...
Fale de amor com alegria no olhar, a mesma alegria de uma criança que acaba de ganhar um doce.
O sofrimento egoísta pela perda de um ente querido surge quando nos concentramos mais na ausência que sentimos do que na libertação e continuidade do caminho daquele que partiu. É natural sentir dor, mas o apego exagerado demonstra uma visão limitada da vida como um todo. O verdadeiro amor deseja o bem ao outro, mesmo além da matéria, compreendendo que a morte é apenas uma passagem e que o espírito segue vivo, amparado e em evolução. Transformar a dor em resignação e prece é a forma mais elevada de honrar quem amamos e de contribuir para sua paz e progresso espiritual.
É difícil lidar com a morte do ente-querido, mas devemos lembrar que, de acordo com a fé cristã, a morte física precede a Vida Eterna.
A dor pelo término de um relacionamento é algo devastador. Equivale a perda de um ente querido. Passamos então pelo processo de luto. E como dói.
Quando morre um ente querido, entre os que o ficam cada um tem seu tempo de chorar... Isso deve ser entendido e respeitado, e ninguém deve julgar a dor do outro, baseado na ausência de lágrimas visíveis... Até mesmo porque, além de cada um ter seu tempo, todos têm sua forma de sentir e manifestar, além de haver os que nem manifestam, devido à profundidade; ao caos de sua dor...
O "Para Sempre" quando perdemos um ente querido sempre nos trás muita dor.
Suportar a finitude da vida é muito angustiante.
Toque-me...
Toque em mim querido...
Não somente com as mãos
Toque minha alma
Aquela parte insondável
que já te pertence
Que já conheces tão bem.
Toque com a boca meus lábios
Mas não somente eles
Cala minhas palavras...
... Sejas dono do recitar dos meus versos.
Coma meus universos
Saboreie todo o meu querer,
que tanto te quer dizer:
" Eu te amo"
Toque meus seios...
Mas com imensidão
Toda imensidão que há em ti !
Vá além da minha pele
Transpasse meus ossos
Chegue ao meu coração
Minha emoção mais sublime
Arrítmica
Em descompasso
por tua presença...
Pela eloquência do toque teu.
Toque-me meu querido.
Mas não somente nesta vida.
Vá além.
Pois para mim,
de nada valerá a eternidade sem
o toque do teu amor em mim.
Se você se for, por favor, não se atreva a esbarrar comigo na próxima esquina. Se for pra soltar minha mão, me lembre de sempre mantê-las bem ocupadas. Se for pra me fazer chorar, é melhor não se aproximar, eu raramente choro de alegria. Não estou pedindo pra me amar, pelo contrário, só não quero correr o risco.
E você também não me fez perguntas quando eu quis ir embora e andar sozinha nos dias seguintes. E quando regressei, com os olhos cheios de lágrimas, você sempre soube em que momento eu precisa que você me abraçasse e quando simplesmente devia me deixar a sós. Eu não sei como você sabia, mas sabia, e você fez tudo ficar mais fácil para mim. Mais tarde, quando fomos à capela e trocamos nossas alianças e fizemos nossos votos, olhei dentro dos seus olhos e soube que tinha tomado à decisão correta. Mas, mais do que isso, eu percebi que tinha sido tola por um dia ter cogitado a ideia de ficar com outra pessoa. Desde então nunca mais hesitei.
Tivemos uma vida maravilhosa juntos, e penso muito nisso agora. Às vezes, fecho os olhos e vejo você com salpicos grisalhos nos cabelos, sentado na varanda tocando seu violão enquanto as crianças brincam ao seu redor e batem palmas ao som da música que você cria.