Ensino Público

Cerca de 64 frases e pensamentos: Ensino Público

(Relato/depoimento de minha querida ex aluna de escola pública que passou em Direito na Usp) Mayara Carnaúba 2023
⁠Sendo bem sincera, a verdade é que, após um longo tempo sem falar com o senhor,
não era assim que gostaria de começar esse texto. Mas, a vida, nos proporciona,
em determinadas circunstâncias, a não escolha de decidir o nosso rumo. E, essa
urgência, me trouxe até aqui.
Ao chegar hoje da faculdade e, jantando com minha mãe, ela me relatou a injustiça
que o senhor está vivenciando. Digo claramente injustiça, porque, conhecendo-o
desde 2012 tenho certa propriedade para utilizar esta palavra.
De imediato, deixo claro também que, caso precise de testemunha sobre sua
conduta dentro/fora de aula estou disponível para apresentar-me. Conversei
também com minha irmã e com a Mikaela e ambas positivaram sua presença caso
necessário e creio que mais alunos farão, se preciso-for.
Mas, atravessando um pouco essas palavras turbulentas, gostaria de deixar meu
apoio e minhas considerações.
Lembro-me perfeitamente do meu primeiro dia de aula no ensino fundamental II. A
alegria e também o frio na barriga ao imaginar que ao invés de um professor, agora
teria vários. Éramos ainda pequenos, num mundo infantil dos 11 anos. A turma
aguardava, em fila, a chegada do professor que nos levaria até a sala de aula.
Então o senhor chegou. A primeira aula do dia. História. Era tudo tão confuso e tão
divertido ao mesmo tempo, um cronograma extenso de conteúdos. Seu modo de
dar aula era diferente. Um campeonato de futebol com pontos corridos determinava
parte de nossa nota, de maneira que estava incluso as questões respondidas, a
participação em debates orais e a construção de desenhos a partir de obras
históricas. Nunca fez tanto sentido reservar uma parte da aula para a releitura de
imagens, afinal, somos constituídos e representamos aquilo que entendemos pelo
desenho, quando o dicionário já não possui palavras suficientes a imaginação fala
por si só.
E assim se passaram os quatro anos do fundamental II. Muitas atividades, muitas
provas e, acima de tudo, compromisso e respeito exercido pelo professor, que
afinal, se eu pudesse dar uma nota, com certeza seria 10!
Agradeço pelos livros que ganhei, desde o primeiro livro de bolso, sobre as grandes
navegações, o livro da história do Brasil e a enciclopédia. Foi uma grande honra,
obrigada novamente.
Ao sair do fundamental e ir para o ensino médio, na Etec, levei seus ensinamentos
comigo. Afinal, o conhecimento é uma sequência de acúmulos, que não
sobrecarrega nem pesa na bagagem, mas torna o aluno cada vez mais livre para
voar e sonhar.
Quando terminei o ensino médio e estive disposta a concorrer a uma vaga na USP,
eu sabia que não seria fácil. Mas, é como em uma aula que o senhor recomendou o
poema "Mar Português" : Tudo vale a pena, se a alma não é pequena!
Minha família passava por uma situação difícil, meus pais estavam desempregados
e não tínhamos dinheiro para pagar um cursinho particular. Eu estudei em um
cursinho público, financiado pela Escola politécnica de engenharia da USP
(CURSINHO POPULAR POLI-USP). Foram três tentativas até a aprovação: no
primeiro ano não passei nem da primeira fase. No segundo ano passei da primeira
fase, mas não atingi pontuação suficiente na segunda fase. Agora, neste último ano,
passei não somente na FUVEST, mas também na Unicamp e pelo Enem. Estou
como os que sonham. A bíblia diz que a espera demorada entristece a face e o
coração, mas aqueles que esperam no Senhor têm suas forças renovadas.
E é com esse intuito que venho aqui, desejar-lhe forças. O senhor tem uma história,
uma família, uma carreira brilhante em sua vida e, acredito, que esse percalço não
é, de modo algum, definitivo em sua trajetória. Creio que será apenas mais uma
batalha a ser vencida.
Grande abraço,professor! Estarei orando para que dê tudo certo! Mayara carnaubaCarnaúba

Inserida por marcosarmuzel

⁠REFLEXÃO

Não importa de onde você vêm, não importa se estudou em escola pública, se suas notas não eram as melhores e muitas vezes até sofridas para ficar na média, se tinha dificuldades com determinadas disciplinas, se não tinha interesse em aprender e muitas vezes ia para a escola somente porque era obrigado por seu pai ou sua mãe para não levar aquela surra, se seus pais eram simples e não tinham muitas condições financeira para lhe propocionar os melhores colégios e professores, não importa se as pessoas te subestimavam e olhavam para você com ar de superioridade e achavam que eram melhores do que você.

Nada disso importa se você acreditava em você, se você aprendeu o princípio e a coisa mais importante que seus pais lhe ensinaram, que são: confiança em sí mesmo, humildade, simplicidade, muita, mais muita força de vontade e fé em Deus.

Saiba que muitas vezes pode parecer ou até mesmo ser muito difícil, mais, jamais será impossível.

Você é! E sempre será capaz de chegar aonde quiser. Nunca duvide disso e jamais permita que os outros te convençam do contrário.

Seu limite! Só você decide!

Ailton Bahia,

Inserida por AiltonBahia

⁠Estudei em escola pública, morei na periferia, trabalho desde a adolescência e hoje tenho uma remuneração de cinco dígitos. Vou revelar a fórmula mágica: ESTUDAR SEMPRE!

Inserida por ReinaldoCiqueira

⁠Quem sabe sobre a roubalheira na escola pública e o assédio feito para esconder tudo é nada faz para impedir, não é cidadão mas só mais um covarde.

28/01/2025

Inserida por samuelnunesdeandrade

PÚBLICO E PRIVADO: NA MESMA PRIVADA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Ouvi, na escola pública em que trabalho, um colega diminuir verbalmente os professores da rede particular, com afirmações como: "se estou no serviço público é porque fiz um concurso e passei; portanto, sou mais qualificado.". Para não ser chamado ao assunto e dizer o que penso, que certamente o chatearia, saí da sala dos professores e fui planejar o meu trabalho em outro ambiente.
Não vejo assim. Não acho que o professor da escola pública ou qualquer outro servidor público seja mais qualificado que os funcionários de qualquer empresa privada, porque passou em concurso. Creio que passar em concurso público implica uma série de circunstâncias que nem sempre têm a ver com capacidade maior ou menor do indivíduo. Seria prolixo discorrer sobre as mais diversas questões que envolvem o não ingresso na máquina de um dos poderes. Uma delas é não desejar fazê-lo. A outra é a decisão de não insistir, depois de uma ou duas tentativas, não por insegurança ou frustração, mas por tranquilidade, mesmo.
Também não acho que seja o contrário; que os funcionários das empresas privadas sejam mais capacitados que os servidores públicos. Considero que de ambos os lados existem os competentes e os incompetentes; os de boa e má vontade; os comprometidos e os sem compromisso com a causa. Os que amam e dão a vida pelo que fazem, e os que não estão "nem aí" para os resultados de seu trabalho, porque não interessa o próximo. Por fim, não tenho problema em afirmar que o que leva um servidor público a diminuir um funcionário particular é o preconceito social. Tem a ver com segregação por causa da diferença de proventos e do falso status conferido por não se sabe quem ou quê ao indivíduo que trabalha para o poder público. É estatutário.
Se eu fosse meu colega, teria cuidado ao expressar esse preconceito, para não ter que ouvir, em algum momento, máximas ou assertivas que não deseja. Um exemplo disto seria o que já ouvi, de um professor de rede privada: "o professor público só precisa ser competente uma vez; ou seja; na hora de prestar concurso. Já o professor da rede particular, se quiser manter o emprego tem que ser competente a vida inteira.".
Como se vê, cada lado tem os seus argumentos e artifícios para menosprezar o outro.

Inserida por demetriosena

⁠A mídia grande é pequena se cala frente aos abusos cometidos contra a escola pública à mais de uma década.

22/03/2025

Inserida por samuelnunesdeandrade

A desvalorização da escola pública e dos profissionais de educação, arte e cultura é nítida, manifestando-se na diminuição de salários e na ridicularização social.

Atribuir a culpa exclusivamente à população é uma simplificação capitalista.

Inserida por I004145959

As chacinas nas escolas brasileiras são índices do fracasso da lei do desarmamento, do ensino público e da formação familiar.

Inserida por Kllawdessy

A péssima educação pública carrega o estigma de ser culpada pela desigualdade e a violência. Mas a corrupção é fruto de nossa hipocrisia, incoerência, ganância. E isso não é culpa da escola pública.

"A corrupção, no Brasil, sempre existiu, não é isso exclusividade do PT. Não é de hoje que famílias inteiras, gerações completas e continuas (de trambiqueiros), vem enriquecendo às custas do dinheiro público, acumulando verdadeiras fortunas, quantias milionárias, provenientes de roubo político. A única diferença é que agora vemos o que quase nunca 'ninguém via'."

"Não se engane, cidadão brasileiro. Em outros tempos roubavam muito mais do que hoje; havia muito mais político gatuno do que hoje, mas nem sempre divulgavam, porque as falcatruas eram quase geralmente escondidas a sete chaves nas gavetas dos poderes, e, ninguém, ou muito, muito poucos ficavam sabendo. Mas, felizmente, as gavetas antes trancafiadas, agora são cada vez mais abertas ou totalmente escancaradas."

"Muitas empresas, aqui no Brasil, ainda adotam a máxima da ditadura: manda quem pode; obedece quem tem juízo. Muito pior que isso. Obedece quem precisa. Quem obedece, nesse caso, é o trabalhador que necessita manter o seu emprego e quem manda é o seu contratante. Todos sabem que, dependendo do patrão, um pedido é mais que uma ordem, e ignorá-la pode, muitas vezes, colocar em risco o salariozinho no fim de cada mês. Portanto, não nos venham com essa de que empregadores e funcionários poderão negociar livremente as condições de trabalho. Não é preciso ser nenhum especialista no assunto para enxergar onde está o bem e onde está o mal nessa reforma escravatista. É o assalariado vivendo cada vez mais sob estado de sítio."

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"De uns tempos para cá tenho reparado muitos posts decorrentes de internautas criticando e até zombando das pessoas que escrevem errado e cometem os chamados erros de português. A meu ver, criticar o Português ou outra língua de alguém que mora num país onde a educação cada vez mais é desvalorizada e desprezada, é uma atitude não apenas cruel, mas absolutamente incivilizada, revoltante e involutiva. Se, hoje em dia, percebe-se professores, mesmo licenciados, escrevendo errado, escrevendo tão mal que muitas vezes nem dá para decifrar o que eles escrevem – ou, pior ainda, não escrevem nadica de nada – quem dirá os alunos, seus aprendizes. É talvez muito mais fácil zombar do Português do que compreendê-lo."

Avessos à tecnologia – um convite à reflexão.

Estamos em pleno século XXI e infelizmente podemos constatar que a escola pública se recusa a entrar na era da tecnologia. Mais de 90 por cento dos professores não utilizam nenhuma ferramenta digital em suas aulas. Em todas as salas de aulas ainda utilizamos a lousa de giz. O diário de classe ainda é totalmente manuscrito. Por que isto acontece? Por que remamos contra a maré?
Enquanto nossos alunos utilizam smartphones e tablets e acessam a internet todos os dias, os professores ainda continuam escrevendo matéria na lousa e pedindo para os alunos copiarem. Quais as razões que levam a escola pública a não aceitar o advento da informática?
Como podemos mudar isto?
O governo de São Paulo tentou melhorar um pouco esta situação, oferecendo um pequeno tablet para os professores, porém, não preparou as escolas para isto. As escolas não possuem internet e algumas que possuem não liberam a senha para os professores, com medo de que estes divulguem a senha para os alunos.
É um grande paradoxo. Temos a internet, mas não podemos utilizá-la.
Em reuniões pedagógicas, quando um professor abre o tablet para fazer anotações, acusam-no de não estar atento à reunião.
Diante desta situação muitos professores devolveram o tablet para a escola e os demais simplesmente o guardaram em casa esperando o dia em que o governo vai pedi-lo de volta.
Enquanto lá fora os alunos se acostumam com cinema 3D, televisões 3D e até mesmo notebooks 3D, os professores teimam em considerar a lousa de giz o melhor instrumento pedagógico da escola.
Até quando viveremos esta triste realidade?

Prof. Nilo Jeronimo Vieira

09 de dezembro de 2015

Inserida por professornilo

A falta de investimento em escolas públicas é uma lástima para o país, já que, um povo sem estudo não evolui, porém é um trunfo para o governo que, quanto menos conhecimento, menos questionamentos, menos cobranças, menos ações, menos gastos sociais.

Inserida por JaneFernandaN

"Não pense em crise, vire político." ;)

Inserida por reconceituando

Amo o meu país. Essa é a minha bandeira. E que os meus irmãos cidadãos tenham no peito a mesma coisa: um coração brasileiro.

Inserida por reconceituando

"Algumas pessoas, em geral medíocres, costumam confundir simplicidade com simploriedade e isto é o mesmo que não distinguir o grandioso do comum."

Inserida por reconceituando

"Procure encontrar uma forma de se gostar, um mínimo que seja, ao invés de viver atacando os outros."

Inserida por reconceituando

"O bullying diz tudo sobre o agressor, e nada ou quase nada da vítima."

Inserida por reconceituando