Ensina a Criança

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Faça mais o que te faz feliz, seja criança, seja palhaço, ande descalço na areia da praia, brinque de balanço no parque, faça de bolinha de sabão, tire sarro de seus amigos, faça piadas de si mesmo, faça cosquinhas, tome sorvete se lambuzando, lembre-se de histórias da infância, faça caretas no espelho, deixe para ser sério quando houver necessidade.
Não perca tempo, VIVA, deixe de complicar o que é simples, a vida passa rápido demais, aproveite o agora, ninguém sabe o dia de amanhã.

Sou criança em meio ao perigo,
Sou uma alma caída num mundo perdido.
Pessoas frias se aglomeram e passar por cima é algo que impera.
Esse lugar foi sempre assim? O amor um dia aqui se esquentou?
Perguntas sem respostas convincentes, bocas caladas e olhares que consentem.

O vento frio entristece a situação,
Embaixo da ponte mais aglomeração, mas ali a dor é pior e a frieza também se torna maior.
Consigo observar o caminho do futuro quase apagado,
A esperança no fim dos suspiros e o fim mais próximo a cada segundo finalizado.

Esse universo realmente é paralelo, gestos bondosos são ditos mas nenhum singelo a ponto de fazer isso virar algo concreto. A ganância e o poder lado a lado são fortes, apodrecem ambientes e destroem lares pobres; e talvez até os ricos... São pesadelos que paralisam sonhos, que mudam ambientes e que formam corpos caídos sobre as curvas inconfiáveis da vida.

O belo é óbvio, é previsível. O sublime é o contrário. Uma criança quando experimenta o medo do escuro, ela experimenta a própria dimensão do sublime.

Quisera Eu

Quisera eu ser sempre uma criança, livre de todos os sentimentos e prazeres da vida. Com minha atenção totalmente voltada a diversão e ao presente, sem preocupação alguma em relação ao futuro.
Quisera eu ser um sábio, conhecedor de todas as verdades, nunca me confundir, nunca ter dúvidas, nunca me decepcionar com minhas escolhas.
Quisera eu ter nascido sem coração, nunca me apaixonar, nunca me magoar, nunca sofrer. Não estar envolto nesse mar de ilusões que chamamos de amor, que todos nós mergulhamos e acreditamos que seja algo real.
Quisera eu ser livre de todas as minhas responsabilidades. Curtir mais minha vida e aproveitar tudo o que ela tem a oferecer.
Quisera eu voar, viver longe dessa violência, dessa maldade que assola a humanidade, viver entre as nuvens, não precisar me vestir ou me portar de outro modo para as outras pessoas me verem. Explorar e imensidão do céu, enxergar sempre a luz do sol e nunca viver dias frios e cinzentos.
Quisera eu mudar o mundo, acabar com todos os problemas, toda a falsidade, todo falso moralismo, mostrar as pessoas que nosso tempo é curto demais pra perder com tanto mau-humor, tanto orgulho e com tantas outras coisas tão pequenas.
Quisera eu cuidar dos meus próprios problemas, dos meus sentimentos e dos meus desejos.
Quisera eu encontrar logo a pessoa certa, e parar de perder tempo com as erradas, assim evitaria mágoas, noites em claro e ficar sofrendo por alguém que não merece.
Quisera eu conhecer o futuro, e não ficar tão ansioso e cheio receios, não ter tantas dúvidas, incertezas e decepções.
Quisera eu ser eu mesmo, sem precisar me preocupar com o que os outros pensam ou acham de mim, sem precisar agradar ninguém, sem precisar ser outro eu.
Quisera eu entender a essência da vida, o sentido de amar, a importância das amizades, o fundamento familiar, saber de onde viemos, quem somos e pra onde vamos. Entender o motivo de estarmos aqui e não apenas estar.
Quisera eu sair dessa rotina chata que nós vivemos. Viver mais e sobreviver menos.
Quisera eu não ter tantas dúvidas. Realizar todos os meus sonhos e satisfazer todos os meus desejos.
Quisera eu ser mais certo e seguro sobre mim mesmo, deixar o comodismo de lado um pouco, agir mais e querer menos.

Ainda que por alguns momentos, é bom sonhar ser criança, embalando-se em um balanço, e lembrar das brincadeiras e alegrias da infância.

Pois dentro desta manhã
vou caminhando. E me vou
tão feliz como a criança
que me leva pela mão.
Não tenho nem faço rumo:
vou no rumo da manhã,
levado pelo menino
(ele conhece caminhos
e mundos, melhor do que eu).

Thiago de Mello
Vento geral, 1951/1981: doze livros de poemas

A amargura de um homem é, com frequência, o aturdimento petrificado de uma criança.

Sabe aquela história em que uma criança fica presa debaixo de um carro e seu pai encontra uma força super humana para levantar o carro e salvar a vida da criança? Eu sempre imaginei se era real. Se alguém com quem eu me importo estivesse machucado ou preso, meus instintos iriam aparecer? Eu saberia o que fazer? Eu levantaria o carro? Pular em frente a uma bala? Eu seria capaz de bater em alguém sem parar? Eu gosto de pensar que sim. Quando alguém que você ama está em perigo físico, encontrar a força que você precisa para salvá-lo é fácil. Mas às vezes a ameaça não é física. Às vezes, é mais fundo, e nesse caso, os instintos não podem te salvar. Nenhuma força super humana, nenhuma descarga de adrenalina. Você não pode sair da batida do carro. Tudo o que você pode fazer é sentar e esperar e desejar que as coisas fossem diferentes.

Se você não consegue explicar algo para uma criança de seis anos é porque você também não entendeu.

Desconhecido

Nota: A citação costuma ser atribuída a Albert Einstein, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

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“Para aquele que controla o próprio pensamento, tudo o resto se torna simples jogo de criança."

Por que as pessoas acham que crianças não podem ser felizes, sendo filhas de pais separados? Criança só é feliz em um ambiente saudável, sem brigas, com muito diálogo e com muiiiiito amor. E tudo isso não depende de os os pais estarem juntos ou não, não depende nem de pais. Depende de amor, e amor vem de quem se propõe a amar, porque quem ama se preocupa, cuida e respeita. Quem ama quer ver as pessoas felizes...

Dizem que o amor rejuvenesce, e realmente vc se torna tão ingenuo quanto uma criança de dois anos!

Surpreenda-me

Surpreenda-me
Com o seu jeito de ser,
Como uma criança,
Na descoberta da vida,
Como um homem,
Na descoberta do amor

Surpreenda-me
Como se eu fosse única
Com o seu gostar
Como olhar de
Quem olha pela ultima vez

Surpreenda-me
Como o poeta
Em sua poesia

Surpreenda-me
Arriscando,
O seu futuro
Comigo

Surpreenda-me
Com o seu olhar
Com o seu sorrir
Com o seu respirar

Surpreenda-me
Apenas...
...Sendo unicamente
Você.

Carregamos os anos acumulados, mas a nossa verdadeira essência, a criança interior, continua inocente e tímida como as magnólias.

Qualquer livro que ajude a criança a formar o hábito de leitura, a fazer da leitura uma de suas necessidades, é bom para ela.

Richard McKenna
New Eyes for Old: Nonfiction Writings (1972).

Nota: A citação costuma ser erroneamente atribuída a Maya Angelou.

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Crianças hoje nascem com imaginação de adulto, idosos morrem com imaginação de criança.

"Poesia é quando a alma brinca de ser criança".

Não deixe que a criança que vive dentro de você morra! Pois é esse lado criança que todos nós temos que nos dá asas, nos faz sonhar e continuar acreditando que a vida é bela!

É o fim de toda a esperança
Perder a criança, a fé
Acabar com toda a inocência
Ser alguém como eu

A delicadeza do amor

Ser delicado é possuir alma de criança,
É acreditar...
É se emocionar ao ouvir o marulho do mar
E as suas ondas a nos acalmar
É conversar com as paredes...
É sentir a pureza de uma rosa,
e se envolver no seu perfume...
É ouvir o cantar dos pássaros e
se transportar ao sonho...
É admirar a liberdade das borboletas,
seu colorido e a suavidade de seu toque nas flores...
É ouvir o sussurrar do vento
falando de amor aos seus ouvidos
É perceber na musicalidade da chuva,
o sentido da vida...
É ver a tempestade, seus raios, trovões e vendavais,
impondo limites a humanidade...
É entender que as nuvens negras passam,
E logo ao amanhecer,
nasce o sol com seus raios multicoloridos
nos mostrando....
que vale a pena viver
E sentir o sol transcender o corpo e iluminar a alma..
É olhar uma estrela, e ver o seu brilho,
nos olhos do ser amado
Ser delicado, é sentir a ternura e o sentido de amar...

@Vera Lúcia de Oliveira
(Stellamaris)
Rio, 15/08/2002
14:40