Ensina a Criança
"Quando criança quantos 'lápis' eu mordia, hoje ele é meu
Inseparável amigo, os meus pensamentos, no papel ele dita…"
Ensinar é agir com afeto, mostrando à criança conhecimentos a serem investigados e despertando seu interesse para um mundo repleto de possibilidades.
Quando criança era o único que sempre pulava primeiro, nunca pensava duas vezes pra olhar pra trás, tinha um ótimo pressentimento e amava brincar na corredeira da chuva. Eu podia construir um foguete e voar pra lua se quizesse, deixar a manhã de segunda e voltar só na outra ao meio-dia. Não havia nada, nada que eu não pudesse fazer. Sonhava mais, acreditava mais que o mundo podia ser bem melhor. Eu era livre e podia fingir sem culpa. Confiava em todo adulto, pois, imaginava que por ser daquele tamanho, sabiam como agir uma vez que pequenino ainda eu era. Por vezes eu me sentia o super homem, mesmo quando diziam que eu não conseguiria. Mais daí vieram me dizer que eu não poderia viver sempre nesse mundo, pois eu precisaria de crescer! Que eu tinha que ser como todo eles, quando nem sempre eles tem razão! Então hoje digo, não se esqueça de permanecer perto desta regra: Permaneça jovem o quanto puder, pois os dias passam voando como uma brisa! Pense como um grande, mais não perca o coração de um pequeno!
A felicidade da vida é ser criança. Correr, cair e chorar pelo seu joelho ralado ou nem isso. É a felicidade de chutar uma bola e tirar o tampão do dedo por chutar sem querer o chão… É correr no pega-pega e procurar no esconde-esconde, é sorrir e se sujar.
-Oh, Mamãe ficava sempre brava!- E voltar a brincar. Chegar com os pés com a marca de sujeira pela chinela e pés encardidos. Brincadeiras, bola, corda, pião, baralho, tazo… até pedra entrava no jogo. A imaginação era além e hoje poucos cultivam isso. Antigamente, eramos unissex; Meninas jogam bola e meninos de bonecas… era simples e divertido!
-Paredão, paredão 123 e todos corriam.
- Estatua…! E todos paravam, sem rir, sem se mexer, sem quase respirar… era divertido.
- Lá vou eu! E todos corriam para a tal procura do esconde-esconde. Atras de carros, de motos, arvores, deitavam no chão, se fingiam de mortos… Ai ai! Era uma piada! Corríamos até pedirmos figas, as mangueiras estavam na calçadas para nos hidratarmos e não perder o pique!… AH, e os beijinhos? Os primeiros selinhos que dávamos um nos outros e nisso surgiu o: -verdade ou desafio- e as coisas foram mudando. Fomos amadurecendo aos poucos, das perguntas e respostas saiam brigas e discórdias, dos desafios surgiram beijos longos abrangendo o instinto. E hoje vivemos na tecnologia! - teque teque teque - escutam o som do teclado, a musica alta e a atenção no vidro que lhe separa do mundo virtual. O tempo passou voando e nem percebemos; Hoje estamos no auge da tecnologia, dos celulares com internet e ajuda do Google. As bibliotecas estão vazias. Bom, muitas delas!
Mas, particularmente eu tive infância. Desde o primeiro dedo sangrando até meu primeiro beijinho e namorico. As músicas eram inocentes, cantávamos sem ao menos sabermos os significados… E é assim a infância…pura e inocente!!
Meu medo naquele momento era falar. Quem diria que eu quando criança, quis tanto isso, e hoje não quero. Não quero falar pra você, não quero assumir que você sempre ganha, que com seu sorriso, você ganha. Que com suas manias você ganha. Ganha com todas as canastras limpas e a cara também. A cara mais limpa de todas, o olhar mais sujo de caramelo, e a boca, essa sim.. cheia de veneno.
A gota de esperança que existe dentro de você é a esperança de uma criança que nasce todo o dia de cada uma de nossas ínfimas astúcias.
Diziam os mais velhos que eu era criança demais para certas ações. Hoje eu digo: Vocês são velhos demais para ser como eu.
Às vezes tenho vontade de fugir, de sair correndo, de voar como
nos sonhos de criança para um lugar distante onde eu não possa Me encontrar.
Onde a falta do que eu nem sei do que sinto falta não me atormente mais, um lugar onde todos os
meus esforços de ser feliz não sejam em vão, onde o amor seja soberano e o amar
seja ser amado..
Quero fugir, para quando eu puder voltar para onde não sei onde devo ficar, que este seja o meu
lugar, e que eu esteja pronta para enfrentar tudo o que possa vir pela frente e que o medo das desilusões da vida e do que eu não posso explicar o que sinto ou não sinto, não
impeçam nunca de me entregar novamente a uma grande aventura de gelar o estômago, a uma paixão
arrebatadora de bambear as pernas e a um a Amor tão forte que tire o meu fôlego.
Vivo assim, intensa, louca e apaixonadamente, aprendendo diariamente como lidar comigo mesma espantando meus fantasmas e meus temores, tendo assim a certeza de que não existe coisa maior que o AMOR que sinto por mim.
Sinto-me uma criança inocente quando preciso revelar os sintomas do meu coração;
Escondo em meu silêncio uma imensa verdade que declara o meu maior amor e apego pelo que não deveria;
Mas mesmo assim roubo flores singelas com o melhor que há em mim para assistir o seu sorriso;
Posso lembrar quando criança, bem como no curso de toda a minha vida, de ter tido sensações muito estranhas. Eu parecia ir para longe, para bem longe de tudo e de todos. Não pertencia a parte alguma.
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