Enquanto Houver Sol
Enquanto para alguns eu sou sol, para outros sou neblina, porque isso não depende de mim, mas da quantidade de luz que há em seus olhos.
Enquanto o sol continuar nascendo, com ele eu continuarei amanhecendo e junto com a vida que com intensidade pulsa aqui dentro de mim perseguirei os meus sonhos e a minha felicidade.
Considero como um momento precioso,
um fim de tarde na praia
com sol já se despedindo,
enquanto, recebo uma brisa suave
que faz o meu espírito cansado recuperar o fôlego e esquecer um pouco dos problemas
com uma porção de tranquilidade,
uma maneira eficaz e singela
de encher-me de vitalidade.
Todos os dias a lua se despe ao beijar o mar, enquanto o sol se veste de ternura ao aquecer os corações
Mais uma vez, cheguei tarde. Enquanto eu nascia, você já anunciava sua partida.
Sua luz reluzente iluminava as cidades e os oceanos. Você não podia me ver, mas eu sempre estive lá, torcendo pelo momento em que nos alinhasse, criando uma aliança que todos poderiam ver.
Mesmo com tão pouco tempo, eu me contentava em sentir sua energia, mesmo que por um instante—um instante que eu desejava eterno.
Então, nos despedimos mais uma vez, em silêncio, esperando ansiosamente pelo próximo reencontro.
ANTAGÔNICA
Anoitece lá fora
Enquanto eu amanheço
É inverno do outro lado da porta
O sol me aquece por dentro
No verão deixo que caiam minhas folhas
No inverno floresço
Na primavera aqueço
Desabrocho em qualquer ocasião
Já não obedeço estação
Não me adequei aos padrões
Sermões se tornaram vazios
Se desejam calor
Eu faço frio.
Tarde de terça
Perdi meu lírico numa tarde de terça,
Enquanto o sol ia no horizonte,
Os versos aos poucos tornavam-se elegíacos
Porém livres, num abraço duma nênia.
Numa tarde de terça,
Fui atingido pelas sombras de um passado
Tão meu quanto a solidão,
Deste ser contemporâneo que a mim foi forçado.
Numa tarde de terça,
Sou tão livre quanto artistas do barroco
Que entregam toda criatividade,
A homens de coração oco.
Sujam a arte com sangue chumbado.
De trabalho forçado,
Em uma mina de lágrimas e coração d’ouro
Que sustentará o céu angelical,
Para que não desabe sobre mim a desgraça.
Numa tarde de terça,
Sou tão livre quantos os parnasianos,
Que são cegos e veem apenas carne.
Mas são tão naturais e sinceros,
Que despertam em mim os louvores de Eros.
Me sustentam tanto quanto céu d’ouro
Da minha própria insuficiência espiritual.
Numa tarde de terça,
Sou tão livre quanto um racionalista,
Que medita sobre os padrões,
Vende a alma à verdade.
Deixa escapar a vida pelas mãos perfeitas.
Quadradas e regulares
Idênticas.
Numa tarde de terça,
Sou tão livre quanto uma lágrima
Que foge em fluxo no verso que rima
Que umedece o chão e lubrifica
Prepara o fechamento dos portões do coração.
E se desfaz na queda eterna.
Numa tarde de terça.
Sou tão livre quanto sou real.
Eu sou
O nascer do Sol
Enquanto a Terra estertora.
E quando o engenho da vida vai embora
Eu sou o crescer da Lua no intimo de um céu que chora.
Todavia, encontro a arte da vida vagando pelo ar.
Vejo deliberadamente o abstrato a se formar.
Faço-me de Sol e Lua
Enquanto a Terra aflige
Faço-me eclipsar.
Ficarei tão só quando a ultima rosa no jardim.
Até o fim do inverno;
Enquanto o sol não chega;
Para aquecer esse coração;
abandonado pelo;
Amor...
Lua
Procyon nos presenteou logo após esse pôr de sol, enquanto a chuva regava nossa porção de infinito
Rezei aos meus, refiz a rota de volta ao seu caracol, não aprendo, esse é meu defeito, por sorte sou erudito
No reflexo da poça, o vira-lata lambe a lua cheia, quase tão linda quanto seus olhos gigantes
O tempo voa, enquanto isso,risca seus desejos na areia
E a maré leva de seu jeito elegante
Momentos passando ao contrário, bem perto de amanhecer
E nós aqui, sorrindo e fugindo do caos da terra
Te convido todas as noites a orla comparecer, são quase 6, em pouco tempo nosso romance se encerra.
Na rede.
O sol pisca desdenhoso
no passa-passa das nuvens.
Uma vaca berra, longe,
enquanto o vento penteia
os cabelos do coqueiro
O céu atrás deles tingia-se de rosa e amarelo-limão, enquanto o sol caía cada vez mais sobre o mar, em um azul-escuro se derramava lá de cima e se espalhava como um borrão de tinta A visão era tão bonita que doía.nos olhos .
Enquanto o Sol não raia no horizonte, mato a saudade do meu canto, com a cuia e a bomba, misturando a água, o mate e o pranto.
Enquanto vivemos a vida, a tristeza se acumula aqui e ali, seja nos cobertores pendurados ao sol para secar, nas escovas de dente no banheiro ou nos históricos de ligações.
Enquanto você me espera no escuro, eu
Aproveito para tomar um sol da manhã
Sei que o clima tá tenso e eu tô rindo
Não consigo evitar enxergar o que é bom
hoje lembrei os medronhos, enquanto o sol se punha no horizonte, acesos ficaram sonhos, no doido intento de me levar à minha fonte...