Enigmática
TERCEIRO HEXÁSTICO
vida de infinda busca eterna
venturosa… enigmática… é
fio de navalha… é mágica
nada quer do morto passado
nada espera do futuro
dela sabe-se só o presente
Imagine
Imagine a natureza, enigmática por si só,
Imagine uma rocha sólida ganhar forma e depois nascer um paraíso em cima dela cheio de vida,
Imagine eu vivendo sozinho em cima desta mesma rocha sólida, um vazio,
Agora imagine eu vivendo em cima desta mesma rocha sólida ao teu lado, um paraíso.
Minha Natureza
Te vejo enigmática e surpreendente, com a mesma intensidade de cores da aurora boreal,
Te admiro com os mesmos olhares e desejos de poder tocar no arco-íris provocado por uma bela e refrescante chuva fina de uma cachoeira,
Te vejo passar como a corrente de um rio forte e puro cortando a natureza,
Te sinto como o vento soprando trazendo os cheiros das rosas, o frescor das brisas das manhãs e dos entardecer,
Te vejo, te sinto, te respiro, te quero, você é minha natureza.
Ela é um livro aberto e não tem nada de enigmática, você só não aprendeu a ler, pois está em um idioma que você não é capaz de dominar, pela preciosidade e sensibilidade nos detalhes que compõe cada capítulo dessa obra. Não é para qualquer leigo.
Caneta enigmática
Minha caneta tem um imã.
Enigmática desde a sua existência.
Ela contém alguns segredos.
Segredos esses que não sei bem decifrar.
Sendo ela insondável.
Difícil até de se esvaziar.
Misteriosa!
Eu não á compreendo,
Tanto quê me equívoco muitas vezes com ela.
Secreta ,indolente e insensível.
Eufórica,alegórica e prolifera.
Inacessíveis fendas ela percorre
onde somente ela consegue penetrar.
Sou nela a escrita impermeável.
Sou nela o verso insaciável.
Fatos obscuros,
Em páginas que nem existem.
Protagonista da minha sina.
Figurante das minhas ilusões.
Redações que prosperam e quando prontas querem explodirem pelo ar.
Navegante das minhas emoções.
Oh ! Meu Deus....
Responda-me o que nela há.
Responda-me....
Caneta atrevida que de mim a não se aparta.
Chora sangue ao invés de tinta.
Afinal!
Quem sou eu para ela?
E quem é ela para mim?
Quem?
Sou por ela ,um explorado e um enfeitiçado.
Isso é um presente ou agrura?
Que atinge o âmago da minha imaginação.
Todo dia é isso.
Que em seu galope ela me leva a cavalgar.
Pouco eu a sinto
Pouco eu a vejo
Só sei que sou levado por ela.
Vou de olhos fechados e não sei quando volto,
E muito menos sei,
para onde vou....
Autor Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Desculpa esse meu jeito assim de ser... indescritível, indecifrável, enigmática, misteriosa... sou como um livro...antes de me julgar pela capa ... conheça a fundo o conteúdo... sou de um coração enorme, mas não se engane... tenho veneno nos olhos e mel no meu beijo... enquanto uns almejam paz , eu quero guerra....dessas que só acabam nos lençóis de uma cama...
Surgi entre raízes
De maneira enigmática surgi entre as raízes, tão amigas ao encontro da luz do sol me fortalece, logo veio às atribuições, sendo assim fortemente se fez, com essa beleza fui presenteado em se unir a virtude da longa vida, e parte do singelo papel que poucos podem desfrutar, engreno surgimento e enormes desafios foi mesmo um encontro onde diversas situações tornam qualquer sonho verdadeiro, na passagem se faz parte de uma natureza única, Sempre a espera de uma fascinante apresentação rara.
"VOCÊS SOMOS NÓS"
Essa é uma frase enigmática e sem sentido para alguns, mas é tão poderosa que pode resolver os grandes problemas na vida das pessoas.
Enigmática, extrovertida, um quebra cabeças, uma incógnita.. bonita por natureza, de bem com a vida... Mas pisa na ferida dela que ela vira fera, vira felina...doa a quem doer ela vira gelo, fica fria... Ela sabe ser doce mas também pimenta ardida .. boazinha na medida certa. Malvada pra quem merece.. e acredite, ela não tem um pingo de dó nem piedade... Ela sabe ser sincera, ela é de verdade sem filtro, sem máscaras, sem rodeios. Sem falsidade ..
Tenho muita retração confesso!
Por gente enigmática, de olhar obscuro,
Ar intransigente, olhar adiáfano que despe a gente.
Tenho páura da obsessão, do embonecamento,
Do poder exagerado de quem vive de passado.
Tenho é muita repulsa por quem usa desculpas,
O tempo todo como um jogo de tabuleiro,
Se esconde atrás dos frondes e têm cartas na manga.
Não me merece e nem faz por onde,
Tenho receio de quem usa, ardio e outros meios,
Pra sedução, usa sunga, ousa tanga,
Troca muambas, bugigangas e mais
Pousa sobre as pedras feitos lagartos de fogo,
Ou escorpião, com agulhão ventoso, venenoso.
Entro em retraimento, ante tudo isso,
Entrego para o vento os feitiços,
Agrego o pavor do amor falso e todo tipo de vícios.
Pequenas ações realimenta uma força enigmática capaz de reproduzir energia necessária para continuar servindo indefinidamente
O domingo termina silencioso, como se tudo fosse um segredo e a noite lenta e enigmática me conduz às emoções mais profundas, as mais remotas, as densidades de todo sentimento e ressentimentos; chega um momento que tudo começa a se esvaziar e um buraco negro parece que ocupa todo o nosso universo interior, mas tudo deve ter um sentido; 'tudo tem um sentido'' grita um astronauta perdido nestas profundezas. é só um domingo que passa; isso pra quem não tem sensibilidade, pra quem percebe a violência se avolumando, o caos denuncia um apocalipse onde a humanidade é algoz de si mesma. descasquei uma banana, escrevi alguma coisa, mas os diálogos são sempre reticentes; o que pensam de mim não devia me perturbar tanto, mas não bloqueio essa inconveniência, nem disfarço a perturbação. algum dia vais compreender toda essa introspecção que me faz sorrir sozinho e todo o efeito desse silencio de alguns palmos e poucos minutos de espera... ah, eu não devia sonhar tanto, mas é isso que me mantém vivo, apesar de aumentar-me os pecados. "as manhãs ensolaradas têm menos brilho que a tua presença" Cecília talvez tenha algum poema com frase semelhante, mas essa é a marca legítima de um poeta romântico e anônimo; as paixões, os sonhos, os ideais me encantam; então imagino o sol caindo lentamente no horizonte, dourando nuvens esparsas num outono qualquer, alguém confidencia: "eu te amo". Deve ter acontecido muitas vezes, e muitas vezes ainda acontecerão; mas a mais bela das confissões fica presa num silencio obtuso, impressa num olhar piegas e insistente; pode parecer paradoxal, mas num mundo de zumbis também existiam anjos; e, a partir das quatro da tarde todos que passam em direção à praia, vão à cracolândia; era o que se passava na minha cabeça, e desde então o número de pedintes aumentava consideravelmente. A senhora com a camisa do mais querido do Brasil foi chegando, falando com as pessoas coisas que eu não ouvia com exatidão, mas já imaginava, era mais uma entre os pedintes que apareciam naquele horário; não tinha aspectos assustadores, mas só o fato de pedir já assustava, principalmente naquele horário. Falei-lhe em espanhol na tentativa de não ser compreendido para me livrar daquela inconveniência; ela respondeu e continuou falando em espanhol; me disse que era professora de história, e geografia, mas que tinha se contaminado com as drogas e então vivia daquele jeito. Falei-lhe de Deus, da Bíblia, dos preceitos cristãos; mas aquilo só detonava o que eu pudesse ter de esperança na humanidade; se as girafas que eu via na Quinta da Boa vista tivessem um pouco de sensibilidade, provavelmente elas se enforcariam, mas onde encontrar cordas e árvores resistentes para suportar o peso de uma girafa; e os ele
fantes... os elefantes jogar-se-iam do cristo redentor. Jocasta na varanda do nono andar, certamente contemplaria os moinhos de vento em Amsterdam, nem sei se seu nome é Jocasta, assim a chamo, porque de Jó ela nada tem, e casta ela não é; e como alguém de um condomínio em Belford Roxo contemplaria as flores de Amsterdã, só alguém muito distante, Jocasta; isso se ela não estivesse pensando em... meu Deus, melhor nem conjecturar essa hipótese. O "Dia" se encarregou da manchete: "jovem de 19 anos voa pra morte".
A segunda-feira chega lenta, consigo um poema e ainda sonho. Vejo a professora de história na escola onde o meu netinho leciona; parece que nem tudo está perdido, nem tudo está perdido; mas temos muito o que se procurar, temos muito o que se procurar dentro do que temos noção do que se tem de fazer e do que ainda não temos noção do que se deve ser feito. mas entre os folhetins, entre uma e outra viagem espacial, entre novelas que vão e vem, e renovam amores e remexem as saudades, descobertas, epidemias, pandemias; aparece esse feeling que ainda não tem rótulo, mas nos deixa alados e sonhamos, sonhamos, sonhamos... até que chega a nave... percebo a libélula, um alien assustador... eu tenho medo.
É torturante o jeito que você afasta todo mundo, fico enigmática ao pensar se isso é algum tipo de autossabotagem caótica ou uma inflexibilidade suja ao lidar com os seus próprios sentimentos, tento achar maneiras de me autoafirmar, para sei lá me senti melhor com a insaciável sede de uma figura materna, chega até ser sarcástico, não posso te chamar de narcisista pois pessoas narcisistas se livrão daquilo que lhes atrapalham, ao contrario delas você falhou miseravelmente, mas você se esforça eu admito, pena que com o passar dos anos eu me acostumei com os seus jogos psicológicos, e pro seu azar não quero que a parte do trabalho sujo seja meu
Linda e enigmática,
repleta de intensidade,
de uma mente agitada,
sentimentos instáveis,
difícil de ser decifrada
e conhecida de verdade,
pois não se contenta
só com palavras,
mas também
com atos de veracidade.
Fascinante Girassol, flor enigmática que sente uma forte atração pelo o Sol,
pois nunca se cansa de acompanhá-lo,
de ser iluminada por sua luz
e ele aparenta corresponder
já que os seus raios não a machucam,
pelo o contrário, a deixam feliz,
sempre saudável com uma aparência cativante, uma essência de vitalidade,
assim, sua existência é apaixonante
e transmite uma rica sobriedade.