Engolir
Engoli toda as dúvidas e toda a decepção e toda a raiva e elas eram quase grandes demais, como pílulas de vitaminas que são difíceis de engolir mesmo com água.
Quando o vazio engoliu o meu interior, Tuas fortes mãos me resgatou e a Tua luz tomou conta do meu existir.
Hoje me perguntaram se você ainda estava aqui, tropecei, engoli seco e me safei.
Pra ser mais específico, estava em um posto ao lado do meu trabalho conversando com uma amiga, Camila é o nome dela inclusive. Do nada como sempre você surge na conversa, ela me pergunta se você ainda está aqui, eu tropeço no meu sentimento, engulo seco a não reciprocidade dele, e me safo com a mentira do não.
Um breve segundo consegue estragar tudo.
Uma lembrança do que deseja esquecer atormenta o coração.
Você parece ter a mesma necessidade que o ar que contem nos meus pulmões.
Profundo de mais pra ser meu, é específico demais pra ser mentira.
Meu amor, não diga de dor pra mim
Você não aguentou a noite chorando
Engolindo lágrimas como um mar sem fim
Diziam que o amor era pra ser algo
Bom algo eterno
Eu só carrego pra sempre no meu peito a dor
Deste amor
Que não durou nem a metade do inverno.
Ei pequena?
Foi um ano difícil eu sei
Teve noites maldormidas
Na inquietude dizia amém
Engoliu choros e noutro dia se refez
Se posicionou de acordo com os fatos
Assistiu tantas despedidas
Encorajou muitos,
enquanto seu próprio mundo desmoronava
Tão perdida, tão sentimental,
tão fraca
Nem você mesma acreditava na força que se escondia nesse caos
Foi um ano difícil eu sei
Mas te ensinou a valorizar a presença,
porque ardeu de tanta saudade
Aprendeu a ter um pouco mais de paciência
E que um pequeno detalhe
é que faz uma grande diferença
Que um simples telefonema
faz o outro se sentir importante
Que cuidar um do outro é
que nos torna grandes no lado de dentro
Foi um ano difícil eu sei
Mas você foi forte
Então agradeça e tenha fé
Pois em dias difíceis
Deus nos da asas até que possamos encontrar um chão
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 12/01/2021 às 00:35 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
E assim se morre... a cada pensamento engolido. A cada voo perdido. A cada descoberta, que deixa de ser, por medo do que é incerto. A cada palavra do outro não filtrada, abraçada, absorvida, encarnada. A cada novo dia que se finda sem sentido. A cada música, grito, palavra, engolida pelo silêncio, intolerância, ignorância, impersistência, falta de empatia, tempo e escutatória. A cada abraço arrebentado. A cada olhar não dado. A cada segundo ignorado. A cada beijo indelicado, curto, raso.
Hoje entendo que a morte se dá em vida, e é bem pior do que aquela tal morte que meus pais e a sociedade em geral adoram pintar... à qual entendo como mero desligamento, fim. Viver não é o oposto bom de morte. Não devo renunciar a morte, mas sim abraçá-la, compreendê-la, e transformá-la em algo novo. Até porque, caminhar pelo mundo atual sem esbarrar em uma dessas mortes que escrevi a cima, é caso para pessoas de outros planetas, não para nós... para nós é impossível, me permito dizer! Eu morro hoje, aos 25, na certeza que vou viver meus outros tantos anos. Espero que você também!
Pairando sobre o vazio do coração
Entristecido pelo amor, e engolindo pelo medo
Nasce um desespero inigualável
Que encurrala o indivíduo
Deixando só então…
A solidão.
Engoli minhas palavras
A sua arrogância, não.
Guardei-as dentro de mim
E pra não engasgar
Soltei-as nos versos
Engoli tudo o que achei
que iria te machucar.
E senti o peso
se acumular no peito.
[ aguentei firme até sucumbir ]
E quando a palavra que você engoliu não veio de você? Pôr pra fora deixou de ser uma opção de alívio, né? Penetrou igual cola tudo no peito e quem é forte o bastante pra tirar?
Pesares que me carregam.
O Chorinho de Odeon
O leãozinho embaraçado
Ao invés de rugir soltava uma canção.
Engolia a seco o seu som engraçado
Pedia desculpas: - foi sem intenção.
...
Cadê aquele rugido tenebroso?
Só se ouvia um som baixinho e choroso
E ainda fora do tom. Era o chorinho de Odeon.
Não fazia sentido aquele leão choramingão
...
Cresceu o leão e ganhou um violão, ensaiou tom por tom.
E não parou mais Odeon. Mas não é que ficou bom!
Ora, Ora, o que importa, o som era muito bom.
Não interessa a resposta, era bom e era o seu dom.
...
Todos paravam pra soltar rojão, ao ouvir o chorinho de Odeon.
Sem hora para acabar, juntos cantavam o bordão?
...
Mais uma vez! Rugi outra vez!
Essa é a canção! Esse é o som!
Mais uma vez! Rugi outra vez!
É muito bom, o chorinho de Odeon!
Ela engoliu o choro várias vezes.
Engoliu a vontade de gritar para o mundo o quanto estava sofrendo. E engoliu um pouco da dor que ela estava sentindo. Mas tudo isso estava acumulado dentro dela, até ela não aguentar mais. Ela pensou em desistir algumas vezes, fez milhares de coisas para aliviar pelo menos 1% da dor que estava sentindo, todas em vão. As pessoas disseram para ela que o tempo passa, e que o tempo cura a dor, mas já se passou TANTO tempo e tudo continua tão igual ( ou até mesmo pior)... Agora, ela não acredita mais nas pessoas, agora ela acredita que o tempo passa, mas só o tempo. A dor, não. E a cada dia que passa dói mais.
E quer saber? Já sofri. Já engoli mentiras que eram ditas como verdade. Já convivi com pessoas egoístas e pessimistas; aprendi muito com elas. Já fui marionete. Já me confundiram com a vilã. Já não sou igual a antes, mudei sem querer mudar. Já não acredito mais em promessas e nem que o amor dura para sempre; se bem que é tão bom pensar positivamente. Já não posso mais me enganar, não posso ser mais uma na vida de alguém. Não gosto de meio termos, ou é sim ou é não, ou pode ou não pode, chega de talvez… Me aposentei faz um tempo das expectativas.
O mundo está engolindo com satisfação os cristãos atuais, ao invés de expeli-los. isto se deve ao fato de que deixaram de ser o sal da terra para se tornar o doce do mundo!
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