Engolir
Não deixei uma lágrima cair,
Engoli o meu choro, o meu grito...
...Sufoquei minha alma.
Pra poder viver,
Pra poder viver...
E se eu não me importasse?
Talvez você sentiria falta, engoliria seu orgulho e correria atrás da sua felicidade.
Demolido homem
Era um homem
Que a cidade engoliu
Um homem qualquer
Um mendigo
Um carroceiro
Um sem família
Que diferença faz
Se ninguém o conhecia?
Andava para cima e para baixo
Nessa pequena cidade do interior
com sua carrocinha catando papelão
e seu cachorro, seu verdadeiro amor.
Mas os mesmos entulhos que lhe sustentava a vida
foi também seu sepulto
onde lixos ali recolhia
entre a lâmina afiada da vida
mais um "lixo" ali ficou.
As queixas e os louros
A queixa da maioria
1. Engolida pelo tempo
2. Espinhos nas relações
3. Mente inquieta
4. Egoísmo
5. Falta de amor
6. Desilusão e frustração
7. Tentar alcançar o inatingível
8. Estar sozinha
9. Coração partido
10. Imaturidade
Os louros da maioria
1. Prestar serviços com qualidade
2. Falta de problemas de verdade
3. Confiança
4. Amizades de ouro
5. Melhorias nas realidades sociais
6. Diversão
7. Conseguir conquistas com esforço
8. Nunca perder as esperanças
9. Evitar o desgaste
10. Amar como parte de nossa natureza
Jesus é o Espírito de maior grandeza na série de todos os seres evoluídos, cuja morte a terra engoliu facilmente, mas o mundo ficou surpreendido com o Seu incomparável e imortal. reaparecimento.
Hoje eu senti o sorriso desvanecer
A alma esfolada
a tristeza puxando a perna atada
e engolindo a fala
de dias sem falar palavra alguma
Escrevendo nas paredes
eu cansei de ficar cansado
Sonhando com quem amo
sem ter o amor do lado
sentindo o perfume
sentindo mais que o perfume
sem ter o amor do lado
Eu queria ir comer, em algum lugar
mas não sei se minhas pernas
que sinto pesadas
e amarradas
aguentam até lá
Eu já não sei se eu aguento até o banheiro
Sei viver sozinho
aprendi a viver sozinho
Mas não sei se quero
porque eu sempre tive medo de enlouquecer
de perder a sanidade
qualquer pedaço de talento, que eu possa ter
Eu não sei se quero
porque o amor me mostrou que a vida é melhor
quando eu tenho ele do lado
e agora, que não tenho
a loucura toca minha campainha
às 8 da manhã
o sono já não toca
os sonhos se confundem com pesadelos
nos minutos que o sono finge que me abraça
Meu estômago dói
o peito aperta
o braço queima
as mãos ardem
as pernas pesam
os pés latejam
a cabeça pende para o lado
as cobertas me chamam
o sol me afasta
a cortina é mais bonita, quando fechada
Preciso de um copo de vinho
e da minha amada - por inteira.
Buscando o equilíbrio pra não ser engolido
Atrevido nas fita pensada
Umas ainda mocada na gaveta, muita treta.
O choro da Mãe TERRA
Rasguei a minha carne e engoli meus filhos
Ainda regurgito alguns aflitos,
Outros padecem nas minhas entranhas
Para serem completamente esmagados pelo meu peso insuportável.
Não estável
Devido à movimentação das minhas placas tectônicas.
Que estão à deriva sobre um magma incandescente
Onde sobre elas transita muita gente
E não posso me acomodar indefinidamente
Com a estabilidade da inércia.
Vez ou outra revolvo e fraturo minha coluna
Despedaço-me e fabrico milhões de lacunas
No meu corpo
Num sopro
De morte
E sem mesmo querer
Fazer padecer minhas crias
E depois vou chorar com a garganta do vento
Explodir em lágrimas de amar, o mar
Tentando tragar
A incomensurável dor
Dos padecentes sobreviventes.
Tem palavras que são como cacos de vidros na garganta. Você acaba engolindo para não machucar ninguém. Só sangra por dentro onde os mortais não conseguem tocar.
Todos os dias você tem que matar um leão,
não esqueça que enquanto isso muitos estão sendo engolidos.
Eu te guardei como se guarda um tesouro,
fiz dos teus pés o meu caminho,
engoli orgulho pra que plantasses os teus sonhos nos meus
e guardasses o meu olhar.
Se eu pudesse ser a tua vontade,
eu dormia e acordava na minha pele,
pois a minha virou a tua.
Bastou o teu olhar no meu
e nossos segredos se entrelaçaram,
como almas que se encontram nos olhos.
No meu colo tu te achavas
e nós ficávamos fora do mundo.
Não precisas mentir o teu amor
se o dizes sem dizer a toda hora,
sei bem que a palavra nunca te foi íntima
quando te escondes no forno do silêncio.
Veio o tempo e nos mudou de estação,
tenho fome no corpo e sede no olhar
quando me vem à boca o teu nome.
Realidade te muda e te planta onde não chego,
mas ainda hoje eu te costurei em mim,
como detalhe em segredo de um só.
PERDIDO INVERNO
Camponês embaraçado
Entre os cachos da videira
Engolido no infinito pela linha férrea
Contava os minutos, as horas
No outono sem espelhos
Nas primaveras com pregos
Nas memórias sem armadilhas
Na brisa em agonia do verão
Nas lufadas da neve no inverno
Nas nuvens sem sombras
Onde estica, encolhe o seu acordeão
Pássaros no horizonte de tréguas
Preguiçoso criador que esqueceu a liberdade
Sem vontade num raio de sol
Morreu entre os carvalhos no monte.
''E em tudo se transformou em cinzas, as cores foram engolidas pela escuridão mórbida dos corações dos homens soberbos.''
Um amor romântico, para durar, precisa ser superficial, pois um amor visceral é engolido pela própria intensidade.