Encontros
Maravilhoso é assistir tantos encontros, mesmo em outras peles e, em tantos outros sonos, é a sabedoria da dualidade que não interfere, regozijo do simples saber, que tudo vai e, vem, sempre bem.
A lembrança é inerente ao tempo, quem prende solta, em favor do novo, nos encontros dos preparos em esperas, maduras estão as gueras.
Nossas falhas são o que de melhor há em nós, nossos encontros se estendem em todas as percepções e, dimensões, sanando largura existente, no plano que dá vida, é nossa saúde e regeneração corrente, pelo regozijo de toda prosperidade vivente.
TEMPESTADE ELEGÍACA
"Acomodando o deslocamento da tempestade elegíaca,
Sufoquei encontros na humanidade e no êmbolo escaldante,
Condoí o culto de noites padroeiras,
Esburaquei rumores de mim,
Deslizei sobre minhas vistas carícias de tempos ruminantes
No estilo flagelador de aceitar carreamentos,
Anoiteci em chamas tocando minhas ganâncias,
Jaculei por vozes nunca extrovertidas o reto esporângio,
Salguei o caldo de meu muro ignóbil,
Liguei quases e porquês na impostação enfermiça
Imperando na terra tísica com estremecimentos postiços,
Persegui dentro do mais fino logaritmo
Aquele escrúpulo que me anula sorridente
No topo da romaria encompridada."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
De todos os encontros, o amor é a melhor procura. E de todas as nossas procuras, que o amor seja sempre o caminho e a chegada.
E assim eu vou vivendo...
Entre contos, cantos, desencontros, encantos e encontros.
De maneira leal onde construo o meu ideal. Já fantasiei algumas vezes e confesso: Sonhar também é tão bom. Mas, eu ainda prefiro o meu mundo real.
Os encontros são sempre bons, cheios de planos e ilusões. As despedidas são tão tristes, temida por todos, causa dor e fere.
ENCONTROS E DESENCONTROS
Sinto sua falta. Por onde andas? Pelos desencontros da vida?
Comigo também acontece... Há amigos, pessoas e até amores que
surgem em nossas vidas e em pouco tempo... desaparecem!
Tantas vezes fico solitário, parado, perdido no meio da multidão
como uma gota d'água solta no ar prestes a evaporar.
O burburinho, a agitação, sobretudo incomoda minh'alma.
É nesses momentos que mais sinto sua falta.
Da tranquilidade que sempre nos acompanhou nos momentos
que estivemos juntos. Sua ausência inunda meus pensamentos.
O seu jeito calmo, a maneira metódica na escolha de algo ou mesmo
num simples aperto de mão. Seu sorriso largo a me encantar.
Mas o que mais recordo de você, é o seu jeitinho delicado.
E também a sinceridade e a meiguice do jeito de me olhar.
Quando penso em você, meu peito bate forte.
Acelera e manifesta-se em cada recordação!
Silêncio e lembrança são aliados viscerais. Tão profundos
que em pouco tempo transformam-se em fraquezas
melancolias conjunturais. Muitas vezes, tempo é véspera de
desengano. Tem momentos que corro contra o tempo pra ver
se o tempo espera... aí, percebo que é ele que corre contra mim.
E por falar em tempo, revivo cada momento ao seu lado.
Das coisas que um dia o amor nos prometeu.
Era apenas promessa... o tempo insofismável logo tratou de se
ausentar e fingindo-se de desentendido, recolheu!
Assim como o tempo, me falta tempo. Então, recolho-me no tempo
das palavras vazias e nunca pronunciadas. Palavras sem
sentido, aleatórias, descabidas. Às vezes, a vida corre apressada
e em efêmeros encontros casuais. Ou desencontros.
E foi justamente numa dessas casualidades, que perdemos
o contato. Muitas vezes, perco-me nesta invulnerabilidade
de tempo, hora, pressa. É o corre-corre da vida!
E quando percebemos, como num passe de mágica...aconteceu, já foi, passou.
Escapou pela porta do esquecimento.
Resta-nos apenas uma lembrança da despedida.
Agora nesse exato momento, quem dera
encontrá-la pessoalmente para poder dizer tudo aquilo
que gostaria. E assim esse novo encontro eu não adiaria.
Expressaria todo meu sentimento tocando-te a face
Olhando-a nos olhos, a beijaria delicadamente!
É apenas um sonho! Um sonho que voa
através do tempo, dos minutos, das horas, dos dias
na utopia do meu querer, da minha fantasia!
COMO POSSO EXPLICAR?
Os nossos encontros
sempre foram inexplicáveis.
Inexplicáveis por quê
como explicar cada beijo
prolongado, sentido, degustado?
Como posso explicar
cada carinho, cada afago
cada maneira de se entregar.
Como explicar cada abraço
quando nos envolvemos
deliciosamente pés sobre pés
na cadência de cada passo?
Como explicar cada desejo
se o próprio desejo
nunca se sente farto, satisfeito?
Como posso explicar tanto amor
se o que sente minh'alma
transborda além do insaciável
noutro corpo, noutra alma
pelo mesmo motivo do meu amor?
Ainda existe amor entre um homem e uma mulher, mas só não acontecem mais encontros amorosos, quantitativamente falando, porque o individualismo é maior, a preguiça é maior, a intolerância é maior, o cardápio de diversão oferecido às pessoas é maior, enfim, há um monte de coisas que estão se sobrepondo ao amor.
ANJO
Como um anjo
Num desses encontros e desencontros da vida
Perdido numa esquina qualquer
Eu me deparei com você
Asas caídas
Olhar terno
As mãos estavam vazias
Mas na alma, o mistério de quem já havia percorrido um mundo inteiro
Tinha gestos sutis
Sussurrava palavras doces
E eu que já estava inerte em meu pedestal
Julgando-me inatingível
Fui envolvida pelo encanto que você inconscientemente, ou não, trazia dentro de si
Tentei fugir, mas já era tarde
Senti-me perdida num labirinto de sentimentos confusos
Tocou-me com tua mão
E para sempre me arrastou ao delírio de tua presença alucinante
Neste instante percebi
Que nunca mais seria a mesma depois de ti...
Anjo
Encontros errados nas horas certas, encontros certos em horas erradas... E errantes são maioria, errantes fomos nós, até acertarmos o nosso relógio da vida, na hora certa, hora de Deus, para o nosso encontro. Enquanto muitos e tantos buscam o amor, este nos foi entregue de mãos beijadas, a beijar com doçura e delicadeza nossas almas e corações.
É fácil amar nos bons momentos,
em festas, em encontros ou em sorrisos.
Mas verdadeiramente é prova de amor,
amar entre desabafos, tristezas e dores.
O amor não se prova em felicidade,
mas sim na realidade...
Topada em
Superfície mas
Elevada
Encontrei-me
À poesia
Nas tarde de sábado
Encontros poéticos
Do colégio,
Não esperava mas
Jogou-me pra frente
Deu-me um susto,
Porém não cair,
Acelerou o palpitar
Reverteu o ângulo
Que tinha
Segundo a existência
Da própria poesia.
O tempo é o rei do universo e o senhor dos encontros e desencontros. O amor e o sofrimento caminham de mãos dadas, até que o tempo leve um embora, e deixe o outro.
Encontrei você por acaso
num desses encontros casuais
que a gente não espera nada demais.
Não teve cavalo branco, nem baile no castelo
Tudo bem, não importa.
O que vale é que está aqui,
iluminando os meus dias.
Te chamo de príncipe,
Mas, às vezes, penso que você é um anjo
porque cuidar de mim é o que faz de melhor.
"E nesses encontros e desencontros da vida você ganha amizades, perde-as muitas vezes também, reencontra parentes nunca vistos antes e que podem também perdê-los no esquecimento, ou simplesmente ficá-los como que nunca tenham se conhecido um dia, pode realizar sonhos que pensava nunca realizar, mas o que fica realmente são momentos bem vividos, aproveitados, momentos simplesmente mágicos e inesquecíveis, então aproveite a vida da melhor forma possível, porque o que fica é sempre as lembranças e que elas sejam boas e jamais ruins."
César Ribeiro