Encontro dos Destinos
Se alguém entra na sua casa você ainda pode fugir,
mas se alguém entra na sua vida como é que se foge de si?
Ninguém pode fugir de si mesmo...
e deve ser por isso que eu tô andando sem/pre texto.
Três de novembro
No mês em que a primavera se despede,
e o sol, mais manso, faz-se presente,
floresciam dias de ouro e espera,
prenúncio de encontros, docemente.
Foi na estação de brisa e lume,
quando as folhas murmuram segredos,
que nos achamos sem alarde,
em cores tênues, sem medos.
Caminhavas já em meus sonhos,
estrada traçada em silêncio,
onde o murmúrio do vento sussurra
o amor que arde em denso, intenso.
O mundo, em sua dança vasta,
girou em círculos de espera,
até que em ti se fez acalanto,
porto certo, luz sincera.
Achei-te na dobra do tempo,
onde o aleatório se curva à sina.
Outros conheci por ócio e acaso;
a ti, encontrei porque eras divina.
Outros, passos soltos, vento;
tu, raiz, urgência, beijo,
entre ecos e risos, enfim,
vi que ao teu lado me pertenço.
Felicidades ocultas, reúnem-se em volta, e sussurram em voz alta, manifestando histórias de amores, que já estavam escrito.
Sonhei que a lua não se apagava, que às estrelas não se escondiam, que o sol não nos castigava, e que os nossos destinos, estavam alinhados.