Encontro
O que seria o encontro, se não houvesse a procura??
Pela ignorância nos equivocamos
pelas equivocações aprendemos...
...
E quando eu disse; A noite me atrai, a escuridão em si me atrai, é nela que eu me encontro. Todos me olharam espantados. As pessoas ali se agitaram. Uma senhora no meio dos outros levantou sua voz dizendo;
- A noite é fria, apenas os seres rastejantes e grotescos habitam a escuridão, como pode sentir-se atraído por ela??
E eu lhe respondi;
- Justamente por isso, não há o que clarear na luz, tudo é visível para aqueles que sabem ver. Agora na escuridão não, é lá que precisamos levar a luz, portanto é lá que devo estar.... E o silêncio pairou naquela sala....
(Trecho do livro Diário de um Índigo - Wesley Diniz)
Forçar o encontro de um NOVO AMOR, para esquecer o ANTIGO AMOR, é o mesmo que tentar apagar uma fogueira com álcool, deixará cicatrizes, incuráveis!!
Eu não sei na verdade quem eu sou, já tentei calcular o meu valor, mas sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou, porque a gente é desse jeito? criando conceitos pra tudo que restou...
(Eu não sei na verdade quem eu sou)
Quem espera sempre cansa.
Me encontro parado em um ponto,
A espera de algo talvez novo,
Uma amizade antiga ou nova,
Uma surpresa que aguça e aflora.
Passa tempo, sopra o vento,
Carros passam, perco tempo,
Nada novo, nada velho,
Só a brisa e o pensamento.
Versos faço, passo o tempo,
Gela a brisa, sopra o vento,
Eu aqui espero algo,
Que não vêm e fico tenso,
Canso fácil e me incomodo,
Sopra a brisa e passa a hora,
Dês das dez espero algo,
Tô cansado, vou-me embora.
São tantos os obstáculos que encontro na vida, que me pergunto a razão de viver.
Tropeço tanto que onde caio só me vem a vontade de ficar, ficar ali, debruçada sobre minhas lagrimas. Afinal nos últimos dias só sei chorar e perguntar: "porque só tenho desgosto na vida?".
Cheguei a um momento achar que o problema estava em mim, mas depois de um certo tempo percebi que possa ser que eu estivesse errada.
Sei que muitas vezes falta-me força, mas quem consegue ser forte quando o mundo te rouba todas as suas coisas boas.
Sem sonhos fica difícil lutar. Posso até está errada mas as únicas coisas que tenho são lamentos, e muitas perguntas. Todas sem resposta!
Então não me peça pra ser otimista, pois só eu sei o quanto cheguei a acreditar que as coisas poderiam mudar, criei expectativas, mas elas continuaram iguais ou pioraram assim como a minha vontade de desistir.
E nesse momento reflito, e me pergunto: "por que viver, pra que existir?"
E mais uma vez o silêncio é minha única resposta.
"O amor é um encontro. De você com você mesmo. Amar é se ver nos olhos do outro. Mesmo que ele esteja com os olhos fechados."
Eu não me encontro mais dentro do meu próprio corpo, minha mente vaga feito um astronauta em uma imensidão sem fim, deixei de ter medo do escuro quando descobri que o verdadeiro monstro estava em mim. A eu sofri, sorri, e continuei a fingir que estava tudo sobre controle, que estava tudo bem, e o monstro dentro de mim ficava cada vez mais revoltado e cansado de ficar aprisionado, pobre coitado, ficou entediado e resolveu brincar de roleta russa, qual é a cura pra toda essa solidão? Pegar o três oitão ou partir pra uma loucura, uma missão dessas de rua, de rua em rua tentar esquecer os meus problemas, buscando uma solução, tentando solucionar essa prisão, é torturante não saber se você deve se jogar de um mirante.
Enquanto um tanto de gente é feliz e sorri,
Eu, por injustiça da vida,
Agora me encontro num escritório farto de papéis, máquinas e cavas depressões faciais.
Fato que eu, quando menor, não gostaria de estar aqui.
Nossa! Cá estou martirizando outra vez...
Desculpe-me.
Em muitas me encontro chorando por dentro,
E logo pego a caneta e o caderno para que escorram as lágrimas em letras.
Mas, olha, juro que no próximo texto você sorrirá no final.
Porque, por mim, todo final seria feliz.
Porém, como todos dizem, a verdade dói. Não é?
Quero, como Cazuza, todo amor que houver nessa vida.
Aliás, quero isso pra todos. Até os animais.
Para quando me deitar sobre a terra,
Sentir-me confortável e satisfeito com o que fiz e com o que deixei de fazer.
Portanto, que o pijama-de-madeira me aqueça bem.
E que os bichos me degustem, não apenas me comam por comer.
Desejo também que minhas lembranças, essas que ficarão,
Sejam guardadas infinitamente. Principalmente com quem amo.
Isso para que eu nunca mais morra. E que todo dia, seja um novo dia...
Pra todos nós.
Nada Resta
De encontro com a calma, ainda sinto o incerto, do tempo que resta a não mais esperar.
De tudo aquilo que eu vi, de tudo que deixo sentir, de quedas em quedas até não mais levantar.
Busco enxergar tudo a quilo que imaginei, como se eu pudesse ter tudo o que verei.
Ao tentar pular na ilusão de uma vida sem lamentação, acabo quebrando a cara em chão duro de realidade, ficando no fundo de um rio seco de uma vida sem vontade.
Quero o fim, saber o que estar por vir.
Quero o fim, sentir algo além de um vazio sobre mim.
Quem de mim duvida, duvida de um homem morto.
Um navio que nunca chegara no cais do porto.
Se um exemplo posso ser é para que as pessoas nunca percam a vontade de viver.
Pelo seu silencio devasto meus sentimentos,
entro em busca de respostas e nada encontro,
diante da tua depressão tento compreender os fatos...
que levam você a tomar essa decisão.
Olho para dentro de mim busco algo que falta,
no momento não compreendo o que falta,
só sinto a tua falta.
Mas, olho mais profundo assim sinto que...
minhas palavras não valerão de nada...
que o amor que te dei nada importou...
será que meu amor não foi suficiente?
nada que lhe represente seria real?
sinto dia passar lentamente extremamente vazio,
os desejos esperam o momento que o teu...
coração me diga te amo...
mesmo que solitude seja primordial...
a distância leve meus ânimos, me diga que senti...
de verdade, nesse momento me sinto perdido.
por celso roberto nadilo
Ainda com os pés tocando
Ainda com os olhos se encontrando
Ainda com encontro de mãos
Ainda com o coração batendo
O improvável encontro das almas solitárias, que há tempos se procuravam em corpos vazios e copos transbordantes, ocorreu em mais uma daquelas tardes inespecíficas onde a única explicação para a peregrinação etílica é a eterna tentativa de se preencher buracos na alma.
Mas esse é o conceito profundo, a definição poética da busca. Superficialmente, que é sempre o que se vê á primeira vista, a busca era apenas por um lugar agradável, com cheiro de arte, cachaça e cigarro, sorrisos conhecidos e um papo que não penetrasse na área impenetrável do cérebro e do coração, enfim, a idéia era apenas passar o tempo. Mas o passar do tempo traz vida, vive-se o tempo que passamos e viver é surpreendente porque um dia qualquer, passado ao lado das pessoas de sempre, fazendo o habitual, de repente se transforma em poesia.
Nesse dia a poesia passou, como um sopro, e deixou naquelas almas uma beleza inteira. A poesia foi colocada nos copos e as almas beberam cada gota. A poesia era um sofá velho, um gato de rua, um banheiro decorado com cartões postais. As almas agora não tinham mais buracos. As almas se misturaram, preencheram mutuamente os vazios. Nada mais era vazio, a busca, aquela que só o âmago mais profundo das almas é capaz de buscar, havia terminado.