Encontro
O bom de poder se encontrar com alguém é a possibilidade que existe de depois também poder se desencontrar.
... E quando encontramos o amor, não existe nada que te faça mais feliz do que viver momentos inesquecíveis com quem sempre estará ao seu lado para lembrá-los.
O início de um novo tempo.
Eu sei que é amor quando chega a hora de te levar embora.
Só tenho vontade de ficar com você agora.
Apaixonei-me com seu jeito de ser.
Me conheci ao te conhecer.
Quero te mostrar a liberdade de poder viver um amor de verdade,
e justificar toda essa saudade.
Descobri que é no meu coração que você mora.
Não precisa mais ir embora.
A sua vida se transforma dependendo das pessoas que você encontrar ao longo do caminho. Uma única pessoa pode mudar uma vida inteira.
- Eu terei que falar do meu passado? Perguntou o paciente.
- Somente daquilo que não passou. Respondeu o terapeuta.
Terapia é lugar de encontro de você com você mesmo(a).
Não escolhemos os outros ao acaso. Encontramos aqueles que já existem em nosso inconsciente.
SONETO DO ENCONTRO
De repente ali, eu e tu, numa colisão
O coração disparado tal doce jornada
Os olhos então calados, a mão suada
E o peito sussurrando toda a emoção
Aí uma voz fez saber da tua chegada
E neste silêncio seco, uma explosão
De um olá! Então me vi num turbilhão
Pouco se fez o tempo, na veloz toada
Busquei descerrar minh'alma fechada
Para devorar-te numa franca devoção
Tal qual a paixão no cerne encarnada
E então neste soneto a minha canção
Pra celebrar a quimera aqui cantada
De amor, que é possível, que é razão...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
CORAÇÃO EM PASSAS (soneto)
Ah! quem há de poetar, saudade penosa e tirana
O que na emoção cala, e o versar não escreve?
- Range, doí, pregada na lembrança, e, em greve
Sente, em amargos no peito, o que era soberana
O coração em passas, e é um redemoinho fulana
Em explosão, fria e grossa, e ao enamorado deve
E ao olhar desalentado asfixia o pensamento leve
Que, paz e harmonia, saem em ignota caravana...
Quem o verso alcançara pra a rima desta solidão?
Ai! quem há de amenizar, assim torna-la tão breve...
Se infinito é o silencio; E o vazio então agiganta?
E os lábios secam. E o olhar chora. Tudo em vão?
E a sensação se refugia num sepulcro de neve?
E então as trovas de amor esvaem na garganta?
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
12 de março de 2019
Cerrado goiano
Um dia depois.
Olavobilaquiando
SONETO PARADOXAL
Como quisesse poeta ser, deixando
O estro romântico, espaço em fora
O amor, ao reconhecer sem demora
A seleta face, abriu o ser venerando
Encontros e desencontros, cortando
Caminhos e trilhas, percorri: e agora
Que nasce a poesia, o poema chora
E chora, a rima passada, recordando
Ó, estranha sensação despropositada
Tão saudosa como se fosse “In Glória”
Invade o poetar sem ter um comando
Assim por larga zanga aqui pousada
Me vejo perdido, triste nesta oratória
Quando poderia êxito estar versando
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 de dezembro de 2019 – Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Felicidades ocultas, reúnem-se em volta, e sussurram em voz alta, manifestando histórias de amores, que já estavam escrito.