Encontro
Sonho de encontro
Me preparo pra te encontrar
Me arrumo todinho, espero agradar
Canto uma canção, só pra relaxar
Saio de casa, meu sonho vou realizar
Te vejo de longe, bate o desespero
Mas tomo coragem e chego mais perto
A sua beleza, ilumina o ambiente
E seu sorriso, lindo, é perfeito
Me esqueço do mundo
Me esqueço do tempo
Nada mais existe
Nada mais importa
Na musica ao fundo, o amor está presente
Um beijo no rosto e seu perfume, latente
Agora entendo a felicidade nesse momento
Pois não consigo imaginar, nada mais perfeito
Só não sei se acordo, para tentar esse sonho realizar
Ou se fico dormindo, para contigo continuar a sonhar
Que eu me perca no infinito do seus olhos
Gosto de olhar para eles... e ver o quanto são bonitos esses olhos pequenos
Dizem que os olhos são a janela da alma...
então você é minha janela preferida
me debruço sobre esta janela só para ver o seu olhar
Olhei tantos poemas... mas não consegui encontrar... o que meu coração queria dizer... então fiz este só para você, meus olhos pequenos...
Você pequena criança irá se perder, se encontrar e lamuriar-se pela colisão. Você pequena criança, deverá saber que tudo é fase. Se encontra aqui e se perde ali, e que começar novamente é dádiva e poesia. A idade adulta é ilusão, é o endurecer dos dias é o requerer de sí mesmo. Por fim voltaremos á ser um párvulo brilho, que gostaria de um pouco mais de tempo para brincar de viver.
Sonhando com a felicidade
Não me incomodo quando me julgam um sonhador ou de ter parado no tempo e gostar de escrever cartas de amor, mandar flores, ouvir músicas sonhando com aquele encontro mais que desejado, ligar para quem se ama e dizer que está com saudades, querer estar ao lado dela, quando ela precisar de alguém para ouvir seus anseios e problemas, está focado nela e pensar sempre em falar ou fazer alguma coisa que possa faze-la sorrir, contar as horas e os dias para estar com quem lhe faz feliz, se isto é sonhar, quero ficar neste sono profundo e continuar sonhando...
Quando a noite chega, começo a pensar em você, e de como será a nossa noite quando nos encontrarmos.
Paradoxalmente, o autoconhecimento não se dá sozinho, fora do encontro. Eu não me fecho para me conhecer, eu entro em relação para me conhecer. Eu me conheço através dos outros, através dos acontecimentos à minha volta.
Encontro
Mal saíra do Hotel Meridien, onde seus amigos paulistas o convidaram para uma caipirinha. Quase uma da tarde. Nada demais, apenas o fato de ele não tomar caipirinha. Mas era uma amizade que vinha de longe, e não seriam algumas doses que iriam separá-los. Deglutira galhardamente três doses com alguns salgados e, após ouvir as indefectíveis piadas cuja validade havia expirado, despediu-se dos casais amigos e decidiu andar um pouco.
Colhido pelo bafo quente, olhou para a direita e viu o mar indecentemente azul, que em algum ponto lon¬gínquo engolia um céu de um azul mais claro, apenas manchado de algumas nuvens esparsas de algodão de um branco duvidoso. Andar um pouco pela Avenida Atlântica e olhar as beldades em uniformes de conquista não eram o ideal naquele momento. Tinha dei¬xado trabalho no escritório e, apesar de o celular não reclamar nenhuma atenção, no momento, sabia dis¬por de menos de meia hora antes de enfrentar o mundo além túnel.
Além do túnel, acaba a Cidade Maravilhosa, era o seu bordão predileto. As malditas doses haviam tor¬nado seu andar ligeiramente menos decidido que de costume. Na verdade, não sabia como matar a meia hora. Lá longe o Posto Seis e o Forte pareciam chamá-lo. Resistiu ao apelo e, muito a contragosto, decidiu andar um pouco pela Gustavo Sampaio. Um pouco de sombra, já que os prédios projetavam suas silhuetas no asfalto e lá também havia gente, muita gente andando sem muita pressa, com o ar tranquilo e um “xacomigo” zombeteiro estampado no rosto.
Relembrou a sessão de piadas. Achava que deveria haver algum dispositivo legal, ou pelo menos um acordo, que determinasse prazos além dos quais as anedotas seriam arquivadas e frequentariam somente as páginas das coletâneas ditas humorísticas. Ter de dar risadas ao ouvir pela centésima vez a mesma piada, ou variações sobre o mesmo tema, poderia ser perigoso para a paciência dos ouvintes, ou reverter em agressão física em detrimento de um contador desatualizado. Até que seria uma boa ideia colocar avisos nesse sentido. Ou, então, seguindo o exemplo das churrascarias rodízio, introduzir o cartão de dupla face, a verde autorizando a continuação e a vermelha decretando o final da sessão. Muito compli¬cado. Como fazer no caso de divergência? Decidir por maioria simples. Ou, devido à importância do assun¬to, haveria de ter a concordância de pelo menos dois terços dos ouvintes? Os desempates seriam decididos pelo voto de Minerva do criminoso, isto é, do conta¬dor. E se houvesse daltônicos na platéia?
Será que há exame médico para garçons de rodízio, eliminando os daltônicos?
Mas, na falta de regulamentação, como resistir à sanha do contador de “causos”? Não dar risada? Interromper? Contar a sua versão? Esses expedientes eram ainda piores. Olhar a paisagem do terraço, sim, e acompanhar a gargalhada dos outros foi a solução encontrada. Providencialmente. A regulamentação ficaria adiada, procrastinada, decidiu com uma risa¬dinha interior.
E tem aquela do português que chega em casa... E aquela outra da freira que... Ah, a melhor de todas, acabaram de me contar: o Joãozinho pergunta para a professora...
Afinal, era um bom passatempo, com a vantagem de observar fisionomias alegres. As reações eram muitas vezes mais engraçadas que as piadas.
Será que eles também conheciam TODAS aquelas anedotas, ou somente algumas?
Esbarrou num transeunte, balbuciou uma desculpa qualquer e teve direito a um bem humorado:
– Ô meu, olha só, estou na preferencial!
O peso pesado já estava se afastando e as ideias voltando a se agrupar depois da desordem causada pelo baque.
A ligeira dor de cabeça pedia uma parada numa farmácia. E farmácia era o que não faltava na rua.
Entrou e aguardou que a balconista o notasse. Entre ser notado e a pergunta:
– O que deseja? se passaram alguns intermináveis segundos.
– Duas passagens para Paris em classe executiva. E ante o misto de espanto e divertimento da moça, completou:
– Bom, já que não tem, qualquer coisa para a dor de cabeça. Poderia tomar aqui mesmo? Tomou o analgésico, agradeceu e, instantes mais tarde, estava de volta à calçada esburacada.
Olhou para o Leme Palace e resolveu voltar cami-nhando pela Atlântica.
Evitou o segundo esbarrão da meia hora de folga.
Em frações de segundos, os olhares se cruzaram. Era uma beldade, outonal, mas, apreciador de Vivaldi, as quatro estações são arrebatadoras, pensou.
O andar sinuoso, os pequenos sulcos rodeando os olhos, carimbos ainda piedosos no passaporte da vida, cabelos cortados Chanel, ombros e decote plena¬mente apresentáveis e não apenas um tributo pago ao calor daquele verão, pernas bonitas, e medidas ten¬dendo à exuberância. O rosto comum, tinha o olhar faiscante a valorizá-lo.
Naquele instante, o tempo parou, não o suficiente, porém, para que, da extrema timidez dele, brotasse algo mais inteligente do que um sorriso vagamente encorajador. “Pergunte algo, as horas, o caminho para algum lugar, o nome da rua, qualquer coisa”, rebelou-se dentro dele uma voz indignada por jamais ter sido ouvida no passado.
Continuou, como que petrificado, enquanto, sem deixar de olhá-lo, ela passou por ele longe o suficiente para não tocá-lo, e perto o bastante para deixa-lo sentir o perfume discreto que a envolvia.
Ele continuou imóvel e virou a cabeça, contemplando a desconhecida, que continuava andando, afastando-se aos poucos. Alguns passos depois, ela virou a cabeça e o olhar, mesmo àquela distância, lançou um convite mudo ou, pelo menos, assim pa-recia.
Sem reação, ele a acompanhou com o olhar. Ela deu mais alguns passos e novamente olhou para trás. A voz interior estava se desesperando. Ele mesmo não entendia o porquê da sua imobilidade. A desconhe¬cida estava se afastando cada vez mais, confundia-se no oceano de cabeças e, mesmo assim, pareceu-lhe que lá longe uma cabeça estava se virando uma última vez para trás.
Era um adeus. Sentiu que o que se afastava não era uma desconhecida. Era um pedaço de si mesmo, de uma juventude da qual não havia sabido desfrutar e agora lhe acenava de longe, mergulhada num misto de lembranças e saudade.
Um dia, os olhares se encontraram, e quando isto acontecer... Tudo aquilo que desejamos em uma pessoa, e para nossa vida... Brotará.
Eu gostaria que você lembrasse...
Eu gostaria que você se lembrasse da simplicidade da vida. Da mesa posta e o café na mesa. Das histórias de quem te olha nos olhos e divide contigo um dedo de prosa. Queria que pudesse lembrar que os melhores momentos foram uma risada, um poema ou um abraço. Ficaria extremamente feliz em te olhar de volta depois de um certo tempo. Trocar o café pelo chá. Você sabe, sair por aí a caminhar... Em dias despretensiosos que abrigam em si toda a vida.
Eu sei que no fundo, no fundo,tudo o que deseja é o calor do afeto e a poesia de um momento. Simples, perfeito. E, ainda assim, complexo em toda a sua composição.
No fim, sinto que deseja a todos a delicadeza de encontros despretensiosos que contenham em si a magia de uma troca em que o tempo simplesmente se dissolva.
Todos merecemos uma vida aquecida de afeto. Espero que você tenha compreendido que a vida é mais que apenas luta. Ela é, também, deslumbre. Te desejo um olhar aguçado e um coração capaz de sentir a temperatura de todo o amor.
Venha ao coração da terra e sentirá o que é verdadeiramente belo: pé na terra e alma descalça. Te entrego o solo para que caminhes, porém não se esqueça de deixar flores por onde passas. Assim o caminho sempre estará Belo, mesmo quando precisar retroceder. Entenda que não há ida ou volta. Aceite que a vida é o que é. Sorria. Vida rica é vida repleta de afeto.
Te envio temperança em meio ao caos. Te preencho com tempo já que ele é tudo o que tens. Te envio tempo também porque é a única forma de te mostrar que a espera é desafiadora. Te envio tempo para que aprecie cada minuto da sua existência.
Vive seus dias repletos de momentos. E o tempo lhe será presenteado. Vida vivida é memória de trabalho espiritual na terra. Tenha fé nos seus dons e em você. O resto é receber e agradecer. Sua luz está prestes a brilhar.
Entre a nossa capacidade de imaginação e o que realmente cada um é, pode ser que existam coincidências...
Se não há procura... Nunca haverá encontro... Então, não desista, busque a Deus, seu objetivo, seu amor, sua alegria em viver.
"A saudade se desencanta quando acaba uma oportunidade de encontro,mas o amor ....se sacia no enlace ! ".
Abaixe a cabeça sempre que encontrar algo maior que você, cale-se todas as vezes que se sentir inseguro, recue quando lhe disserem que não pode prosseguir. Passos para ser bem sucedido em fracassar.
A poesia de uma mulher se encontra em lugares estreitos, uns se encontra na foda, e outros, num beijo