Encontro
Porventura, todos os caminhos por quais trilhamos estão traçados na palma das nossas mãos, e, quiçá, marcados nas calçadas invisíveis do espaço que se cruzam e por vezes se entrelaçam em tantas outras. Num emaranhado algumas dão nós, outras se tornam laços, feitos e desfeitos.
" Os com o “coração de pedra” facilmente encontram pedras em suas mãos para serem atiradas.
Escolhamos flores …
[P.Francisco]
Ao encontro
Estou indo a teu encontro, me espera pois estou indo a pé na fé como Deus quer.
Prende seu cabelo pois já esta calor, tu já podes sentir o fogo do meu amor.
Não te faço promessas de amor, elas são feitas para serem quebradas.
Te dou minha palavra, você é meu amor, tu podes ser o que tu quiseres, sendo o meu amor !
Nos dias de verão nenhum dia será em vão, sejam de chuva ou no por do sol brincando de fazer carão.
Vou seguindo meu caminho sozinho, por ele alguns espinho, não vou desistir de te encontrar pois sei que você meu amor estar em algum lugar.
Não desista de me esperar pois sei que na hora certa vou chegar, as vezes meio perdido sem sentido seguindo a libido, mas nunca te esquecendo.
Não sigo a libido de Eros, mas sim a da força de viver e não desistir de você.
Vou ao teu encontro, quando te encontrar vou parar de sonhar, não sonharei mais sozinho, sonharei dormindo ou acordado mais com você ao meu lado, todos os sonhos serão realizados pois sonharemos juntos.
Vou a pé na fé seja o que Deus quiser !
Guimarães Sylvio
O toque suave dos seus dedos e lábios redesenhando cada detalhe do meu corpo, provocando, arrepios que vão, além da pele em sintonia perfeita.
O cheiro delicado de canela nos lençóis, nossos perfumes, a pouca iluminação e os sons reproduzidos nesse momento, deixam explícitos desejo o prazer na forma mais doce entre dois seres.
Hoje eu tô afim de comer uma coisa diferente, a gente marca almoçar de pretexto, e logo já parte pra sobremesa...
#eutôcomumafome
😉
Te vejo
Em meu destino
Em cada flor de jardim
Em todos os lugares
Te vejo em mim
Te desejo
Mais que o ar
De qualquer jeito
Ardentemente
Te desejo para sempre
Te encontro
Nas letras das canções
Nas rimas das poesias
Nos meus sonhos
Te encontro em nossos desencontros
Te beijo
Sem regras
No canto da boca
Em segredo
Te beijo em várias línguas
Te admiro
Quando acorda
Por dentro e por fora
Em cada centímetro
Te admiro sem fim
Te amo
Sem filtro
Sem censura
Sem controle
Te amo simples assim!
Embora viajemos por todo o mundo em busca da beleza, devemos levá-la conosco para poder encontrá-la.
viver é isso:
um (des)encontro entre as nossas escolhas
e as oportunidades que aparecem;
um (des)encontro entre os nossos sonhos
e os pequenos milagres da vida;
um (des)encontro entre os nossos impulsos
e o tempo que não para.
Eu não vou entregar meu coração
a uma mulher que não seja especial o suficiente.
Eu só estou perdido porque não te encontrei ainda...
Procure-se, Encontre-se e Conheça-se. Ame-se verdadeiramente, só assim conhecerá o amor de verdade e poderá expressá-lo ao mundo.
Assim como “O Feitiço de Áquila”, buscamos o encontro com o nosso outro “Eu Ideal” que imaginamos que seriamos mais felizes neste encontro que parece impossível.
O encontro do meu olhar ao seu. É como a profundidade próximo ao oceano.
Onde me perdi, delirei e sonhei. E essa união fez crescer esse um sentimento. E com o sussurro dos ventos veio suas palavras para confirmar que é amor!
Quero de Volta
Quero de volta minhas noites de chuva, minhas estrelas, meu céu nublado e o vento cortado.
Minha lua em todos os estágios. Nova, crescente, quarto crescente, cheia, minguante e quarto minguante.
Deitar na grama, na areia ou na terra para viajar no espaço e ver as figuras que se formam com o movimento das nuvens. Balançar na rede e embalar a rede.
O papo solto, os assuntos proibidos, os assuntos leves e também os pesados. As verdades de qualquer estirpe.
As músicas de qualquer espécie. As espécies que falam da gente e que falam nada. Que fazem sentido e que sentido não tem.
Quero de volta o acordar mais tarde com o peso do teu corpo e o carinho de um beijo.
O roçar de dedos, de mãos, de pernas, de narizes, línguas e corpos, do roçar das mentes. Os prazeres, arrepios e gozos.
As pernas que pesam umas sobre as outras, as pernas que descansam umas nas outras. As pernas que seguem as mesmas trilhas, que caem e se levantam, que se cortam e se cuidam.
Os pés que acariciam outros pés. Os olhos e olhares diretos, furtivos e de lado. O cuidado do corpo, da alma, das feridas, dos achares e dos pensares.
As brincadeiras sem graça com grandes risadas, risadas que não acabam e risadas da seriedade.
Quero de volta a honesta palavra e a atitude honesta. O reto, sem subterfúgios, as escolhas diretas, a prioridade, o correto jeito das coisas.
A transparência das roupas, da alma e da mente. As corridas, os treinos, a endorfina, o prazer da diversão a cada passo, a cada papo, a cada abraço, a cada pingo, pingo de suor, suor que encharca, encharca o corpo e a alma.
Quero de volta meus sonhos, meus pesadelos, minhas ilusões, minhas desilusões, fantasias, viagens e imaginações.
Quero de volta as surpresas feitas, as surpresas recebidas.
Quero de volta a alegria pura, a felicidade gratuita, o encontro por acaso e também o descarado.
Quero de volta o namoro na chuva.
Do valor que se dá
E lá estava ela, no alto, no topo da frondosa e imponente árvore. Seu ninho parecia o mais belo visto daquela distância na ponta do penhasco que se erguia acima da floresta.
Naquele ninho teria encontrado o que procurava. Não era um ninho qualquer, mas sim um amontoado de gravetos torcidos e entrelaçados com pitadas de paixão, amor, prazer, esforço e dedicação.
No começo aquele lindo ninho supria as necessidades plenamente. Mesmo que estas fossem aumentando, e se tornando descabidas, até que em um momento, um segundo, um instante, tornou-se pouco relevante.
Desde então o ninho foi deixando de suprir as necessidades, em um primeiro momento puramente por se sentir pouco valorizado e solitário. Ela mal percebeu o que acontecia, pois passava o tempo a voar. Parecia ter se cansado ou se desinteressado daquilo que conquistou arduamente.
Lá fora tudo parecia mais lindo, mais intenso, mais gostoso, melhor. E a cada voo, mais parecia perceber que a felicidade estava lá, lá do outro lado, em outro lugar naquela floresta, linda, quente, úmida e cheia de possibilidades de novas descobertas.
O ninho ali permaneceu e se entregou. Já não tinha mais o valor que outrora tivera. Desistiu de qualquer esforço uma vez que logo percebeu do que se tratava. Uma ilusão comum, gerada por aves comuns que se faziam parecer diferentes, especiais, mas apenas estavam travestidas de penas compradas que lhes encobriam as verdadeiras. Compradas nas pedras, nos galhos altos, nos galhos baixos, nos cantos e recantos da floresta.
Ela voando avistou outros ninhos, cada um mais belo e interessante que o outro. Uma libélula amiga do ninho, pousada em prosa com ele, passou um tempo a observar o que ele observava e se manifestou. “Olha meu amigo, o que vejo é o simples vazio. Um mimo ao ser ganhado e conquistado deixa de ter valor para dar lugar a outro mimo mesmo que este seja o mesmo mimo.” O ninho suspirou e sorriu. Estava pronto para receber nova visita, novas penas que não se soltassem com facilidade.
Ela pousou em um destes ninhos e foi feliz, logo depois noutro e feliz foi novamente e noutro e noutro e noutro. O problema é que entre um e outro momento de felicidade dava-se o seu contrário. A infelicidade. Ora, dizia ela, sempre culpa destes ninhos.
Num destes momentos de insatisfação avistou o ninho no alto, no topo da imponente árvore e sentiu-se como sempre. Que ninho belo e interessante. Pensou logo que poderia dar umas rodopiadas por lá para ver como estava. Mas ele estava diferente. Mas era o mesmo, igual. Ficou intrigada.
Ela, num dia alisando as penas nas pedras para embeleza-las encontrou outra. Outra que contava garbosa como era seu ninho. Ela então se deu conta de que aquela conversa trazia saudades. Saudades do mesmo ninho, mas que agora aninhava outra.
Restou-lhe voar e encontrar outros ninhos, um aqui outro acola. Ou talvez o contrário pudesse se dar e esta história seria outra.
Dia surge, em que o homem reconhece em si mesmo o encontro de toda busca. No sublime santuário íntimo nos desfazemos de tudo que não somos e nos reconhecemos no Amor que permeia os átomos de todas as criaturas e todas as coisas. Em instantes como esse, nos tornamos inseparáveis de qualquer pensar, sentir ou existir. E sentimos que somente isso é possível ser real. Não há mais o que ser alcançado. Toda a busca cessa.
É nesse teu olhar que eu me perco... É nesse teu jeitinho de menina que eu me encontro... É nesse teu sorriso bobo que eu faço confusão... É nos teus braços que eu tenho minha paz...