Encontro
"Quando duas almas se encontram pelo amor, o universo conspira para que, em cada novo reencontro, elas continuem escrevendo a história de sua evolução conjunta."
"O amor verdadeiro é eterno, pois é a união de duas almas que, além das limitações do tempo e do corpo, se reencontram em cada existência para seguir evoluindo juntas, na luz e no infinito."
"No romance verdadeiro, duas almas caminham juntas em direção à luz, nutrindo-se do amor e da compreensão, fortalecendo-se mutuamente na jornada de crescimento espiritual."
"A vida é uma jornada de aprendizado e transformação, onde cada experiência é uma lição que nos aproxima da nossa verdadeira essência. Devemos acolher as dificuldades como oportunidades de crescimento e cultivar a gratidão em nosso coração, pois cada passo dado é um passo em direção à luz que brilha dentro de nós. Lembre-se: somos espíritos eternos, em constante evolução, e cada ato de amor e bondade ressoa na eternidade."
[...]
Responda-me,
Senhor dos pássaros
Sob o olhar daquela árvore
o pássaro respondeu:
Estou esperando
um sinal do céu
*
-- Ainda é tarde
Oh! Dona árvore ,
sua hora de canção é meia noite
na plenitude das horas
que somente tu sabes
A imagem dos teus solos
Eu sempre costumo ser inteira e intensa com as pessoas e com você isso não foi diferente. Eu te ofereci minhas mãos, meus abraços, meus ombros, meus ouvidos, minha alma e meu coração, eu te dei o melhor de mim mesma. Vivi no seu mundo pra poder me alinhar a ele, me fiz, me quebrei, me refiz e me encolhi em cantos pequenos só pra caber em você. Te dei meus melhores sorrisos, meus melhores olhares e te fiz conhecer detalhes íntimos meus. Mas isso foi um erro, quando tudo se ajustou e você se refez, eu já não tinha mais espaço na sua vida e você me deu as costas. Partiu me deixando partida, sobre os escombros do que eu chamei de amor e cuidei para ser. E foi sem ao menos dizer tchau ou me agradecer por ter feito os reparos que você precisava. Foi um adeus sem palavras, silencioso mas que doeu como se fosse um tiro. E agora eu voltei a estaca zero, estou me refazendo e me reinventando mais uma vez, só que dessa vez ninguém mais vai conseguir me tornar pequena para caber em mundos minúsculos, porque eu aceitei que sou incrível. Eu descobri que sou um imenso oceano e jamais vou aceitar ser copo de água novamente.
Somos energias passageiras que vão escoando pelas entranhas das nuvens até o firmamento. Somos pobres em matéria que pode definhar a qualquer momento, instantes. Lá, do "Alto" eles olham e veem como somos hilários, crianças malcriadas, "birrando", teimando contra a morte, contra o tempo. Lá, no "Alto" não precisam de antidepressivos, nem de conhaque. Levei uns trocados, porém na bancada do "Alto" a moeda de troca eram respostas. Todos tinham o mesmo valor social, pois as respostas, só, tinham valor quanto a sua veracidade e benevolência.
Quando almas cósmicas se reencontram,
todo o Universo para pra ver.
Pois a fragrância resultante deste encontro, perfuma todo o Cosmos.
O encontro com Deus é um lugar onde o individuo encontra-se consigo mesmo e desenvolve sua relação com o eterno.
ARTE DO ENCONTRO
Poesia é a arte do encontro
A caneta encontra-se com o papel
O papel com a palavra
A palavra com o poema
O poema com o leitor
Poesia é a arte do encontro
Encontro-me com Ela
Com o outro
Encontro comigo mesma
Mas há vezes que na poesia consigo me perder.
Do valor que se dá
E lá estava ela, no alto, no topo da frondosa e imponente árvore. Seu ninho parecia o mais belo visto daquela distância na ponta do penhasco que se erguia acima da floresta.
Naquele ninho teria encontrado o que procurava. Não era um ninho qualquer, mas sim um amontoado de gravetos torcidos e entrelaçados com pitadas de paixão, amor, prazer, esforço e dedicação.
No começo aquele lindo ninho supria as necessidades plenamente. Mesmo que estas fossem aumentando, e se tornando descabidas, até que em um momento, um segundo, um instante, tornou-se pouco relevante.
Desde então o ninho foi deixando de suprir as necessidades, em um primeiro momento puramente por se sentir pouco valorizado e solitário. Ela mal percebeu o que acontecia, pois passava o tempo a voar. Parecia ter se cansado ou se desinteressado daquilo que conquistou arduamente.
Lá fora tudo parecia mais lindo, mais intenso, mais gostoso, melhor. E a cada voo, mais parecia perceber que a felicidade estava lá, lá do outro lado, em outro lugar naquela floresta, linda, quente, úmida e cheia de possibilidades de novas descobertas.
O ninho ali permaneceu e se entregou. Já não tinha mais o valor que outrora tivera. Desistiu de qualquer esforço uma vez que logo percebeu do que se tratava. Uma ilusão comum, gerada por aves comuns que se faziam parecer diferentes, especiais, mas apenas estavam travestidas de penas compradas que lhes encobriam as verdadeiras. Compradas nas pedras, nos galhos altos, nos galhos baixos, nos cantos e recantos da floresta.
Ela voando avistou outros ninhos, cada um mais belo e interessante que o outro. Uma libélula amiga do ninho, pousada em prosa com ele, passou um tempo a observar o que ele observava e se manifestou. “Olha meu amigo, o que vejo é o simples vazio. Um mimo ao ser ganhado e conquistado deixa de ter valor para dar lugar a outro mimo mesmo que este seja o mesmo mimo.” O ninho suspirou e sorriu. Estava pronto para receber nova visita, novas penas que não se soltassem com facilidade.
Ela pousou em um destes ninhos e foi feliz, logo depois noutro e feliz foi novamente e noutro e noutro e noutro. O problema é que entre um e outro momento de felicidade dava-se o seu contrário. A infelicidade. Ora, dizia ela, sempre culpa destes ninhos.
Num destes momentos de insatisfação avistou o ninho no alto, no topo da imponente árvore e sentiu-se como sempre. Que ninho belo e interessante. Pensou logo que poderia dar umas rodopiadas por lá para ver como estava. Mas ele estava diferente. Mas era o mesmo, igual. Ficou intrigada.
Ela, num dia alisando as penas nas pedras para embeleza-las encontrou outra. Outra que contava garbosa como era seu ninho. Ela então se deu conta de que aquela conversa trazia saudades. Saudades do mesmo ninho, mas que agora aninhava outra.
Restou-lhe voar e encontrar outros ninhos, um aqui outro acola. Ou talvez o contrário pudesse se dar e esta história seria outra.
O encontro do meu olhar ao seu. É como a profundidade próximo ao oceano.
Onde me perdi, delirei e sonhei. E essa união fez crescer esse um sentimento. E com o sussurro dos ventos veio suas palavras para confirmar que é amor!
Quero de Volta
Quero de volta minhas noites de chuva, minhas estrelas, meu céu nublado e o vento cortado.
Minha lua em todos os estágios. Nova, crescente, quarto crescente, cheia, minguante e quarto minguante.
Deitar na grama, na areia ou na terra para viajar no espaço e ver as figuras que se formam com o movimento das nuvens. Balançar na rede e embalar a rede.
O papo solto, os assuntos proibidos, os assuntos leves e também os pesados. As verdades de qualquer estirpe.
As músicas de qualquer espécie. As espécies que falam da gente e que falam nada. Que fazem sentido e que sentido não tem.
Quero de volta o acordar mais tarde com o peso do teu corpo e o carinho de um beijo.
O roçar de dedos, de mãos, de pernas, de narizes, línguas e corpos, do roçar das mentes. Os prazeres, arrepios e gozos.
As pernas que pesam umas sobre as outras, as pernas que descansam umas nas outras. As pernas que seguem as mesmas trilhas, que caem e se levantam, que se cortam e se cuidam.
Os pés que acariciam outros pés. Os olhos e olhares diretos, furtivos e de lado. O cuidado do corpo, da alma, das feridas, dos achares e dos pensares.
As brincadeiras sem graça com grandes risadas, risadas que não acabam e risadas da seriedade.
Quero de volta a honesta palavra e a atitude honesta. O reto, sem subterfúgios, as escolhas diretas, a prioridade, o correto jeito das coisas.
A transparência das roupas, da alma e da mente. As corridas, os treinos, a endorfina, o prazer da diversão a cada passo, a cada papo, a cada abraço, a cada pingo, pingo de suor, suor que encharca, encharca o corpo e a alma.
Quero de volta meus sonhos, meus pesadelos, minhas ilusões, minhas desilusões, fantasias, viagens e imaginações.
Quero de volta as surpresas feitas, as surpresas recebidas.
Quero de volta a alegria pura, a felicidade gratuita, o encontro por acaso e também o descarado.
Quero de volta o namoro na chuva.
Mas nos iludimos, acreditando que as mudanças súbitas ocorrem fora da ordem normal das coisas. Como um acidente de carro. Ou que estão fora de nosso controle, como uma doença fatal. Não concebemos as transformações súbitas, radicais e irracionais como parte da própria essência da vida. Mas é isso. E a teoria do caos nos mostra que a linearidade pura, que acostumamos a aceitar como válida para tudo, da física à ficção, simplesmente não existe. A linearidade é uma maneira artificial de encarar o mundo. A vida real não é feita de uma série de eventos interligados, ocorrendo um após o outro, como contas de um colar. A vida, na verdade, é uma série de encontros, onde cada evento pode mudar os que se seguem de maneira imprevisível, devastadora até.
Sinto saudade já sentia até mesmo antes da tua boca conhecer
Sinto saudade das conversas na rede social quando você não tinha nada pra fazer
Sinto saudade de você de recuperação
Eu fiquei na expectativa, torcendo, rezando, pra você não reprovar não
Sinto saudade da nossa primeira vez na praça, aquela aflição
Eu tava com medo de vim me ver até um dia você segurar minha mão
Sinto saudade do nosso silêncio, da cena, do quase beijo roubado
Do frio na barriga e a mão gelada sabendo que tava ao seu lado
Eu sinto saudade
Eu fico, eu vivo, sentindo a sua saudade, de nós, daquela sua voz
Saudade da gente, saudade é pra sempre
Eu vivo sentindo a sua saudade
Sinto saudade do meu olhar torto, pouco a pouco
Me descobrindo o seu
Da gente se emocionando
Se amando sem acreditar, mas aconteceu
Sinto saudade daquela meia covinha estampada em seu sorriso
Toda envergonhada quando eu te falei casa comigo
Eu sinto saudade
Eu fico, eu vivo, sentindo a sua saudade, de nós, daquela sua voz
Saudade da gente, saudade é pra sempre
Eu vivo sentindo a sua saudade
Eu sinto saudade
As verdadeiras amizades não acabam, nem o tempo, nem a distância têm força sobre elas. Basta que voltemos a nos falar para que todo o calor da relação volte, trazendo o mesmo aconchego de sempre. São muito mais do que relações físicas, são verdadeiros encontros de almas.