Enchente
O Que Há De Melhor Em Você
O que dirá essa gente
Quando a enchente passar
O que fará a semente
Se você não regar,
O teimoso vai ser
O que você atiçar
Seja do bem
E pague pra ver
Atice em você
O que há de melhor,
Ninguém vai te amaldiçoar
Se você crê
No que faz
E a cada dia faz por querer
Ou gostar,
Irreverente é quem faz
Tudo isso por viver
Ou amar,
O resto aos poucos acontece
Basta você querer
E no sonho acreditar.
Nasci em 83
sou cria da enchente
aprendi a nadar na vida
boiar se for necessário…
Olha que muitas vezes
como disse o profeta,
"águas que me tocam os artelhos"
mas eu continuo a andar…
Nasci em 83
brinquei de elástico,
abracei um boneco de plástico,
aprendi a cirandar,
cheirar parede sem criar caso…
E olha que muitas vezes
como disse Ezequiel,
"águas que me dão pelos joelhos"
e eu continuo a marchar…
Nasci em 83
usei anel de chiclete,
(escondido do pai)
aprendi a cantar inglês errado,
improvisar se for o caso…
E olha que muitas vezes
como disse o profeta,
"águas que me dão pelos lombos"
mas eu continuo a me arrastar…
Nasci em 83
me apaixonei por Jaspion,
fui mal influenciada por Alf,
aprendi a brincar de correr,
esfolar os joelhos com frequência…
E olha que muitas vezes
como disse Ezequiel,
"águas que se deve passar a nado"
mas mesmo nadando eu passo…
Nasci em 83
brinquei com panelas de barro,
aprendi a correr de vacas,
pular cercas se for o único escape…
E olha que muitas vezes
como disse o profeta,
"rio pelo qual não se pode passar"
mas eu flutuo, e passo…
Nasci em 83
sou cria da enchente
faço barco de papel,
acredito em profetas,
não me deixo afogar.
E se as aguas inundam meu caminho
eu aprendo a mergulhar.
Se a casa caiu ,vamos levantar
Se a enchente deu ,o negócio é nadar.
Se o fogo ta pegando ,vamos logo apagar.
Se a planta morreu,bota outra no lugar.
O negócio é agir ,para de reclamar.
Pois enquanto tu reclamas, a vida corre sem parar.(A.J)
“A adiada enchente
Velho, não.
Entardecido, talvez.
Antigo, sim”.
(em "Idades cidades divindades". Lisboa: Editorial Caminho, 2007.)
Pensamento do dia
Se fizer a prevenção de levantar a barragem antes da enchente, será sensato, se o fizer sem nenhum motivo está se tornando paranoico.
Quando eu vim de minha terra, passei na enchente nadando... Passei frio, passei fome... passei dez dia chorando... por saber que minha vida... pra sempre estava passando!... nos passo desse Calvário __ tinha ninguém me ajudando ... estava como um passarinho __perdido __ fora do Bando !..."
Emoção, corrente que invade o corpo e ilumina a alma, assim como uma enchente, transborda em lágrimas a alegria ou a tristeza que conforta na comunhão compartilhada dos sentimentos.
Fome, miséria, enchentes e destruição
Guerras sem nexo, terror, atentados, orgulho e incompreensão
O medo domina um mundo
Que sente que vai acabar
Escravos do próprio egoísmo alheios à vida, mas Ele virá!
Falsos profetas enganam o povo de Deus
Falsas doutrinas e falsos milagres dão margem, razão aos ateus
Esqueceu-se do dia sagrado
Ignora-se a Lei do Senhor
E quem não ignora estatutos
ignora a essência da lei que é o amor
Mas Ele virá!!!
LÁGRIMAS DO CÉU
Márcio Souza. (23/10/15)
Que as águas das chuvas sejam abençoadas,
Sem enchentes cruéis e sem tempestades,
Matando a sede das plantas com a terra molhada,
Que tragam tragam farturas e prosperidade.
Que as águas das chuvas, sejam chuvas de amores,
Que sejam de paz e somente alegrias,
Que sejam suaves como os perfumes das flores,
Para que a Mãe Natureza floresça e sorria.
Que as águas das chuvas não tragam tristezas,
Não tragam pra terra tragédia e horrores,
Porque são lágrimas do céu regando a Natureza,
Dando vida às vidas, belezas e amores.
Márcio Souza.
(Direitos autorais reservados).
VIDA CHUVOSA
Só vai parar de chover causando enchentes funestas na sua vida quando você parar de dar importância pra tudo aquilo que confunde e aborrece!
Amazonense teu tempero é o teu segredo enchente de desejos que faz te amar,O teu carinho teu dengo teu jeitinho olha já me conquistou mulher que me faz sonhar.
No Rio de Janeiro, na época das enchentes é comum se ver famílias inteiras vivendo sobre o mesmo teto.
Às vezes a única coisa que precisamos fazer é chorar, ser sujeito da própria enchente. Presenciamos injustiças frequentes, mas a pressa cotidiana nos obriga a engolir e aceitá-las. Eles dizem para ficarmos felizes sempre: sorriso; cumprimento; conversas de ônibus. Que agonia!
Nós, moradores de nós mesmos, enfrentamos chuvas e tempestades, e até terremotos pela esquina, e aos poucos as consequências surgem. Porém, em cada pouco há uma dor profunda e uma noite mal dormida, e o que fazemos diante isso é omitir e cada vez mais mentir. Mentiras com olhares profundos de perdição, que ninguém compreende ou até se preocupa.
Estamos atrasados para os dias. A ideia de falsa felicidade nos cega e nos suga, e o tempo não espera, no final que é presente assistimos ao egoísmo e ao egocentrismo sem sequer nos olharmos no espelho e buscarmos melhoras ao notar semelhanças com quem tanto julgamos.
Todos sofremos e temos diferentes formas de desabo, mas não há ninguém para uma conversa e um abraço, pois todos estamos medrosos de cair na tentação da tristeza.
O sistema que nos envolve nos faz pensar que não temos tempo para lágrimas e é esse o motivo maior de querermos escondê-las e fingirmos que não há razão para tê-las. E a consequência disso? Está na intolerância e inconsequência: pois acabamos por nos cegar com uma felicidade passageira, achando que ela nunca acabará; e por não ver seriedade nas fragilidades do outro, achando que é passageiro. Além da felicidade e bem estar forçados e robotizados, interpretados apenas para cobrir nosso senso de injustiça e nossa verdade, falsificando cada vez mais as relações.
É de paradoxos que estamos vivendo a vida
De promessas dos políticos para acabar com as enchentes no Rio de Janeiro o eleitor está cheio; quase transbordando.
A narrativa de José Lins´do Rego tem a força das enchentes do Rio Paraíba que vai invadindo tudo que encontra pela frente até desaguar no grande mar/coração do leitor.
"Quando ouvi a canção dos teus lábios, enchentes meu coração com um beijo único. Deste-me a liberdade e não resisti. Numa noite morna e suave fixamo-nos olhos um do outro e não deixeis sentir falta deste doce amor que aos meus braços sentistes"
- John.
As vezes parece que tem tanta coisa no mundo que não conseguimos controlar. Terremotos, enchentes, Reality shows, mas é importante lembrar as coisas que podemos ter. Como perdão, como segundas chances, recomeços. A unica coisa que faz o mundo se transformar de um local solitário em um belo lugar, é o amor. O amor em todas as suas formas. O amor nos trás esperança.