Encerrando ciclos: mensagens e textos para fechar um capítulo
Meu jardim
Início
Uma única flor
Inibida
Veio a brisa
De tanto querer
Lindamente desabrochou
Meio
Aquecida
Sol e vida
Sorriu
De tanto amor
Mudou de cor
Fim
O tempo passou
Veio a chuva
Chorou
De tanto sentir
Chegou ao fim
Há outros jardins…
Cara de começo
mudança não de endereço.
O fim que mereço
sem pretexto.
Sei que pareço
equivocado,
Mas é que você
não tem notado
o parentesco
da nova poesia
com o velho ditado.
O tempo não para.
E depois de muito tempo, por fim percebia-se que dentro daquelas circunstâncias, uma força maior regia. Eu, sendo apenas eu e, você, roxo de tentar, não se atentou e junto a mim escreveu tua história. Ainda ali pensei comigo nas razões de ter chegado naquele lugar e foi quando uma voz me veio à mente: almas mortais, apresento-lhes um novo ciclo de vida.
"Maktub"
Isso é tão estranho... nosso fim, tão derrepente. Um dia estavamos correndo pelas ruas a noite, cantando juntas e conversando até não terem mais assuntos, e em questão de horas tudo acabou. Você me deixou aqui, só... sem entender nada... simplesmente se foi. Como água correndo entre minhas mãos. E eu tive que me reconstruir... tive que colocar todos os nossos momentos, todo amor e confiança em uma estante. Deus sabe todas as noites que eu olhava para o céu e lembrava de todas nós e pedia que vocês não fossem embora. Doeu, e ainda dói, mas se faz necessário esse encerramento. É estranho agora, ter que olhar para vocês e não sentir mais vontade de abrassa-las, é estranho pensar que antes eu lembrava dos nossos momentos e dava risadas, e agora os risos se tornaram saudade, é estranho ver meu amor se secando por vocês cada dia mais e pior ainda, reconhecer que vocês curaram algumas feridas, porém, abriram novas e aprofundaram outras. Toda essa mudança tão drástica, em tão pouco tempo. Mas é como dizem: "primeiro a gente peita, depois a gente aceita que amores vem e vão".
Mas o que eu quero dizer com isso é que sempre ouvi pessoas falando que tudo acontece com um propósito, e hoje posso reconhecer que por mais difícil que seja nossa situação, ela é um processo... E sempre irão existir processos, e cabe a nós decidir se vamos encarar ou fugir deles... então sim, as vezes se faz necessário que passemos por 'puxões' de tapete, desilusões e decepções, para que possamos aprender e crescer. Sobre vocês, realmente é e está sendo muito difícil lidar com tudo, afinal, foi tudo tão derrepente! Mas sinto que de certa forma isso se fez necessário. Doeu e ainda dói em mim tudo isso, mas como já foi dito aqui... "Maktub".
"Porque a vida é feita
De fins e começos
Todas as noites são um fim
E todas as manhãs são um começo
A vida é feita de ciclos,
esse é o ciclo da vida"
🦋
BIRRA:
Sou um feto, quase 40 semanas e lá estou no ato do parto fazendo birra pela primeira vez, eu não queria ter saído de lá onde estava, lá era quente, aconchegante, confortável, o alimento sempre chegava eu flutuava.
Sou um recém nascido agora, talvez alguns dias apenas e choro com todas as minhas forças, quero preencher o vazio do meu estômago com o leite de minha mãe.
Agora sou criança com pouco menos de 2 anos, quero colocar tudo em minha boca, reconheço o mundo assim, mas meus cuidadores ficam em alerta, afinal posso me engasgar ou até mesmo ter contato com alguma bactéria/infecção, então tomam de mim o objeto e deixo de saciar o meu deleite, eu sou inocente demais para perceber e lá estou mais uma vez aos gritos fazendo birra sem nem ao menos saber o que é birra.
Talvez eu tenha agora uns 4 anos, estou por ali no supermercado ou alguma lojinha e cismo com um doce, ou um brinquedo qualquer, toda vez que saio com a mamãe acabo ficando encantado com o colorido das embalagens, é quase que irresistível para meus olhinhos. Eu pego na mão e quero porque quero, mamãe disse que não, não sabendo argumentar, uso minha arma letal “ choro bem alto mais uma vez”, às vezes funciona e eu ganho a coisa que é objeto do meu desejo. Graças a birra mais uma vez.
O tempo passou e eu sofri calado, não deu pra tirar ela do pensamento...
Brincadeira, essa é só uma frase de uma música que fez sucesso nos anos 90.
O tempo passou e diversas outras cenas se repetiram.
Meu joelho ralou, eu quis assistir até mais tarde, queria um pouco mais de sobremesa, não queria vestir aquela roupa, brincar na rua só mais um pouquinho, fazer o dever de casa, nossa foram tantos momentos, tantas birras.
Iai quando se vê já sabe né ?
São seis horas como diria o grande Drumond.
Quando se vê você já é um pseudo adulto, já está na rota da vida, já foi... o tempo de birra passou, agora aguente.
Aguentei.
Aguentamos.
Costa larga não é isso ?
É isso que nossa espécie faz.
Aguenta e chega no dia seguinte.
Pronto, aqui eu acabaria o tema desse ensaio sobre birra. Sobre o ciclo dela.
Mas me pergunto como posso acabar algo inacabável ?
Só se eu fosse imaculável.
Não sou.
Me diz quem é ?
Portanto sigo escrevendo sobre o objeto de todas as birras, “o aprazível”, que em sua linha tênue das garantias tangíveis me faz inconscientemente voltar ao ato do parto, ao primeiro manifesto de insatisfação, ao primeiro grito de angústia pela satisfação do objeto prazeroso.
Eita animalzinho indomável que sou.
Acho legal a pose no retrato,
A parte boa dos triunfos contados aos cantos do mundo.
Mas eu não, agora não, hoje não, por somente essa noite não, sem embelezamentos constantes que elevam daqui e enclausuram dali.
Hoje só quero expor o animal, o bicho, a forma indomável que joga toda inteligência no chão.
A rasteira instintiva que como diria Leandro Karnal em uma palestra disponível no YouTube “ coloque ingleses finos, educados, refinados, com suas gravatinhas borboletas e os avise que ficarão em uma sala trancados por um mês e o único alimento que terão será um Danoninho, um único Danoninho”, em poucos minutos teríamos segundo Karnal toda queda dos bons costumes.
Me arriscaria em citar o mestre Pondé quando diz “ Se ficássemos sem energia elétrica, em algumas semanas voltaríamos para a pré história”.
A ficção científica já brinca com isso também, (The 100, the walking dead) e por aí vai.
Olho por olho.
Dente por dente.
“ Um por todos e todos por um só nos mosqueteiros”.
Na vida real mesmo é como na vila do sossego do Zé Ramalho “ Na tortura, toda carne se trai”.
Ou pode ser que nas palavras de
Maslow tudo se encaixe mais adequadamente com os desejos e as necessidades que chegam primeiro na corrida dos desejos humanos.
Se é sobre sobreviver então mais uma vez encontramos um amigo para nos fortalecer o pensamento:
Charles Robert Darwin com sua teoria da evolução.
Melhor adaptação, reprodução e que a vida continue.
Fim !
Ou começo ?
Fim!
Ou início ?
A birra : ato ou disposição de insistir obstinadamente em um comportamento ou de não mudar de ideia ou opinião; teima, teimosia. Quando renitente e motivado por algum capricho, paixão ou suscetibilidade; implicância, má vontade.
Isso que chamamos de birra, é benéfico ?
Ou é um pouco de nós que morre ao gastarmos energia com nossas convicções na hipótese de serem estupidas e destruidoras ?
Eu fiz muito birra.
Nenhuma delas me matou.
Me fizeram chorar. Me causaram angústia e frustrações. Mas com os anos fui percebendo melhor as regrinhas do que podia ou não podia em sociedade, ficou tudo bem pra mim, assim como deve ter ficado pra você também, tão bem que se uma criança quer uma bala antes do almoço e resolve fazer uma birra, eu e você como adultos sãos e dentro de um contexto mínimo de noção, talvez diríamos que não.
E essa criança repetirá o ciclo.
As birras vão mudando de níveis, vai saindo do que antes era uma mama responsável por saciar a fome, para uma bala, um brinquedo, uma brincadeira desmedida até mais tarde e esse poderia ser o ciclo.
Então você cresce: passa pelos 20, 30, talvez 40, talvez 50 ou 60 anos.
Você não quer mais tanta bala quanto queria antes, as brincadeiras já ficaram pros filhos, netos, sobrinhos ou para as crianças de seus vizinhos.
Motivos para birra já não há mais.
Motivos, motivos, motivos mesmo, daqueles incompreensíveis tais como eram em sua infância ou talvez adolescia, no máximo juventude.
Qual a questão então ?
O adulto só muda de endereço.
Um baiano que muda para o Goiás ainda será um baiano.
Um goiano que muda para São Paulo ainda será um goiano.
Até eu mesmo que nasci no Piauí e sair carregado nos braços com menos de dois anos em direção à Brasília, ainda sou um Piauiense. Tudo bem, não tenho sotaque, não sou adepto a culinária, não conheço todo regionalismo, mas sou. Minha raiz é. Minha árvore genealógica ascende ali.
A criança sai da infância metaforicamente falando e caminha para vida adulta.
Mas ainda é uma grande birrenta !
Só que por desejos diferentes.
Qual o problema disso ?
Nenhum, tá tudo bem, desde que não custe a sua vida.
Depois de quase apagar a luz do sol e virar poeira, me despeço da parte animal e indomável em mim que é uma manisfestante materializada em forma de birra, para que eu permita o ascender do amanhecer diante das minhas pupilas e que a íris de meus olhos possa continuar captando beleza.
Bem vindo Antônimo.
“O Antônimo de birra” depois de chegar nas últimas consequências é o único caminho para que os batimentos cardíacos não se encerrem antes do tempo.
Tiago Szymel
PRECE DE FIM DE SEMANA
Senhor, depois de realizarmos intenso trabalho e/ou estudo desde o início desta semana, venho lhe pedir graças, proteção, saúde e paz para mim, minha família e meus amigos; que nossas horas de lazer e descanso sejam repletas de amor, bondade e felicidade; que nenhum acidente ocorra conosco. Rogo-lhe que esteja sempre do nosso lado, renovando nossas forças e guiando nossos passos para que nenhum mal nos atinja e, assim, prosseguirmos e continuarmos evoluindo no belo ciclo da vida. Amém.
Fim, estranho uma frase começar com essa palavra, com significado triste e profundo, tendo como esperança que, apenas é o inicio de um novo ciclo.
Os 5 últimos grandes eventos de extinção em massa ocorreram com um intervalo médio de 50 a 100 milhões de anos entre eles.
Em 2024, passaram 66 milhões desde o último evento de extinção em massa terrestre.
Pelos sinais da natureza, está chegando o próximo?
Na vida, cada começo está condenado a um fim
A cada fim, ficamos a espera de um novo recomeço
Chamo-lhe ciclo da vida...
Após alguns acontecimentos vi que já não me encaixava em lugar algum;
Vi que estava ocupando um espaço ao qual não me pertence, vi que tava na hora de voltar a caminhar e sair da zona de conforto...
Pois estava ocupando um espaço como se fosse um objeto, e percebi que estava estagnado a esper a de algum tipo de reconhecimento, mas na verdade isso nunca iria acontecer... Porque a vida está sempre em movimento, sempre se renovando e eu não sei como deixei chegar a esse ponto, onde tudo foi estagnado e agora a única saída é acompanhar a vida em se u ciclo eterno.
Almas humanas são como reflexos na água. As pessoas as vezes falam exatamente o oposto do que realmente sentem. Mas essencialmente o coração humano que se conectar a outro, aceitando-o. Mesmo que seja um coração de uma besta.
LIBERTE-SE
Os últimos resquícios de luz solar se tornaram memórias
Um vento seco deixava beijos ásperos na minha pele sussurrando pesos e histórias
Nuvens escuras se reuniam pesando o azul escuro do firmamento
O mundo se recolhia em cândida letargia e inócuo lamento
As paredes enquadravam um mundo de sentimentos que já não me cabia
Os móveis cantavam em tons roucos que eu não me permitia
Eram marcas de eras douradas que a ferrugem corroeu
Melodias encantadas de um sonho que a realidade varreu
O silêncio gritava como testemunha pungente de todas as risadas que ouviu
A quietude tinha o gosto de beijos e cheirava como cada gota de perfume que caiu
Tudo e nada se envolviam em um mundo amorfo e sinfônico
Cantado por um casal de desconhecido em um tom anacrônico
Em meio a balbúrdia ouvi um riso que não fazia parte daquele final
Procurei sua fonte, incerto de querer descobrir, e cheguei a um estranho vitral
Havia luzes amareladas forçando entrada e lançando luz no meu chão
Caminhei penosamente mas cheguei até lá e tive a mais bela surpresa, o mundo ainda brilhava ao alcance da minha mão
Não queriam me deixar, me prendiam em fios ásperos de memórias e sonhos que não vão mais servir
Mas eu deveria partir, em algum momento todos devemos ir
As ruas estavam iluminadas e uma música qualquer soava por uma janela aberta
Caminhei, corri, voei sem me preocupar com rumo ou direção certa
Não era um lugar qualquer, era meu mundo de trilhas enlameadas e preciosas escolhas
E não era apenas uma vida, era minha vida que brilhava no redemoinho daquelas pálidas folhas
Era eu como queria e escolhia ser enquanto dançava e chorava sob o sol nascente
Eu era passado, futuro, amores e dores, a essência de tudo cozido no coração de uma estrela cadente.
EXPERIÊNCIA DO FIM
Salgadinho, refrigerante e presente do amigo oculto... era assim que terminava todos os anos na escola. Era muito gostoso saber q no próximo dia eu e ja estava de férias e talvez melhor ainda, um tempo depois, aguardar ansiosamente pela próxima turma que entraria.
Esse era o meu ciclo por anos. Quando terminou o ensino médio um ciclo diferente se estabeleceu e lá novamente as mesmas sensações. Só mudava a situação mas a vontade em seguir era a mesma.
Eu sempre pensei sobre isso, sobre os ciclos que fazem nós gerarmos forças de vontade e seguirmos, porém as experiências sobre o "fim" de algo que tive, até hoje, eram sequênciais para um outro fator, por consequência se seguia.
Enfim, nunca realmente terminava, apenas começava algo diferente.
Envelhecer e estar perto do Fim sem nao se seguir mais ciclos deve ser uma experiência totalmente diferente das anteriores. Este fim é sua assinatura e achamos que ela deve ser bem estabelecida.
Quando ficar velho quero colocar mais dois pontinhos no Ponto Final e transforma-lo em Reticências. Quero tentar me sentir como eu era quando criança na escola, esperando acabar para poder começar novamente.
Este é o momento de vislumbrarmos a imagem da nossa essência espelhada nas águas cristalinas da nossa própria verdade para percebermos que é necessário desapegar-se do que se foi para empreender outras direções.
Tal como um capítulo de um livro chega ao fim,
Tal como um filme de uma grandiosa saga se encerra,
Mais esse ciclo se fecha.
Uma coisa é comum à todas as obras:
As melhores histórias, tramas e enredos
São as que transformam os personagens.
“Grandes mudanças, grandes histórias”
Mais um ano termina...
Houveram páginas sombrias,
De dor, luta e sofrimento.
Mas também houveram páginas douradas,
De glória, alívio e alegrias.
Perceba que a cada percalço no caminho,
E a cada bênção recebida,
Seus personagens se modificaram.
Já não somos os mesmos de um ano atrás...
O tempo é contínuo.
Nossas histórias também.
Evoluindo em constante movimento.
O tempo dividido em anos nos permite escolher
Se o próximo capítulo de nossa saga
Será uma sequência ou algo novo.
Não importa.
Serão 365 novas páginas em branco
Com infinitas possibilidades e oportunidades,
Onde você é o personagem principal,
Mas também é o autor.
Então que venha o ano novo...
Com novas lutas...
Novos desafios...
Novos sorrisos...
Novos personagens...
E novas histórias!
Façamos um capítulo de tirar o fôlego!
Façamos cada palavra,
Sentimento,
E emoção
Valerem a pena
Na história de nossas vidas!
Um ano grandioso à todos!
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