Emprego

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Às vezes pensamos que alguém tem uma vida perfeita. Seja porque faz uma faculdade ou porque tem um bom emprego. Mas lá no fundo há coisas que só essa pessoa sabe, só essa pessoa sente, só essa pessoa vive. É como diz a canção: "cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração".

Inserida por CarlinhosMinas

OS DENTES DE JOÃOZINHO

Joãozinho apareceu no primeiro dia de trabalho com um par de sapatos maior que o seu pé. As roupas, bem largas, dançavam em seu corpo delgado. Ainda não havia recebido o uniforme azul para a labuta, e por isso precisou improvisar. Todo mundo reparou o seu jeito meio desconjuntado, mas ninguém comentou patavina.

No outro dia, já de uniforme e sapatos luzentes do seu tamanho, veio de cabelos bem penteados e unhas cortadas. Apresentava-se sempre sorridente e cortês, assim como havia aprendido em seu treinamento para ser um jovem aprendiz, e assim também como, decerto, ditava a sua própria natureza.

Os dias foram passando e todo mundo se afeiçoou ao Joãozinho. Um garoto de costumes simples e jeito humilde, mostrava-se sempre prestativo, educado, gentil e bem humorado.

Pele negra, estatura pequena, bastante magro, cabeça ovalada enfeitada de madeixas negras encaracoladas, mãos, pés e orelhas desproporcionais, Joãozinho no auge de sua adolescência, tinha os dentes grandes e brancos sempre ostentados em um sorriso.

– Joãozinho, você cuida muito bem desses seus dentes, hein? – Disse como forma de encômio, no intervalo do café.

– Sim, senhora, cuido sim. Na verdade a mamãe faz uma fileira conosco todas as manhãs e no fim do dia. Ela mesma escova nossos dentes.

Sem entender muito bem aquela resposta, continuei meus questionamentos:

– Como assim João? Você já tem 15 anos de idade, já sabe escovar seus dentes sozinho. Sua mãe não precisa mais te ajudar.

– Sabe, dona, lá em casa a água é difícil. E não temos escova de dente. Mamãe pegou alguns sabugos de milho, cortou assim ó (mostrou com as mãos vários longos cortes na vertical) e cada um de nós tem uma “lasca”. Somos doze, né…

Eu continuei ouvindo estarrecida, não imaginava que era aquela a realidade de Joãozinho.

– Dos doze, dona, dez já tem dentes, dois são muito bebês ainda. Daí mamãe guarda nossas “escovas” bem organizadas na beira da prateleira e cobre com um paninho bem limpo. De manhã e à noitinha ela nos coloca enfileirados por ordem de tamanho, e começa o trabalho do menor para o maior. Os pequenos, que não tem dentes, ela limpa direitinho a boca e as gengivas com um rasgo de fralda umedecida na água. Na sequência, ela vai pegando as nossas “escovas”, passando um pouco de sabão de coco na ponta e esperamos todos de boca bem aberta. Mamãe é muito inteligente, dona, ela nunca confunde nossas “escovas” para não correr o risco de pegarmos bactérias da boca um do outro.

Joãozinho descrevia aquele rito com uma absurda riqueza de detalhes, e com os olhos tremeluzindo de orgulho da sua tutora esmerada. E ainda teve mais:

– Ela escova nossos dentes, dona, pois pela manhã, por exemplo, só temos um balde grande de água para tudo. E mamãe, para não desperdiçar, faz o trabalho ela mesma, evitando que entornemos ou que um de nós use mais água que o outro. Ela pega o copo de ferver a água do café, enche, e faz com que aquela porção dê conta de todos os nossos dentes. Sabe, dona, sabão de coco não é muito gostoso não, mas olha o resultado (e arreganhou os dentões todo soberbo). Como sou o maior e mais velho, sempre fico por último, e às vezes saio de casa com gosto de sabão na boca, pois o que sobra de água para mim para retirá-lo às vezes é bem pouquinho.

Joãozinho relatou sua higiene bucal e a de seus irmãos com muito empolgamento e a mesma alegria estampada na cara, do começo ao fim. Pelo que se podia perceber, era um momento ímpar de união familiar e partilha, promovido pela mãe daquela trupe.

Após o seu relato, engasgada, não consegui falar muita coisa. Terminei o meu café, já frio, agradeci pela história em murmurejo e saí dali de volta para o meu gabinete de trabalho. Mas não consegui ficar sentada por muito tempo. Peguei a minha bolsa e avisei a minha secretaria que iria rapidamente a um supermercado nas redondezas.

No final do expediente, como era de costume, Joãozinho foi até a minha sala perguntar se existia mais alguma demanda para aquele dia, e, em caso de minha negativa, sempre se despedia com o mesmo mantra “deus te abençoe, te dê tudo em dobro e a faça sonhar com anjinhos, dona”.

Estendi a mão com uma sacola plástica com as compras recém-adquiridas e entreguei ao Joãozinho. Lá dentro quinze escovas de dente de tamanhos e cores variados, alguns pacotes de algodão, dois pacotes grandes de lenços umedecidos, cinco tubos de pasta de dente com sabores diversos, um vidro grande de enxaguante bucal e duas embalagens de fita dental.

– Toma João, coloca na prateleira da sua mãe.

João recebeu a sacola com uma interrogação na fronte. Abriu e espiou, matreiro. João não sabia o que fazer de tanta satisfação. Abriu, vislumbrou e fechou aquela sacola plástica um milhão de vezes, como se ali escondesse uma grande e reluzente barra de ouro. Ele não acreditava no que via. Não sabia se agradecia, se me abraçava ou se saía correndo dali para encontrar logo a mãe.

– Dona, isso é pra nós mesmo? É sério? – Perguntou, com os olhos marejados.

– Corre, João, sua mãe precisa se organizar para o ritual da tarde. – Respondi.

Joãozinho, se não bastasse, deixou a sacola sobre a mesa, e subitamente, ajoelhou aos meus pés principiando um Pai Nosso bem alto, com as mãos para cima. Tentei retirá-lo dali puxando-o pelo braço, constrangida, mas foi em vão levantá-lo. Deixei-o terminar a sua oração. Era o seu jeito de agradecer por aquele gesto tão ínfimo da minha parte.

– Deus te abençoe, te dê tudo em dobro e a faça sonhar com anjinhos, dona.

E aconteceu. Naquela mesma noite eu sonhei que estava no Céu. Doze anjos negros e lindos, cabelos pretos encaracolados, vestidos de branco, asas enormes, suspensos do chão, cantando divinamente em uníssono, alinhados, mostrando os seus sorrisos com dentes tão brilhantes que ofuscavam o meu olhar…

Inserida por nivea_almeida

⁠"Alguém previu que o caminho seria íngreme, árduo, tortuoso. Como eu não acredito em previsões sem fundamentos, resolvi percorrê-lo e descobri que as previsões estavam certas. Após ter enfrentado, comecei a ensinar o caminho e orientar na jornada a quem quisesse fazer o mesmo. Resultado? Ganhei um trabalho e o vidente perdeu o emprego."

Inserida por glauberlimadesouza

⁠"A maternidade não inutiliza a mulher e, sim a torna muito mais forte".

Inserida por soualineoficial

Hoje em dia as pessoas nem podem ficar aflitas pelo fim de semana, mas sim saber se ainda tem emprego na segunda.

Inserida por swamipaatrashankara

Nós sentimos uma falsa segurança quando nos acostumamos a receber nosso contracheque. Mas, se você não estiver sempre aprendendo, crescendo e tentando fazer o melhor, provavelmente acabará perdendo seu emprego.

Inserida por pensador

SE VOCÊ COLOCA EM SEU CURRÍCULO:
- Eu aprendo com facilidade!
O selecionador poderá te perguntar:
- Então porque JÁ não colocou algumas coisas que JÁ sabe fazer ?

Inserida por iedaneresdesouza

⁠Apenas um tipo de profissional vai prosperar nessa nova era: o Autodidata

Inserida por julianokimura

⁠Crie sua marca e inverta a procura

Inserida por raphacba

⁠“Infelizmente muitos dos profissionais, que diante da crise econômica não estão conseguindo recolocação no mercado, com o mesmo status que tinham, estão se transformando em Coach.”

Inserida por MVR

⁠Muitas vezes o processo será falho, porém mesmo sem concordarmos com ele, em quanto as modificações neste processo não sejam possíveis de ser implementadas, a nossa insatisfação não nos exime da responsabilidade de continuar usando e buscando o melhor aproveitamento que este processo falho possa render a corporação.

Inserida por 1misterbig

⁠Escrevi no dia que fui mandada embora.

Eu disse que seria só mais um mês e quando dei por mim fui ficando e ficando....
Você nunca me prometeu nada eu quem sou cheia de esperanças,
Em um espaço de tempo eu me questionava se eu estava acomodada ou conformada.

Partir nunca foi a minha intenção porque eu esperava de você mais ação.

Inserida por bru_kethilyn

"Em Pirapora, a nudez do rei (Dom Ratão) é evidente. Apenas os servos e os idiotas, inebriados pelo fanatismo, a confusão ideológica, os interesses pessoais e o cabide de empregos, continuam felizes a aplaudir ou a mugir"...

Inserida por maxrocha

Empregos a escassear
E os preços a aumentar.
Emigrar ou desistir?
Acho bem melhor partir!...

In VERSOS - Trovas e Sonetos

Inserida por antoniovilelagomes

Lá fora somos bandidos,
Atacados e agredidos!

In VERSOS - Trovas e Sonetos

Inserida por antoniovilelagomes

⁠“Viver para pagar boleto é a escravidão da vida moderna. Você vende as horas preciosas da sua vida e submete os seus sonhos e o seu propósito, por qualquer emprego que pague seus boletos.”

Inserida por bruna_moreira_6

⁠Toc,toc têm alguém aí?
Poderia por obséquio me arrumar um trabalho, pode ser de qualquer coisa .

⁠Vender e negociar são talentos que todos devem ter, e quem os tem se sobressai em qualquer situação, seja nos negócios, seja em uma entrevista de emprego, no casamento ou na vida.

Inserida por pensador

⁠SEJA SUBSTITUÍVEL!
Para crescer profissionalmente é preciso ser substituível. Só quando outra pessoa for capaz de realizar as suas tarefas, é que você poderá desempenhar as tarefas de um cargo acima.

Inserida por nathalia_cirne

⁠E toda vez que alguém atrapalha o sustento digno de outrem pelas razões da vaidade do ego, coloca espinheiros no futuro do próprio caminho profissional.

Inserida por admiradoresdotony