Emoções
A vida é um sopro,menina.
Saia dos escombros,encontre-se,seja seu próprio lugar,se abrace ao sentimento de amor próprio,no seu corpo,as vezes inseguro.
É um mundo muito louco e você tem que aguentar firme e se sentir acolhido por aqui as vezes é dolorido.
É tudo tão incerto,que o tempo as vezes fica confuso.
Se perca um pouco,você é seu próprio lar,faça da arte um lugar que alcança,que abraça,que atravessa.
É sobre estar viva agora,sobre se apegar as coisas simples, as coisas simples são tão valiosas e estão ai para você.
Você projeta seus caminhos,levanta paredes,se acolhe em seu teto,pela necessidade de construir seja o que for,que seja honesto,que sacuda e traga algum sentido,que simplesmente seja,sem precisar de explicações,que agora seja leve.
É se acolher na zona de conforto de suas emoções,é real,é o soluço,o lar,o coração a disparar,é a paz de uma pequena casa que acolhe,todas as coisas grandes que carrega no seu pulsar.
Eu quero chorar agora, não depois! Quero ser o primeiro porque se chorar depois dos outros, como vão saber que eu também chorei?
Engoli toda as dúvidas e toda a decepção e toda a raiva e elas eram quase grandes demais, como pílulas de vitaminas que são difíceis de engolir mesmo com água.
A dor é muito útil. Ele avisa sobre o perigo, ensina sobre as ameaças e traz consequências para as suas ações.
Para Pensar
O Apocalipse da Meia Fina.
Por Kate Salomão
Certa vez enquanto eu me arrumava para ir trabalhar, minha avó me observava.
E eu perdida em minha loucura, estava fazendo mil coisas ao mesmo tempo e não encontrava minha meia de fina de jeito nenhum. Eu já havia vasculhado tudo e nada de encontrar.
Minha mãe, tentou falar comigo e eu nervosa dizia:
- Não posso parar para te ouvir ou vou perder a hora.
E minha avó sem dizer uma palavra se quer, só me observava, claramente o
"Apocalipse da meia fina " tinha chegado aquele lar.
E quando eu já tinha chegado ao ápice do meu nervosismo; minha avó colocou uma xícara ☕ de café sobre a mesa e me pediu calma e me disse que tudo daria certo, que às vezes nos preocupamos desnecessariamente e vemos problemas onde não existem.
Eu a olhei e pensei: _- dessa vez a vovó errou!! - A dita cuja da meia fina pode me levar a perder o emprego.
E ai me acalmei forçadamente e justifiquei isso a ela.
A vó Maria me olhou, levantou a sobrancelha, abriu a geladeira e tirou a embalagem com a meia fina de dentro do congelador❄, ( dica, dificulta que a meia fina desfie), e a colocou do lado da xícara de café ☕.
Meu rosto se iluminou.
E ela começou... filha, seu senso de responsabilidade me orgulha e sei que certamente você seria despedida de seu emprego, se hoje não fosse sua folga.
lá
claro que quando lá chegaram
nada mais havia
nem ossos
nem peles
nem músculos
nervos claro que não também
tão bem estava claro
que mais havera de haver
para quem só tinha corações
somente restariam em cinzas as emoções
forte ser, é acordar amanhã e prosseguir...
piu
às vezes sentir
é o só o que
a gente
precisa fazer
e ultrapassa
todas as coisas
e todas as métricas
tudo
A autocompaixão vem antes da aceitação. Sem autocompaixão, não se consegue verdadeiramente aceitar as emoções e pensamentos difíceis e desafiadores. A autocrítica pode minar o esforço de acolher o que acontece dentro da gente.
Nunca é tarde demais
para mudar a relação
com meus pensamentos
e com a história
que eles contam sobre mim
para justificar a sua existência
Não estava chorando porque estava feliz. Não estava chorando porque estava triste. Não estava chorando por causa de minha mãe ou de meu pai ou de Paul. Estava chorando porque estava plena.
No viver de nossos dias nos entregamos à vida com mais força e sentido, amando por amar, pois assim é o amor: não precisa de retribuição, quanto mais damos mais recebemos e nos encantamos.
José Batista de Carvalho
É o seguinte: todo mundo parte de alguma carência. Queremos que nos vejam, nos entendam, nos aceitem, se conectem com a gente. Todos nós queremos que acreditem na gente. A única coisa é que os artistas costumam ser mais… veementes a respeito disso.
Precisei me sentar e repetir algumas vezes para mim mesma: estou em casa, é noite, alguém está batendo na porta, e só então é que consegui controlar os nervos.
Naquela primavera em que a vida era muito dura e eu estava em guerra com o meu destino e não conseguia ver para onde havia de ir, chorava sobretudo nas escadas rolantes das estações de comboio.