Embriaguez
Se com boca esbanjada, corpo sempre entregue, lavando a carne pulsante na embriaguez do desapego, o amor caísse no abismo do esquecimento eterno, seria a cura da alma, mas quando a carne pulsa forte, o sentimento salta, deixando uma ferida que só o tempo será capaz de cicatrizar.
A déspota da alcoolatria, atrai o trágico ser. Tal indivíduo vitimado da embriaguez social! Seria como dizer; os estressados embebedaram-se no desfalecimento da ética pedida com a sobriedade do consolo vivido.
Qual o tamanho da sua fé?
Se for embriagar-se, que seja embriaguez da palavra de Deus...
Que os seus vícios seja em praticar a caridade...
E que a sua fé seja do tamanho de um grão de mostarda...
E não esqueça nunca, que não há nada maior que Deus. Este que assenta-se em seu trono nos céus e descansa seus pés sobre a terra...
Se a embriaguez ocultasse ou amenizasse a sobriedade alcoólica nestes ser alucinado...
que vaga sem rumo certo, sentindo-se derrotado;
pois seus passos cruzam-se para ambos os lados.
De fato é lamentável e triste;
Pudera eu ser um anjo, para surfar entre as nuvens e locomover-me com os ventos;
mas os acontecimentos nos acontecem repentinamente...
enquanto os nossos sonhos profundamente adormecem.
outros se prevalessem julgando-te e ignorando a verdade
pois não assumem que de sí mesmo esquece
Assim permanecem aprisionados pelo próprio desamor;
Quem dera eu ser normal em meio tantos loucos;
ou louco em meio os normais, como os quais rotulam-se;
depende do ponto de vista há quem um palpite arrisca...
mas o "cego" é quem vê melhor...
Pois enxerga muito mais que eu ou você.
Mas afinal, não sou anjo, então quem sou eu?
Quem é você? Na real.
Quem somos nós?
Seres humanos! tenho minhas dúvidas...
Culpa da própria Histórias que nos criou.
Teorias, crendices temos de sobra...
A Ciência se desdobra para explicar tudo;
mas faltam respostas e sobram perguntas;
Independentemente de nossa crença ou religião;
A verdadeira sabedoria só Um à possuí.
Cuja Seu Nome varia, assim como um todo!
Adonay, Javé, Jeová, Allah, Eloah, Braman...
Mawu, Guaraci, Olorun, Zambi, Jahbulon, Oxalá...
Deus...
Meu Deus, nos perdoe por nossa desavença e seus sinônimos.
E nos ilumine trazendo-nos o antônimo de toda essa nossa estupidez.
e que essa embriaguez universal seja curada por Sua Onisciência e Onipresença.
Nesse meu estado de embriaguez, é onde me sinto mais lúcida de tudo. Consigo enxergar o visível e o invisível.
Ouvir o que meus instintos falam, posso sentir a melancolia da solidão, e bailar ao som do silêncio nessa escuridão.
O exercício do BEM e da JUSTIÇA são os vinhos dos fortes. A maldade e a falsidade a embriaguez dos fracos e dos covardes.
Prece
Preciso do veludo
dos teus cílios
da maciez
e da audácia do
teu cheiro
da embriaguez
que vem da
tua boca
Preciso te tocar
preciso voltar
a ouvir
o som
do teu corpo
Embriaguez del desierto
poema de Oscar Portela
Carne desocultada y amanecida siempre.
Carne refugio del áspid y la alucema.
Carne donde despierta el sol y se posan
Las sombras sobre el día anterior al día
En que el desierto vio por vez primera
Sin nostalgia ninguna rodar sobre el cilicio
La negra sombra del insecto primero.
Carne portadora de la carta robada.
Carne sin destinatario ni remitos del cielo.
Carne sin húmeros ni nombres.
Solo cilicio dorado sobre la ardida piel y
El escozor del sol, “la sed”, “la sed”, que se
Exalta en la primér pulsión que conduce
Hacia el dátil y el oasis tan solitario como
Esta carne sin nombre y sin origen, aún sin
Cuerpo y órganos donde posar mirada, buscar
Refugio, ser colonia portadora de territorios
Que pidan ser colonizados por los gérmenes
Portadores de vida - el rayo- los elementos todos
Que ahora vienen hacia el dominio de la nada
Y hacen aquí su labrantío.
¡Oh carne, tierra sin nombre, desierto sin posada!
Inocencia de lo que no tiene antes ni después
Y eternamente se repite en la palabra
Que tú pones en mí, siembras en mí, oh principio
Generador de vida, belleza y fuerza,
Sin otra esfera rotatoria que hacerme tuyo
Y como el sol antes del sol y hacernos mutuamente
Desde un principio sin principio
Destinados al goce y la locura,
Destrozándonos en la afirmación
De la eterna metamorfosis de lo mismo.
Mis cenizas serán el alimento de los cuerpos
Que nuevas carnes roten y vida y muerte
Serán las aleteias del instante perfecto
Sin nostalgias de purezas profanas.
Tu piel cubierta de cilicio y de oro, tu misma
Piel dorada es la del dios que muere y solo indica
El camino de la vuelta a la gracia de la inocencia
Del devenir que fluye como fluyo desde tus brazos
Hacia el cenit de destilada sangre.
Y olvidado de todo en la anamnesis
De saberme escandido hago de toda carne
Hoja donde grabar los éxtasis de un Eterno
Retorno pues que soy el trabajo de tus días
Nícholas Lemons alabanza de lo que no
Será perdido y dios humanizado por las gracias
Que presiden los ciclos y gestaciones todas
Del juego del azar que recomienza
Cuando tú me devuelves el Ápeirón que estalla
En el cincel de oro que buriló tu cuerpo
Para hacer de mi carne un Jardín de Delicias,
Y ver crecer un niño solar del torso en el cual
Duerme ciego al horror de todo
La inocencia del mundo que tú llevas contigo.
Oscar Portela
Corrientes- Argentina
Faço-me anestesiado quase adormecido pela embriaguez do amor, pensamentos de você que me trazem um sentimento que havia se perdido.
Você me encanta com seu jeito especial teu perfume que aspiro transformou-se em meu ar.
Não vivo mais sem você estou dependente de seus carinhos, pois quero tuas caricias.
O levíssimo sentimento singelo que habita em meu coração transborda meus olhos de embriaguez nas lagrimas com a falta de você.
Admiro seus múrmuros exigentes de caricias ao seu lindo coração dando-lhe Agilidade e atenção aos seus olhos para enxergar o sentimento sublime.
No deserto de minha alma finalmente você toca com seu amor solido e redescobri uma eminência no amor.
Se faz supremo o sentimento distraído que transpõe os limites do coração que se mostra inocente, mais belo.
A Embriaguez do Peito
O sentimento embebeda minh’alma,
Aflora às nuances do espirito e prolongasse ao dorso do desconhecido,
As intempéries afogam o fôlego do singelo suspiro de minha calma,
Tendo o gosto de ver meu fracasso ante a impotência de controlar meu íntimo,
Deixando digitais tão fortes que confundem a racional lógica de meu peito.
A doce visão de teus olhos me traz ilusão que rasga em trapos minha emoção,
A sublime lembrança do teu olhar é o que me resta,
Perante uma vida esquecida e desgarrada do amor por feitos
Insignificantes e doloridos com o sentido de não se sentir,
Senão sequer, qualquer coisa alguma, da verdade mentirosa do amor desamor,
Que despertou sem respostas a quimera mais desejada em uma aflição aflita de não viver.
O sonho que virou sonho sem nunca se ter sonhado,
Revela a confusão que arrasta a organização do pensamento embaralhado com o vazio do nada,
Perdido no espaço do tempo que nunca existiu, na costura do vestido que se desmanchou sem nunca ter sido feito,
Na trama de uma novela sem fim, sem inicio, sem meio sem qualquer coisa que seja,
Sem algo que a revele, sem o medo da coragem e bravia de bravatas que me tornaria um ser,
Com existência de não ter existido dentro do espectro de vida de minha morte,
Da solidão que suga o semblante da saga do ser subalterno e sublime,
Com as pupilas mais negras e claras que brilham como o fogo de uma tocha apagada
Que nunca foi acessa por alguém que despertasse a vida diante da morte que surgiu
Das incertezas, incertas, insanas de um poeta sonhador,
Da miscelânea de uma colcha de retalhos de uma história sem fim;
Que aqui termina ...
Algumas tardes de embriaguez.
Dizem que a bebida é a lucidez de espírito desequilibrado. E eu confesso que acredito.
Por que aqui, num desses cantos quaisquer, ele mostrava amor onde ninguém via. Onde nunca disse. Onde nunca sentia.
Péssimo remédio pra gente mal amada, não é?!
Reflexão (tardia)
Entre a insanidade e a lucidez
A sobriedade e a embriaguez
Eu pego apenas mais um copo
Se for pra apostar agora, topo
Crescemos e envelhecemos
Desaprendendo a usufruir
Trabalhamos e perdemos
A experiência de curtir
Entre o fim do dia e o de tudo
Algumas letras, alfabeto mudo
Eu mantenho-me em silêncio
Um disparo pro alto, inexato
Nos alimentamos da carne
De algum animal sacrificado
A reflexão chega sempre tarde
Depois do jovem ser assassinado
País, sociedade, razão e religião
Porre, porrada, falta de opção
A continuidade é um erro fatal
Em um amanhã de pleno temporal.
“O homem que joga e fuma, no vício da embriaguez, cachorro que pega bode e mulher que dá uma vez, não há remédio no mundo que cura nenhum dos três”.