Em meio a Fumaça
Seja no beco ou seja na praça
Os carros me sugam com a sua fumaça
Não sei se é abril, fevereiro ou março
No tempo eu esbarro, da vida disfarço
Asfalto de rua, tampa de bueiro
Sem uma cama e sem travesseiro
Durmo com medo e acordo cansado
Não tenho futuro, eu vivo o passado
Tudo que eu precisava era você ao meu lado, mas quando eu mais precisei você sumiu como uma fumaça igual a todos os outros.
Soneto do renascimento
Um instante, um olhar
Vi a lua tentando me banhar
A cortina de fumaça sobre céu
Mesmo assim conseguiu me alcançar
A lua, o silêncio e eu
Por detrás o mundo se perdeu
Era minh'alma se libertando
De todo deserto me soltei
Vi o sol acordar
Num instante, me olhei
Oh, finalmente voltei a sonhar
A maré baixou, eu levantei
Minh'alma se banhou
O mundo aquietou, fui eu que mudei
Autoria: #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 07/07/2020 às 16:40 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
O AMOR ACABOU
Não precisou ser dito, eu senti!
Como fumaça escorreu pelas mãos.
A história chegou ao fim - era o que dizia.
Meu olhar parado ficou, sob a chuva daquela tarde.
Demorou entender, mas logo eu vi: o amor acabou.
Demorou perceber, mas algumas histórias não terminam com final feliz.
O amor havia acabado - pergunto-me se algum dia existiu?
É como está voando livre por entre as nuvens e de repente, nada mais que de repente, ter as asas cortadas.
Assim senti quando percebi que o amor acabou.
Pensamentos como onde há fumaça há fogo ou o não sou eu quem estou dizendo é o povo que está falando, são justificativas dos fofoqueiros.
A vida e muito breve, é como uma fumaça que se vai, é igualmente uma rosa quando murcha e cai.
Nem tudo faz sentido ficar olhando para onde o vento vai e o tempo que é perdido não da mais para correr atrás.
Eu sou tudo.
Eu sou a fumaça que sobe os céus
Eu sou a brasa que esta sucinta
Eu sou a nicotina que súcia
Eu sou a satisfação dos labéus
Eu sou as estrelas
Eu sou seus brilhos
Eu sou seus últimos suspiros
Eu sou mesmo sem vê-las
Eu sou o nada
Eu sou o tudo
Eu sou o nulo
Eu sou a jornada
Pensar é ser
Ser é pensar
Penso logo sou
Sou antes do tempo notar
Provei que a fumaça é resposta do fogo
Mais se você for fogo, eu posso ser fumaça
Somos parte de um, divididos em brasa
Componentes diferentes numa mesma solução, não são, não dá pra ver
Se seu beijo é em vão sua mão não são não dá pra perceber
Me acho imortal toda vez que me encontro ao teu lado só, só não
Do teu lado eu não to só, me diz qual que é do B.O
Tudo é cinza
Seu cabelo, sua fumaça, seus sonhos
E agora ele está tão desprovido de cor
Ele não sabe o que isso significa
Na fumaça de um cigarro morre muitos sonhos e desilusões, mas em um copo de whisky nasce todas a ferramentas de tortura para derrubar um homem.
No céu
estradas
traçadas
pela fumaça
do bafo do avião.
Quem passeia
por elas
vê as estrelas
brilhando
no chão?
A Lua do Haise
A lua brilha forte,
Em meus olhos mortos,
A luz entre a fumaça,
E uma tontura prazerosa
Enquanto as ruas são banhadas,
De um encanto ansioso,
Para aqueles que seguem
A beleza das palavras
Amigos na esquina,
Conversas ao vento,
E no Lugar do lamento
A lua me trás a esperança
De um novo tempo...
Risadas, sorriso e amores,
O haise beija a lua
junto a cidade familiar,
Enquanto o cigarro queima
Sempre existe um olhar...
Essa moça que amei,
A lua deixou de lado,
Com o menino sonhador,
A luz dos céus abraçam o Haise com amor.
Poetas dormem chorando,
Substâncias para esquecer o amanhã,
O sol chega com seus raios calmos,
Em mais um dia de solidão.
Gregory Ryan (21/02/2018)
Me sufoco nessa fumaça invisível
Que de repente cobre a sala
Não desce pela garganta
Meu olhos se inundam
Mas lagrimas não caem
Com um gosto amargo na boca
Sabor das cinzas imaginarias
Quero sair desse incêndio
Quero chorar em um abraço
Quero que nada disso aconteça de novo
Mas não consigo
Meu cérebro acha que ta em perigo
Congelou todos os membros
Só quero chamar por alguem
Gritar por alguem
Como se algum heroi fosse me salvar
Mas ninguém vem
Afinal é apenas eu e meus sentimentos
Eu via meus amigos rindo
e via a vida passar,
enquanto a fumaça saía e o álcool ardia
ainda bem que eu estava ali.
Minha cabeça flutua sobre uma fumaça de incenso, ou será fumaça cigarro? Eu não sei, sei lá, eu acho que não sei.
Só perdi o sentido do que devo fazer agora, nesse instante. Imagina? Eu vestida de branco com um buquê de flores azuis, igual em um dos meus devaneios, naquele lugar lá, que só existe na minha cabeça.
Atrás do cemitério tem um lugar interessante marcado em um dos meus mil sonhos, onde há água, rios, pássaros cor-de-rosa. Eu sei bem o caminho e voltarei lá quando eu sonhar de novo. Cercas e árvores, gente maluca como em Alice no país das maravilhas. Todos vestidos horrivelmente com roupas de época. Bebês dormindo serenamente em berços feitos de terra na meia luz no cemitério. Coisas bonitas e horríveis acontecem e vocês passando por lá. Ex amores aparecem como o chapeleiro tentando me convencer a ficar, me sufocando querendo espaço no meu consciente, ou será que estão presos no subconsciente? E eu só querendo fugir. Não invadam meus pensamentos enquanto eu sonho loucuras, essas que escrevo agora. Só pra registrar, só pra deixar guardado.