Em meio a Fumaça
Escuridão
No meio da escuridão,
apenas a fumaça do cigarro ilumina minha direção.
Estou preso no meu pensamento, isso não entendo,
depois de tanto tempo corro entre o vento e busco meu talento.
Penso que estou sozinho, talvez esteja ou talvez não
nunca sinto afeto muito menos paixão.
Muitos a minha volta dizem ser meus irmãos,
mas no fim do túnel só os verdadeiros ficarão.
As cinzas dos drinques que tomei em meio a fumaça da cigarrilha que soprei, era o mesmo tamanho da palavra de busca: Inconsequente!
Hoje abri um maço de cigarro
E te vi no meio das nuvens de fumaça
A lua refletiu o seu rosto formoso
E eu quase pude o sentir pertinho de mim.
Meu coração apertou,
Me fez lembrar do tempo em que eu te sentia
Quando tudo fazia sentido,
Quando a vida florescia.
Então eu acordei
“Deixei de amar lá ?”, me questionei.
Refleti, pensei:
”Meu amor,
eu nunca nem te amei.”
Ultimamente pensar no futuro traz a tona medos, que estão ocultos em meio a nuvem de fumaça da poluição.
Sentada na janela, em meio a fumaça que solta de seus pulmões, algo nada saudável pra uma garota tão jovem, ela olha pro céu e vê um infinito de possibilidades, naquele momento suas feridas parecem curadas, mas é mera ilusão, lá no fundo de sua alma ainda existem dores.
Mas ela está anestesiada pela onda de emoções que percorrem o seu corpo, ela descobriu um mundo igual ao seu, ela não é a única a vivenciar experiências tão incomuns. Ela sente vontade de gritar o seu silêncio, ela sente o vento batendo em seus cabelos crespos e quentes como o sol, ela corre na busca incessante de uma felicidade que não sabe se existe, seu peito queima e ela encontra coragem em meio a covardia da dor que transcende do seu passado, ela dança com os braços pra cima, eufórica como em uma balada ensurdecedora, mas ela está ali sozinha, não há uma multidão em sua volta e mesmo assim ela se sente completa, que feitiço é esse que pairou sobre ela ? Não se sabe, o que se tem convicção mesmo é que ela está aprendendo a mudar e lidar com seus demônios. Aah menina, você fica tão mais linda com toda essa confiança. Se soubesse o poder que tem, jamais teria chorado tanto.
Em meio a toda essa fumaça tenho tentado me manter acessa.
Sem conseguir fungir
não enxergo nada nessa prisão,
paredes e paredes.
Enquanto minha chama cessa,
Fumaça e Fumaça.
Em meio a nebulosa fumaça de pessimismo,
ou por pura estratégia maligna da vida,
ele aparece como solução.
A Caminhada entre pedras e espinhos pesa,
mas é eficaz para testar a força dos ombros.
mais uma vez a intensidade da dor e maior,
e ele aparece como solução.
surge a fraqueza é e a dor determina o ato fatal.
Fumo a fumaça dos carros
e vago pelo teto dos prédios.
Ao meio-fio do prazer,
enquanto as ruas
caminhavam sobre mim,
transito, transando com a poesia.
Então antes de argumentar pense no que vai falar
agora pra apavorar é a Cone fumaça no ar
No estilo Jamaica poucos tentam ousar,
mas a tática e certeira é impossível errar
Se onde há fumaça, há fogo e onde há sintoma, há doença; então onde houver ciúmes e saudades, há amor!
Prece-pício
Estou debruçado sobre a janela
em plena madrugada.
A fumaça do cigarro são meus olhos
que se desintegram ao léu.
Minha testa, encostada no gélido aço
da grade, me faz estremecer.
A noite é fria como os viciados.
De vez em quando um carro, um cão...
um mendigo.
Mas nada se move
a não ser minha alma convulsionada.
À frente, algo sugere amplidão,
mas não passa de precipício.
Não preciso das grades.
Sou mais perigoso do que qualquer bandido.
Sou autodestrutivo e não espero perdão.
Não há melhor hora
para descobrirmos quem somos.
E mesmo assim estou abismado,
pois sou uma gárgula dependurada
e paralisada
nessa construção sem sentido,
jorrando dor e desatinos
sobre meus inimigos adormecidos.
Por que tudo é tão distante?
Minhas mãos não alcançam
meus próprios desejos.
Desejos são fumaça
que se acaba com a última tragada vazia
num suspiro intoxicado.
Os garis correm atrás do caminhão
e sou deixado para trás.
Mas sou aquele lixo impertinente
que se acumula nas horas claras do dia.
Apenas dejetos... Desertos.
6
Quero ir embora.
Mesmo que seja naquele fétido caminhão.
Quero ir, jogado no meio do lixo, como tal;
sendo espremido, moído e descartado,
para não mais me debruçar sobre a janela
nem desesperar na noite úmida
desta maldita cidade.
Depois de esperar uma eternidade
fumar alguns cigarros
observar calmamente a fumaça dissipar-se
esperar a chuva passar
desviar o olhar
tentar lhe esquecer e provar o quanto sou durão.
Quero você para mim.
Era preciso dizer sim
dar o tiro de largada
o sinal de fumaça...
Era preciso sinalizar
retirar a mordaça!
Era preciso
se permitir por inteira
desembaçar a vidraça!
Era preciso
reaprender a amar
e convencer o coração
que a infelicidade
...passa!
O problema foi que eu acreditei.
Tivesse eu ficado apenas na fantasia
Tudo teria virado fumaça
E ao acender das luzes
Perceberia que tudo não passou de sonho
E é claro FANTASIA...
Posso sentir a tensão como uma nuvem de fumaça no ar
Agora estou respirando como se estivesse correndo
Pois você me leva até lá
Tá sabendo?
Você me faz perder o controle
É na madrugada com o copo de whisky e com o velho cigarro que transformo o movimento da fumaça na canção dos tempos que já passaram.....