Em meio a Fumaça
“Foi só piscar o olho
E eu me apaixonei enfim
No meio da fumaça
Ele também gostou de mim (…)
Só eu sei o que é melhor pra mim
Ás vezes é mais saudável chegar ao “sim”.
Fumo a fumaça dos carros
e vago pelo teto dos prédios.
Ao meio-fio do prazer,
enquanto as ruas
caminhavam sobre mim,
transito, transando com a poesia.
Ultimamente pensar no futuro traz a tona medos, que estão ocultos em meio a nuvem de fumaça da poluição.
Escuridão
No meio da escuridão,
apenas a fumaça do cigarro ilumina minha direção.
Estou preso no meu pensamento, isso não entendo,
depois de tanto tempo corro entre o vento e busco meu talento.
Penso que estou sozinho, talvez esteja ou talvez não
nunca sinto afeto muito menos paixão.
Muitos a minha volta dizem ser meus irmãos,
mas no fim do túnel só os verdadeiros ficarão.
Em meio a nebulosa fumaça de pessimismo,
ou por pura estratégia maligna da vida,
ele aparece como solução.
A Caminhada entre pedras e espinhos pesa,
mas é eficaz para testar a força dos ombros.
mais uma vez a intensidade da dor e maior,
e ele aparece como solução.
surge a fraqueza é e a dor determina o ato fatal.
Hoje abri um maço de cigarro
E te vi no meio das nuvens de fumaça
A lua refletiu o seu rosto formoso
E eu quase pude o sentir pertinho de mim.
Meu coração apertou,
Me fez lembrar do tempo em que eu te sentia
Quando tudo fazia sentido,
Quando a vida florescia.
Então eu acordei
“Deixei de amar lá ?”, me questionei.
Refleti, pensei:
”Meu amor,
eu nunca nem te amei.”
Sentada na janela, em meio a fumaça que solta de seus pulmões, algo nada saudável pra uma garota tão jovem, ela olha pro céu e vê um infinito de possibilidades, naquele momento suas feridas parecem curadas, mas é mera ilusão, lá no fundo de sua alma ainda existem dores.
Mas ela está anestesiada pela onda de emoções que percorrem o seu corpo, ela descobriu um mundo igual ao seu, ela não é a única a vivenciar experiências tão incomuns. Ela sente vontade de gritar o seu silêncio, ela sente o vento batendo em seus cabelos crespos e quentes como o sol, ela corre na busca incessante de uma felicidade que não sabe se existe, seu peito queima e ela encontra coragem em meio a covardia da dor que transcende do seu passado, ela dança com os braços pra cima, eufórica como em uma balada ensurdecedora, mas ela está ali sozinha, não há uma multidão em sua volta e mesmo assim ela se sente completa, que feitiço é esse que pairou sobre ela ? Não se sabe, o que se tem convicção mesmo é que ela está aprendendo a mudar e lidar com seus demônios. Aah menina, você fica tão mais linda com toda essa confiança. Se soubesse o poder que tem, jamais teria chorado tanto.
Em meio a toda essa fumaça tenho tentado me manter acessa.
Sem conseguir fungir
não enxergo nada nessa prisão,
paredes e paredes.
Enquanto minha chama cessa,
Fumaça e Fumaça.
Piromania Ambiental
Tem fumaça encobrindo a serra
E cá na terra cheirando a queimado
É o mês de agosto chegando
E outra vez o fogo no roçado
Tem cigarra cantando bem alto
E cidadão fumando cigarro
Na estrada deixaram seus rastros
Alguns voltaram já e outros ali nunca mais
Tem poeira sumindo no ar
E madeira caindo no chão
Tem fogueira outra vez a queimar
Do começo ao fim do sertão
Tem cobra-cega
Já seca no mato
E um braseiro
Que ainda desmata
Tem calango e formiga
Já virando fumaça
E tudo que é inseto
Perdendo o seu espaço
Eles foram passados
Diretos pro além
E o ser humano não para,assim ele continua
Sempre a devastar e fugir pra rua
Sem ele saber que mais tarde
Com a sua carne crua
Pode ter no futuro
O mesmo destino também
Quando a seca chegar
E a água acabar
Quando a fome bater
E a sede aumentar
Já não haverá mais sapo
Nem urubu pra matar
Nem a galinha de Angola
No terreiro a cantar
Até a sua horta
Ali vai ser morta,
Pois não terá mais cacimbas
Só o teu cachimbo na porta.
Um cigarro,
Para quem quer fumar,
Para quem respira diferenciado,
Cheio de fumaça, ódio e rancor,
Cheio de si,
Aquele que domina a arte de morrer,
Que tem entre seus dedos, queimando,
Suas vidas, dores e amores,
E as cinzas,
As consequências de uma história.
Amor, chama que aqueçe
com o tempo esfria
como fumaça desaparece
e que só causa histeria
Amor, algo passional
incontáveis loucuras
uma entrega acidental
nada além do que negrura
Amor, juras fúteis
prometendo a eternidade em segundos
pactos de sangue inúteis
que duram até o primeiro infortúnio
Amor, crises existenciais
ciumenta possessão
é adverso demais
pra pouca compreensão
Amor, idas e vindas
na estrada da vida movimentada
decepções em cada esquina
de criaturas mal amadas
Perdoe-me por essa visão
que mais parece obscuridade
mas é que me iludi de antemão
e conheço da tal hostilidade
O AMOR ACABOU
Não precisou ser dito, eu senti!
Como fumaça escorreu pelas mãos.
A história chegou ao fim - era o que dizia.
Meu olhar parado ficou, sob a chuva daquela tarde.
Demorou entender, mas logo eu vi: o amor acabou.
Demorou perceber, mas algumas histórias não terminam com final feliz.
O amor havia acabado - pergunto-me se algum dia existiu?
É como está voando livre por entre as nuvens e de repente, nada mais que de repente, ter as asas cortadas.
Assim senti quando percebi que o amor acabou.
Pensamentos como onde há fumaça há fogo ou o não sou eu quem estou dizendo é o povo que está falando, são justificativas dos fofoqueiros.
A vida e muito breve, é como uma fumaça que se vai, é igualmente uma rosa quando murcha e cai.
Nem tudo faz sentido ficar olhando para onde o vento vai e o tempo que é perdido não da mais para correr atrás.
A Lua do Haise
A lua brilha forte,
Em meus olhos mortos,
A luz entre a fumaça,
E uma tontura prazerosa
Enquanto as ruas são banhadas,
De um encanto ansioso,
Para aqueles que seguem
A beleza das palavras
Amigos na esquina,
Conversas ao vento,
E no Lugar do lamento
A lua me trás a esperança
De um novo tempo...
Risadas, sorriso e amores,
O haise beija a lua
junto a cidade familiar,
Enquanto o cigarro queima
Sempre existe um olhar...
Essa moça que amei,
A lua deixou de lado,
Com o menino sonhador,
A luz dos céus abraçam o Haise com amor.
Poetas dormem chorando,
Substâncias para esquecer o amanhã,
O sol chega com seus raios calmos,
Em mais um dia de solidão.
Gregory Ryan (21/02/2018)