Em meio a Fumaça
Um ditado afirma que onde há fumaça, há fogo. Embora visse lenhas por todos os lados, optei por contemplar apenas as cinzas, recusando-me a alimentar o incêndio.
Quando vivemos em um mundo criado por outro em uma redoma de cortina de fumaça acreditamos que aquele mundo é o único mundo existente, e assim vivemos após cada despertar!
Mas quando um outro mundo é nos apresentado aquele mundo em que acreditávamos ser o único não nos serve mais!
Sentimos tamanha gana de viver tudo aquilo que nos foi privado e roubado que não sentimos medo em voar ao encontro daquilo que não foi e poderia ter sido!
A beleza de um pássaro são suas asas então nunca o aprisione ou caso contrário ele morrerá!
Autora A.Kayra
Minha vida é um charuto único, a chama que me consome é o tempo, a fumaça é a lembrança que deixarei para o mundo, e as cinzas são apenas o resto de mim para o mundo lembrar de mim.
Tragédia
Que barulho assustador
Que grande explosão
Que fumaça que tragédia,
Grande destruição,
Quantas mortes, quanta dor
Cidade fantasma
Terra arrasada
Casas derrubadas
E até edifícios
Um terremoto, tremor de terra,
Fogos de artifício;
Vidas que lá se encerram
Coisa de demonio;
Nitrato de amônio,
Tragédia anunciada,
Estava ali armazenada.
Era apenas um poeta
Mundano em sua poesia
Um gole de fumaça
Na tragada da calçada fria
Jazia inerte perdido
No abrigo de sua solidão...
" Quem vai entender os motivos
da fumaça dos cigarros
ou dos pensamentos voando livres
perpetuando-se em vaidades
as cores não têm efêmeros dias, apenas são
cristais pensam ser eternos
o corpo suporta e ri ao mesmo tempo
e a morte como se fosse a dona de tudo
ronda o mundo...
O plástico descartado, poluirá por centenas de anos, queimado gerará fumaça tóxica. É um crime contra o futuro não conter o avanço do plástico... É urgente ação e conscientização de todos, para que cem por cento dos plásticos produzidos sejam reciclados. Os oceanos gemem, a terra quieta engole seus medos, o ar está ficando irrespirável... Até quando poluiremos??
"Paixão é fogo, é palha, é vento e fumaça, passa!, mas amor é complicado, é o que fica depois que a gente brincou com fogo e este sim, meu amigo, quando queima dói mais!"
Preconceito é como fumaça de cigarro. Se espalha pra todo lado, atinge quem não merece, envenena o agente e constrange todo o mundo que está em volta.
Quem fuma é digno de dó. O preconceito é digno de pena.
Nunca te vi, mas posso nutrir uma amizade profunda apenas por sinais de fumaça, cartas, telégrafos, telefones, e-mails...afinal, nós a construímos por algumas afinidades de idéias ou empatias.
FIM DE NOVELA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Enviei mil sinais de fumaça e neon,
pra te achar na distância; qualquer dimensão;
meu silêncio rompeu a barreira do som
e gritou à procura do teu sim ou não...
Renovei minhas cores, o meu coração
foi na frente; seu rubro, no mais denso tom,
vasculhou cada treva, invadiu vão a vão;
mastigou frustrações; até fingiu ser bom...
Só achei mais distância, quanto mais subia;
solidão de perder a velha estrela-guia,
esperança teimosa em não ver a verdade...
Acabou a novela deste amor em mim;
é melhor aceitar que se arremate o fim,
se não dás audiência pra minha saudade...
FUMAÇA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Outro dia de olhar e não poder;
ter bem próximo à mão e não pegar;
conhecer os caminhos a seguir
e não ir; não achar a sua placa...
Seu calor no colar do meu suor,
mas a pele à deriva em plena praia,
uma vaia simpática e sem voz
ata os nós do meu sonho de você...
Outra vez adiando a minha vez
para quando já sei que assim será;
pra contar até dez outras dez vezes...
Mais uns dedos de prosa e muitos dedos
de segredos do fogo entre a fumaça
que disfarça os sinais e me sufoca...
SAMPA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
São Paulo é mesmo assim:
fumaça, luzes, ruídos,
concreto, cores, garoa...
e as mesmas pessoas de nunca.
FUMAÇA SECRETA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Era um dar sem pedir, mesmo assim ter de volta;
dar aos olhos, aos sonhos, permitir o cheiro;
cada um num canteiro a cultivar o outro
com levezas, miragens e cenas remotas...
Uma troca de gestos, posições e aprumos,
gentilezas de pele, contornos e pontos,
mas os rumos mantidos, o bom senso em forma,
mesmo tontos e gratos por nossas sessões...
Sobretudo era dar a colher confiança;
não havia esperança pra ser posta em jogo;
só fumaça discreta e de fogo inviável...
Fomos culpa que nunca se rendeu ao dolo;
pés no solo apesar dos instintos no espaço;
cada um em seu laço e sua consciência...
Saudades do natal em Portugal, das ruas de Lisboa e de Coimbra, do cheirinho da fumaça da lareira, e do frio que gela a face.