Em meio a Fumaça
O amor é ameaça, é suspiros.
O amor é fumaça, é fogo.
O amor é olho, é lágrima.
O amor arde, queima.
O amor alimenta.
O amor ama.
Outro dia me peguei perdida, observando a fumaça de um incenso queimando. Nunca havia reparado em tal coisa, ele possui uma fumaça linda. Tola, logo fui tentando interagir de alguma forma com ela, colocando meu dedo para formar algum outro desenho, tentativa falha, logo a fumaça se desmanchou da forma mais trágica. E isso me deixou pensando... É uma necessidade do ser humano, não sei o motivo, mas sempre queremos interagir com o que é belo, mas não nos damos conta de que se o fizermos, podemos destruí-las completamente.
Mudo então a forma de pensar. E se essas coisas parecem belas aos nossos olhos e, quando chegamos mais perto, percebemos que não é assim?
Ainda não cheguei a uma conclusão, mas as duas teorias são verdadeiras, porém com suas contradições. Mas como na minha vida tudo é assim, volto a realidade e aceito as duas.
Logo volto a me perder na fumaça denovo.
DESSE VENENO
A fumaça do seu veneno me deixou com ilusoes
nao sabia se te amava por nós ou por voce
se esse maldito veneno esta em minhas veias, como posso dete lo
essa cruel incerteza esta acabando comigo
me deixando a beira da loucura
o que farei sem a douçura de te amar?
se é que te amo
seu veneno maligno percorre em meu sangue
seu suor grudado em minha pele
Ooh baby eu estou a beira da loucura
ooh baby amanha nós ainda seremos nós?
Quando em meus pensamentos chega a lembrança de nosso mundo
tenho a certeza de que voce nao esta aqui
queria que tudo fosse como foi no conto da branca de neve
mas voce esta fazendo o papel da bruxa meu amor
Se esta historia de fantasias acaba por aqui
por que fez eu te amar?
por que fez com que eu quisesse que fosses meu homem para sempre?
essa realidade de duvidas sobre o amor nao pode ser eterna
Ooh querido ainda sinto o ar que sentiamos
baby venha caminhar ao longo desta jornada ao meu lado novamente?
nao pare neste caminho pelo simples fato de temer
o que sentes por mim, eu sei que vale a pena
vale a pena baby
Eu estou a beira da loucura,
venha me tirar dessa ilusao amor?
faça com que esse veneno tenha algum sentido
Atrás da muralha de prédios que precinge a cidade
Descensionalmente as nuvens de fumaça que alapam as estrelas
Sob o solo de asfalto e concreto que incinera nosso passeio
Está o único e verdadeiro antidepressivo que temos.
Xeque-Mate
A meia luz e a fumaça do cigarro deixavam à mostra apenas o contorno de seu rosto bonito. Do outro lado, alguém tentava decifrá-la, com o olhar fixo, insistente. Estava há poucos metros de suas pernas despudoramente cruzadas em um mini-vestido escolhido a dedo para aquela noite. Embora fingisse indiferença, ela sabia que cada gesto seu era analisado por ele. O movimento do corpo, o toque aos cabelos, a carícia à borda da taça, o jogo insinuante de cruzar e descruzar as pernas, o cigarro aceso, a fumaça que lhe saía da boca, o olhar malicioso...
Ele apenas a olhava, extasiado, deslumbrado.
Vez ou outra tomava ares de que se aproximaria, mas ela o mantinha inerte com um olhar insensível e, ao mesmo tempo, desafiador. Era excitante torturá-lo com aquele jogo de esconde-esconde.
De repente, em questão de segundos, ela não estava mais ali. Desaparecera.
Ele ainda a procurava quando sentiu o gosto gelado da bebida de uma boca quente a devorar-lhe os lábios, a língua, o corpo, a alma, a vida, a calma.
- E se eu me apaixonar?
Ela nada respondeu. Apenas continuou a consumi-lo, parte a parte, em carinhos, carícias, toques, beijos, gemidos, êxtase. Seria inútil explicar-lhe que ela somente aprendera a procurar. Que ela trazia na alma a eterna insatisfação de quem não sabia encontrar. Seria inútil dizer-lhe para não se apaixonar...
“Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém... Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim... E ter paciência para que a vida faça o resto...” William Shakespeare.
Falando de que...de lembranças?
Que estranha sensação... Transportei-me aos detalhes. Abri porta por porta nos quartos de minhas lembranças, desde tudo...
Quanta vez depois desejou... Eu desejei um afago em sua mão, ouvir sua voz, quantas vezes eu me surpreendi , desejando seus lábios... O seu abraço...
Quantas vezes sorrisos e lágrimas surgiram na madrugada, o sono esvaindo, olhando perdida para qualquer lugar que estava lá, dentro de mim.
Sim, é verdade... Você havia me roubado, de mansinho, bem de mansinho. Arrebatado meu coração e alma, transformando sonhos em paixão...
Ansiava chegar a qualquer lugar, desde que lá, qualquer que fosse o dia, você estivesse... Porque a emoção ultrapassava todos os sentidos...
Mas entrou de mansinho, e todo aquele sentimento expandido foi se transformando em versinhos, para ficar eterno em você, o meu carinho... O resultado de tudo isso eram gotas salgadas que rolavam através dos poros... Não por estar com você... Mas por estar sem você. Era dor. É saudade. O que se cura com presença, com sinais, quaisquer sinais... Faz fumaça, envia uma carta (ainda existe carta?), manda um sms, uma mensagem, qualquer coisa... Existo e estou aqui. Apenas me abrace... Nada mais.
Grácia Monte
Chama e fumo
Amor - chama, e, depois, fumaça...
Medita no que vais fazer:
O fumo vem, a chama passa...
Gozo cruel, ventura escassa,
Dono do meu e do teu ser,
Amor - chama, e, depois, fumaça...
Tanto ele queima! e, por desgraça,
Queimado o que melhor houver,
O fumo vem, a chama passa...
Paixão puríssima ou devassa,
Triste ou feliz, pena ou prazer,
Amor - chama, e, depois, fumaça...
A cada par que a aurora enlaça,
Como é pungente o entardecer!
O fumo vem, a chama passa...
Antes, todo ele é gosto e graça.
Amor, fogueira linda a arder!
Amor - chama, e, depois, fumaça...
Portanto, mal se satisfaça
(Como te poderei dizer?...)
O fumo vem, a chama passa...
A chama queima. O fumo embaça.
Tão triste que é! Mas...tem de ser...
Amor?...- chama, e, depois, fumaça:
O fumo vem, a chama passa.
És como água quente que acalma o frio
És a melhor notícia que já recebí
A amostra de que um milagre desfila em sua vida
Permita me fazer uma história eterna contigo...
Quero sentir sua pele contra a minha...
E voar voar voar até me perder na atmosfera contigo
O ÚLTIMO APITO DA MARIA FUMAÇA
Ao prismar do sol nos prados verdejantes, serpeando brilhos,
uma Maria-Fumaça reluzente vai aos brados pelos trilhos
singrando sua sombra no caminho dos meus sonhos;
entre múltiplas paisagens com cenários mutantes,
translúcidas gravuras de panoramas risonhos
relumem como espelhos rútilos, vibrantes...
no rosicler do espaço, plasmam na visão traços medonhos
desse trem fantasma brilhando em tons sutis, estranhos;
se locomovem furtivamente na penumbra da estrada,
é a serpente d’aço que passa silvando insolente,
e seu vulto rubro devassa a visão estampada
na sombria divagação do meu consciente...
entrelaçada às vívidas revelações na herança do passado,
são hoje rudes espectros, fragmentos do trem dilacerado
no tempo, expostos à memória das eternas miragens
projetadas no pensamento, afloram em reflexões
achadas na ferrovia desfigurada por imagens
toscas do triste trem, comboio de paixões...
deslumbrantes, a Maria-Fumaça decadente e a sua carcaça,
inundam meus olhos de lágrimas! Eis a máquina de raça,
do luxo imperial ao gaudio triunfal desta história florida,
só restaram alguns destroços da locomotiva bravia,
já relegada à morte, ferro-velho e sucata puída,
não mais resgata sua glória... tirana ironia!
Piuuú! Piuuú! O maquinista desperta do seu êxtase tristonho,
e não mais descortina os cenários vibrantes desse sonho;
a via deserta esvai-se sob as rodas do fantástico trem,
volatiza-se a máquina encantada com seus brilhos,
o afresco que desfigura sua louçã efígie retém
bem viva a víbora rastejando pelos trilhos...
Porém, a lendária Maria-Fumaça existe nesse confinamento
da trivial lembrança, ora museu de história e divertimento;
na sua transição de infâmia a cicuta da píton perversa
esparge ruína e escória, envilecendo de vergonha
a banida estrada de ferro, postergada e imersa
na ferrugem, refém de tão bestial peçonha...
Ela apagou nessa miragem a derradeira estação, irrealidade,
a última nuvem de fumaça projeta no ar a minha saudade,
no final da viagem desembarco sozinho e quebrantado;
na bagagem, trago um grito de pesar em meu peito,
ferido pela serpe do infortúnio e desconsolado,
ainda ouço o último apito desse trem eleito...
Não há mais o sol e nem a vibração da máquina que serpeia
na senda sem brilhos. Eis que a Maria-Fumaça já vagueia
moribunda pela estrada e até carrega minha comoção
ao encontro dos tormentos e devaneios bisonhos,
mas o silvo de horror que ressoa meu coração,
ainda abisma em meus turvados sonhos.
Do seu Livro "Cascata de Versos" - 2019
Sozinho em meio a densa fumaça que cobre meu quarto, delirando sobre alguns graus de febre e a overdose de remédios, meus fracos pulmões relutam ainda em suspiros para eu não apagar de vez, contudo, não importa, um dia a mais um a menos, lamentos, lamentos, delírios de alguém que já não vive mais, apenas, sobrevive, não espero mudanças, apenas aguardo o final.
Piscar o Olho
Foi só piscar o olho
E eu me apaixonei enfim
No meio da fumaça
Ele também gostou de mim
O tempo foi passando
E o nosso amor saiu do chão
E eu fiquei tão grande
E mastiguei meu coração
Dessa vez não tive medo
Mesmo assim não disse "sim"
Percebi o percevejo
E deixei cravado em mim
Só eu sei o que é melhor pra mim
Ás vezes é mais saudável chegar ao "sim"
Chegar ao "sim"
No meio da euforia
Aquele alguém me protegia
Mas não foi por acaso
Que o encanto se quebrou
O tempo foi gastando
O que não era pra durar
Como se eu soubesse
Não era amor pra todo dia
Dessa vez eu tive medo
Mesmo assim eu disse "sim"
Percebi o percevejo
E deixei cravado em mim
Só eu sei que foi melhor assim
Ás vezes é mais saudável chegar ao "fim"
Chegar ao "fim"
Só eu sei que foi melhor assim
Ás vezes é mais saudável chegar ao fim
Chegar ao fim
“Foi só piscar o olho
E eu me apaixonei enfim
No meio da fumaça
Ele também gostou de mim (…)
Só eu sei o que é melhor pra mim
Ás vezes é mais saudável chegar ao “sim”.
Estou perdida em meio da neblina, sou a última fumaça que resfria. Me perdoe por te cegar mas o amor é mais pesado do que se pode carregar.
A noite
E cada noite que não durmo
É mais uma filosofia
Em meio a fumaça fria
De um neblinar noturno
É mais um poema duro
É mais uma dura dor
Poemas de cor de couro
De preto e branco sem cor
Rasgou-me o couro
E a carne não curou
E não o coração parou
Perante punhal que o perfurou
A dor tão dura
E incessante como corte cego
Mais forte que a armadura
Do forte guerreiro grego
Mas juro que não me apego
E se contestado, nego
E a noite que se arrasta
Num tempo que só se perde
Na dor que não se afasta
Do peito que sempre arde
A noite ainda é meia
Mergulho na dor inteira
Não há sono que me venha
Tirar dessa noite dura
E eu ajo sem bravura
Não choro, mas não infrento
A dor, que não busco a cura
Sem cura eu me contento
Atento a vida dura
Que de tempo é duradoura
E de sorriso tão rara
E rara de coisa sincera
E a noite já é mais que meia
Perdida pra quem tem pouco
Criança pra quem tem tempo
É dura pra quem pranteia
Capas de deixar o louco
Criança pra quem tem tempo.
Ontem tive um dia perfeito em meio a Natureza! enquanto estava perdido por uma fumaça preta, escura, e tóxica, a caminho dela, as borboletas monarcas me guiavam, elas ja sabiam que lá, mesmo com belos animais,belos lagos, e belas flores... elas deviam imaginar que não cotuma ter plantas flutíferas por lá... as borboletas monarcas as adoram.Os seus aromas são totalmente puros, suas frutas são vermelhas e frescas. Eu me sinto um abençoado por Deus... Acho que foi ele que me fez ser atraído por esse lugar.Encontrei ele por acaso... foi quando fui guiado pelas as asas das borboletas- monarcas... mais no caminho passamos por várias dificuldades da vida... algumas pela a inclusive NATUREZA... como ventos, tempestades, frio,calor... mais tbm passamos por lugares naturais que foram destruídos pela a raça humana. Os caminhos que elas faziam séculos a séculos foram destruídos pela a maldade do ser humano. Seus habitat ja não existiam mais...elas se foram, suas asas foram destruídas pela a contaminação da raça humana. Já não existia mais natureza.. ja não se via mais belos pastos, belas paisagens e vegetaçoes verdes.Sem elas eu não era nínguem... aquele caminho era novo pra mim.Eu era um único ser humano do bem que resolveu pegar esse trajéto... acho que as borboletas-monarcas, ja sabiam que eu só estava por alí de passagem, ou talvez só perdido naquele abitat desconhecido e desfavorável pra mim. Mais conforme fui chegando mais perto do lago onde eu ia pescar, foram resurgindo as vegetaçoes planas e verdes... eu ja não estava mais ofegante, e com meus pulmoes cheios de ar tóxico produzindo pela a raça humana. A maldade da raça humana estava deichando de reinar sobre aquele habitat.Eu fui recuperando o meu olfato, e percebi que ja não existia o cheiro de enxofre sobre aquele lugar rico em natureza. Era uma natureza explendoroza, úmida, pura, suave, rica em vegetaçoes, e paisagens paradísiacas. Da lí ja estava pra ver o lago lindo... as paisagens eram suaves, as vegetaçoes eram planas, e com belos pastos... com vários cordeirinhos reinando por lá. Então dava-se para se ver tudo... inclusive outras borboletas -monarcas. Chegando lá, fui surpreendido por elas. Quando as a ví estavam desfrutando das árvores que contíam as suas plantas flutíferas...que inclusive eu as a tinha plantado antes... A raça humana contaminou o meu caminho, e que me acabou deichando confuso, e sem saber se era o caminho certo.Elas me deram o dever te proteger a natureza desse lugar. Me sinto com uma obrigação de zelar pos seus abitat... hoje fiz a mesma coisa... peguei o mesmo caminho, fui pescar bem cedinho... a natureza ja estava seguindo seu fluxo na normalidade... hoje a neblina ja era bem branquinha e úmida, e com um clima hârmonioso em tremenda abundância... ja não existia gases tóxicos produzidos pela a raça humana... como enxofre. Hoje a paz reina sobre aquele lugar... hoje me sinto em pleno dever em zelar da minha NATUREZA!!