Em meio a Fumaça
Anjo de Sol e Fumaça
Anjo de sol e fumaça
Guardião do som e da palavra
Anjo de luz
Sereno sorriso
Nas dobras do sono
Atento e preciso
Ao corte que traça
Anjo das águas e dos doces mistérios
Anjo das igrejas e dos monastérios
Folheia manso o livro das horas
Deita perfumes na epiderme da aurora
Colhe paisagens nos descaminhos dos ventos
Abraça furacões
Sorve ares pestilentos
Amaina as fúrias
Os esgares do louco
Anjo de planaltos
Abismos e superfícies
Anjo de espumas
Escombros ruínas
Coluna magnífica entre o céu e a terra
Freqüência estelar entre globo e esfera
Armistício planetário entre o córrego e o leão
Anjo solar citadino rural
Senhor dos oceanos das vagas e marés
Anjo boreal
Trópico rosa
Anjo neblina bruma e temporal
Imprime no céu o princípio
Afere na balança o juízo
E pausa
Solar silente
Entre o corpo e a vida
Aragem
Ardente
Acorde.
[...]Não tenho medo do que dirão,
o ar é de flores, a fumaça é de desamores,
e entre olhares me perco e volto a ver!
Andar,correr,voar o que importa ?
Como fumaça, desapareço, e o que resta de mim são apenas alguns fragmentos de lembranças boas e ruins.
Seus olhos estão ardendo, ner? E não é fumaça, poeira nem problema de vista. É choro preso, ner? Eu sei!
A todo momento
na fumaça esparsa do meu café
vejo cores e dores.
E quase perco o fôlego
quando apareces inteira
ligeiramente acordada
fingindo não saber onde estás!
Fecho os olhos
abro a vida
e te recolho em meus braços.
Solenemente!
Quero ser a fumaça em seu trago
O envelhecer do teu vinho
O tira-gosto em sua boca
A sua fantasia mais louca.
O cinza é sem graça. Não é preto, mas também não é branco. Não é fumaça que some, nem fogo que queima.
Em dias amargos sinto falta de fumar.
Sinto falta de ter um cigarro entre os dedos, da fumaça, dos meus brônquios entrarem em agonia e daquela felicidade instantânea que passa por mim à cada tragada que dou.
1, 2, 3… a fumaça que acabou de sair da minha boca sumiu bem na minha frente. Junto com ela foram meus problemas, minhas lágrimas e a minha dor!
O que ainda está aqui? Você. E eu não preciso de mais nada. Não agora…
A mulher que nasce para atear fogo ,nunca inalará fumaça ,enquanto ela cuida das chamas , muitas intoxicadas se enganam .
Problemas Deviam Ser Como Uma Simples Fumaça, Simplesmente Causar Algo Momentaneamente e Quando Solta, Se Perder Por Ai.
- Dói.
- Eu sei, mas passa.
- Choro, paro, choro, morro.
- Vai passar.
- Como a fumaça de um cigarro?
- Sim, bem mais rápido.
- E o cheiro?
- Será melhor quando distante.
Enquanto escrevo queimo os sentimentos no papel e ao subir da fumaça se percebe, às vezes sim, às vezes não, o descer duma lágrima.
Trago novamente o charuto. Mas dessa vez não inalo a fumaça. Apenas aprecio. Diferente do cigarro que é um hábito, um vício; rum e charuto são reflexivos. Harmoniosos. Acalmam a alma e nos fazem transcender a outras dimensões. Problemas se vão e a letargia fica nos fazendo companhia. Rum e charuto são analgésicos para alma.
Procuro tanto me esconder,
que nem mesmo me acho
entre picos, cheiros e fumaça.
O vermelho misturado ao meu castanho esverdeado,
me mostra.