Elos

Uno os cacos, cactos, casebres, cacofonias, casos e causos, casas e gentes. São elos que invento na utopia de tapar alguns espaços meus. Cato palavras, colho músicas, capturo lágrimas para enfeitar poesias que saibam encher olhos famintos de rios largo-extensos, de líquidos sumos tão necessários ao movimento tão aclamado pelo meu eu, tão já desesperado - Movimento de pisca-abre, pisca fecha, pisca-morre.

N'alguns séculos destes que tenho vivido troco as bermudas por várias cores. Bebo cada cor como se cada uma, de cada qual fosse minha de verdade. Não peço licença ao entrar em orquestras humanas, divinas, insanas. Não tenho coragem, mal tenho coragem, de fitar-me no espelho. Sou outra. Sou várias. Sou o caos mesmo quando tudo é só calmaria.

Tenho a urgência de todas as flores. Tomo conta da doçura que me fora conferida com precisão. Tenho luvas de poesia, tenho os pés não sobre o chão. Entre emails e globanalidades, quero meu sossego, minha rede pra me embalar. Entre os transgênicos e os clones, quero só fotos 3x4, preto e branco pra minha memória desistir de esquecer dos meus sorrisos - Longínquos!

De beijos intermináveis quero encher os meus dias. Desejo vestir-me da sutileza e maciez das mãos de majestade 'Principal' (termo que emprego para dizer de príncipes, princesas, porque nos meus devaneios, posso imitar alguns poetas) - suas. Eu bebo a solidão do mundo e sinto que não pertenço a essa esfera aqui que piso. Já não me sinto de tudo, só nesse mar de braços e pernas... Já me é diferente o viver, porque de alguma forma a tua presença me transmuta.

Sim, não me julgo, nem me mutilarei por gostar de escrever dos amores e das dores, com as mesmas letras, nas mesmas poesias. É uma mistura agradável que me agrada facilmente, visto que sou duas e o ser humano é um-dois eterno (S) dúbio-s. Sou loucura aos meus olhos. Sou um vício saudável se souber se alimentar dos meus sorrisos e frases em construção de Regência reticente.

Ao invés de criar elos, os americanos estão construindo um novo muro de Berlin nas suas fronteiras com o México, o que realmente eles querem separar?

Não Te Entendo.

Universos,
Paralelos,
Sem elos?

⁠Celebre vida , seus elos eternos lhe transbordou com muito carinho e zelo de lindos momentos vai vivendo com leveza...
Cuida , cria-te na luz!!!

⁠desejo, prazer e sofrimento são elos de uma mesma corrente.

⁠Procuro elos entre nós que permeie nossa incompletude.
Que viole certas leis do homem, e transforme nosso fulgor em concretude

O amor de família não se conquista, pois é algo que já nos foi dado, são elos necessários para o crescimento mútuo.

Então a gente guarda tudo, ou quase tudo o que puder...
É talvez para nunca perder...
Cria elos e lá uma dia volta.
Volta e vê, assiste, revê, relembra...e sente.

(Fabi Braga, 20 abr 2011. Editado)

⁠Moldura

E sem perceber, lá estava eu, presa a você por elos de prazer
Presa, indefesa sobre seus domínios
Minha rebeldia se foi
Não queria ser liberta, era agora a sua submissa, esperando por sua ordem
Tu me criaste,
Agora pertenço a ti. És meu senhor
Me dá seu colo, seu calor, deixa-me deslizar no seu corpo nu.
Sou sua menina, moldada por você, para o seu prazer.
Me prendeste com suas algemas, para que nunca esqueça que te pertenço.

Entre elos

Ah! Meu amor tão ardente,
Coração em brasa quente!
Na boca o beijo puro, doce,
No amor somente eu e você!

O ninho aconchega a cama
Entre lençóis a perder-me!
Embebo do mel que derrama
No meu feitiço a envolver-te!

Nesta hora a esperteza,
No corpo esguio e belo
O carinho faz destreza!

O instinto faz-me o zelo
Enverda-me na correnteza,
O coração e a flor em elo!

Não fossem nossos caminhos
Tão próximos, paralelos
A nos unir como elos
Em dois extremos distantes.

Elos

O que atrai não é a casca e sim a composição. Uma árvore frondosa se cortada podemos aferir a sua maturação.

Vejo a vida como uma GRANDE CORRENTE e nós somos os pequenos elos... cada vez que um dos pequenos elos se enfraquece, enfraquece também a grande corrente, daí corro para tentar repará-lo, pois que também necessito que a corrente continue forte!
A minha felicidade oscila de acordo com a felicidade das pessoas ao meu redor, particularmente, não consigo ficar feliz tendo alguém triste por perto, geralmente exponho-me em demasia, já levei "fora", já fui chamado de "intrometido", contudo, os resultados tem sido mais favoráveis que desfavoráveis!
Muitas das vezes, as pessoas não aceitam ser ajudadas não é porque não queiram, é porque NÃO CONFIAM!
Há um conceito que "NINGUÉM FAZ NADA DE GRAÇA!", é verdade!
O que devemos atentar é "O QUE" a pessoa que vem nos ajudar deseja de retorno, se é a sensação do DEVER CUMPRIDO em ter feito a sua parte, se é o desejo de SER ÚTIL, que mal há em almejar ESTE RETORNO?
Não podemos esquecer que vivemos numa sociedade repleta de "lobos em pele de cordeiro", mas também sabemos que "quando se quer, sempre damos um jeito"... DE AJUDAR E SER AJUDADO para brilharmos juntos!

Você não se torna mais você, destruindo alguém. Mas sim, criando e recriando consistentes elos de harmonia com seu próximo.

⁠Existem elos que a gente cria, q são impossíveis de se quebrar.

Há amizades raras de se encontrar.

Há decisões difíceis de se tomar.

De todas elas, eu preferi te amar.

Pois a amizade é uma forma de amar e um elo. Que nem a decisão mais difícil do mundo consegue resistir.
Logo não há como desistir.

⁠FÊNIX
Presa em ti fiquei,
Tua hipnose me acorrentou.
Sem força para romper os elos,
Ali fiquei inerte,
Cada vez sua peçonha me matava em pequenas doses,
Já não era eu, era meu espectro que jazia no louco amor,
Tropega, aniquilada... reagi!
Como a fênix ressurgiu da cinzas, ressurgi...
Ganhei forças e voei,
Nada mais detinha meu poder de bruxa...
Como Circe te transformei em fera ferida,
Só a mim devias obediência,
Fabricava os mais raros venenos,
Dona da Lua Nova, das feitiçarias, do amor físico, dos encantamentos...
Te servia venenos em cálices rubros,
Pouco a pouco te via morrendo,
Eu era a bruxa das maldições que te aniquilava,
Perverso de um amaldiçoado amor perdido...

ALGEMAS DA VERDADE

Se és livre...
Diga sim, sim!
Ou diga não, não!
Erga as mãos sem elos...
Sem as amarras das promessas!

Falas tudo o que pensa?
Se pensas que é livre...
Só não deixe de repensar
Tudo o que falar.
Não queira que tuas palavras,
Tornem-se as tuas algemas.

Suas promessas, são elos!
Suas juras, argolas!
Tuas palavras te aprisionam!
Aprisionam-te na corrente da verdade!

Quando duas almas estão fortalecidas, se forma o amor sem as rachaduras nos elos

A dor, o amor e o desespero eram elos de uma corrente infinita.

Nossos pontos cegos são os elos que nos unem. Quanto maior nossa consciência a este respeito, mais fortes se tornam estes elos.